Introdução

O Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (Embrapa Trigo), localizado em Passo Fundo, RS, desde sua criação em 1974 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolve atividades para criação de cultivares de trigo para o Rio Grande do Sul (RS) e para os outros estados onde esse cereal é cultivado no Brasil. Esse trabalho envolve vários pesquisadores em parceria com outras unidades da Embrapa.

No presente trabalho, são apresentadas informações simplificadas referentes às cultivares de trigo da Embrapa Trigo indicadas para plantio no Rio Grande do Sul em 2002. Foram consultados os dados de publicações da Comissão Sul-brasileira de Pesquisa de Trigo (Reunião..., 2000; Reunião..., 2001; Reunião..., 2002). Foram também consultados os dados de Moreira & Sousa (1999). São atualizadas informações das cultivares apresentadas por Sousa et al. (2001) e acrescentadas as informações das três novas cultivares da Embrapa indicadas para cultivo no Rio Grande do Sul em 2002.

São apresentadas informações referentes às seguintes cultivares: Trigo BR 15, Trigo BR 18-Terena,Trigo BR 23, Trigo BR 35, Embrapa 16, Embrapa 40, Embrapa 52, BRS 49, BRS 119, BRS 120, BRS 177, BRS 179, BRS 194, BRS Figueira, BRS Angico e BRS Timbaúva; (visualizar todas as cultivares).

São relatados, para cada cultivar, os seguintes grupos de informações:

I – Nomenclatura, cruzamento e indicação para cultivo: informações sobre nome da cultivar, cruzamento que a originou e dados sobre ano inicial de indicação e unidades da federação no Brasil ( RS = Rio Grande do Sul, SC = Santa Catarina, PR = Paraná e MS = Mato Grosso do Sul) onde a cultivar é indicada atualmente.

II – Características agronômicas e botânicas: apresentação das informações sobre algumas características, como hábito vegetativo, cor da aurícula, ciclo, altura, forma e cor da espiga, presença de arista na espiga e reação ao acamamento.

III – Reação a doenças: entre elas estão a reação às doenças causadas por fungos (oídio, ferrugem da folha, ferrugem do colmo, giberela, mancha da gluma, mancha marrom, mancha bronzeada) e por vírus (mosaico do trigo, que é transmitido por um fungo do solo). O conceito da reação é o apresentado em Reunião... (2002). Para outras doenças, incluindo vírus do nanismo amarelo da cevada e carvão voador, é apresentada a reação conforme avaliação realizada na Embrapa Trigo. É também apresentada a reação ao crestamento causada, principalmente, pela toxicidade de alumínio em solos ácidos. Para simplificação da informação da reação a doenças, foram adotadas as seguintes abreviaturas: R= Resistente, MR= Moderadamente resistente, MS= Moderadamente suscetível, S= Suscetível ou AS = Altamente suscetível.

IV – Grão e qualidade industrial: informações sobre características do grão e sobre a classe comercial e quanto à reação à germinação do grão na espiga.

V – Rendimento de grãos: são apresentados dados gerais médios dos principais ensaios de rendimento em que a cultivar esteve presente no Rio Grande do Sul no período de 1995 a 2001. Foram considerados dados dos seguintes ensaios: Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo-RS (EEC), Ensaio Sul–brasileiro de Linhagens de Trigo (ESB) e Ensaio Regional de Linhagens de Trigo-RS (ER-RS), segundo informações de Bohn et al. (1997), de Moreira (1996, 1997, 1998, 1999, 2000 e 2001), de Svoboda et al. (1996 e 1997), de Waldman et al. (1996) e de Zanotelli et al. (1998, 1999, 2000, 2001 e 2002). São relatados os dados de rendimento médio de grãos no RS, em kg/ha, a percentagem em relação à cultivar CEP 27-Missões (CEP 27), a cultivar mais semeada no RS na média dos últimos anos, ou em relação à CEP 24-Industrial (CEP 24), que tem mostrado estabilidade de rendimento de grãos ao longo dos anos em que está na lavoura, no caso da cultivar CEP 27 não estar presente no ensaio em determinado ano. É também apresentada a percentagem de rendimento de grãos em relação à média de todos os genótipos do ensaio. Se a cultivar esteve entre os três genótipos com maior rendimento de grãos no ensaio, o destaque é mencionado.

VI - Outras observações: incluem a disponibilidade de semente em 2002 no Rio Grande do Sul e nos outros estados.

VII – Literatura específica: relaciona as publicações específicas sobre a cultivar nas quais foram obtidas muitas das informações relatadas no presente trabalho. As referências consultadas não relativas a informações específicas sobre a cultivar são relacionadas na parte final do trabalho.

VIII – Consideração especial: relata informação considerada especial em relação ao genótipo e, algumas vezes, de importância para o manejo adequado da cultivar.