Dezembro, 2002 |
16 |
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
Trigo BR 15
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÂO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: Trigo BR 15
Cruzamento: IAS 54*2/TOKAI 80//PF 69163
Ano de cruzamento: 1973
Desenvolvimento da seleção: P73387-1P-37F-1F-0F-0R-1F-0R
Número de linhagem: PF 79300
Instituição: Embrapa Trigo/IPEAS/UFPel
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1985 (RS e SC)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS
Outras informações: a partir de 1995, passou para a categoria tolerada no RS; esteve recomendada em SC no período de 1985 a 1998
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: semi-ereto
Cor da aurícula: predominantemente colorida
Ciclo: curto a médio
Altura: média
Espiga:
Acamamento: resistente
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira ereta, espiga semidensa, dente da gluma semilongo a longo
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): S
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): S
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): MS
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MR
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): S
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: MS
Crestamento (toxicidade de alumínio): R
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovóide a ovalado, médio a longo, semiduro, vermelho-claro
Germinação do grão na espiga: moderadamente resistente
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando
Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: N 13+16 2+12
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (Trigo BR 15)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
EEC |
18 |
1.834 |
87 |
92 |
1996 |
RS |
EEC |
18 |
2.627 |
92 |
96 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
1.765 |
87 |
100 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
2.223 |
108 |
98 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.618 |
93 |
98 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.437 |
84 |
88 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.084 |
86 |
92 |
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 90 toneladas (0,08% da reserva)
Disseminação da cultivar: teve disseminação regular no Rio Grande do Sul, onde chegou a ser a terceira cultivar mais semeada no ano de 1989. No noroeste do RS, teve, por vários anos, boa participação na área cultivada com trigo na região
VII - LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 3 Cultivar Trigo BR 15. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 17., 1985, Cruz Alta. Ata ... Cruz Alta: CEP FECOTRIGO, 1985. p. 112-120.
TRIGO BR 15. In: POPINIGIS, F. (Comp.). Novas cultivares ano 13/14. Brasília: Embrapa-DDT, 1987. p. 140-142.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
Por seu adequado tipo agronômico, tolerância ao crestamento e, principalmente, resistência à mancha da gluma, a cultivar Trigo BR 15 adaptou-se bem às condições de cultivo na antiga Região Tritícola IV, onde se localizam, entre outros, os municípios: Giruá, Santa Rosa, Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Santo Augusto e Três de Maio. Nos ensaios de rendimento de grãos, tem apresentado valores inferiores aos das testemunhas, razão pela qual passou para a categoria tolerada.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
Trigo BR 18-Terena
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: Trigo BR 18-Terena
Cruzamento: Desconhecido
Instituição: Embrapa Agropecuária Oeste/Embrapa Trigo/CIMMYT
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1986 (MS, PR)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: MS, PR, SP, RS; no RS, a cultivar está indicada somente na antiga Região Tritícola IV, que, entre outros, abrange os municípios: Giruá, Santo Ângelo, Santa Rosa, São Luiz Gonzaga, Santo Augusto e Três de Maio
Outras informações: pelos registros, refere-se à introdução de linha Alondra Sib, recebida do México, através do CIMMYT; entretanto pelas características apresentadas, conclui-se que a cultivar não pode corresponder à genealogia apresentada por ocasião de seu lançamento
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: semi-ereto
Cor da aurícula: predominantemente pouco colorida
Ciclo: muito curto
Altura: baixa
Espiga:
Acamamento: resistente nas condições de cultivo do RS; no PR mostra problema de acamamento em alguns anos e situações
Outras características agronômicas e botânicas: moderadamente suscetível à debulha
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): MS
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): MS
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): S
Mancha da gluma (Septoria nodorum): S
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): MS
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): S
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: S
Crestamento (toxicidade de alumínio): MR-MS
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: médio a longo, ovalado, vermelho e duro
Germinação do grão na espiga: suscetível
Qualidade industrial. Classe Comercial: Pão
Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: 1 17+18 5+10
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (Trigo BR 18-Terena)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
ESB |
20 |
1.823 |
86 (CEP 24) |
82 |
1996 |
RS |
ESB |
18 |
2.355 |
78 (CEP 24) |
81 |
1997 |
RS |
ESB |
13 |
1.813 |
96 (CEP 24) |
94 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
1.728 |
84 (CEP 27) |
76 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.244 |
80 (CEP 27) |
84 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.290 |
79 (CEP 27) |
83 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
1.872 |
75 (CEP 27) |
82 |
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 35,9 toneladas no RS (0,03% da reserva), 7.147 toneladas no PR (4,8 %)
Disseminação da cultivar: teve expressiva disseminação na lavoura no PR e em MS. Chegou a ser a cultivar mais semeada no PR em 1995, situando-se entre as três mais semeadas nesse estado no período de 1994 a 1999. No RS foi introduzida na Região Triticola IV, onde adquiriu pouca expressão de cultivo
VII - LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 5 Descrição revisada da cultivar Trigo BR 18-Terena. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 30., 1998, Chapecó. Ata... Chapecó: Comissão de Pesquisa de Trigo, 1998. p. 72-77.
BR 18-Terena. In: REUNIÃO DA COMISSÃO CENTRO-SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 2., 1986, Dourados. Ata ... Dourados: UEPAE-Dourados, 1986. p. 146-148.
TRIGO BR 18-Terena. In: EMBRAPA. Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual de Dourados. Trigo: recomendações técnicas para Mato Grosso do Sul. Dourados, 1991. p. 82. (UEPAE Dourados. Circular Técnica, 19).
TRIGO BR 18-Terena. In: POPINIGIS, F. (Comp.). Novas cultivares ano 13/14. Brasília: Embrapa-DDT, 1987. p. 146-148.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
Trigo BR 18-Terena, por sua precocidade, adequado tipo agronômico, grão grande e alto valor de W relacionado à qualidade industrial, foi indicado para a região tritícola IV do Rio Grande do Sul. Em razão do rendimento baixo obtido em ensaio, a cultivar passou para a categoria tolerada a partir de 2000. Em decorrência da suscetibilidade ao mosaico do trigo, a cultivar deve ser plantada em área livre da doença, devendo haver preocupação na colheita pela suscetibilidade da cultivar à germinação do grão na espiga, em condições favoráveis.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
Trigo BR 23
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: Trigo BR 23
Cruzamento: CORRE CAMINOS/ALONDRA SIB/3/IAS 54-20/COTIPORÃ//CNT 8
Ano de cruzamento: 1977 (Ciudad Obregon, México)
Desenvolvimento da seleção: F11693-B-102F-1F-3F-0R-3F-0R
Número de linhagem: PF 8215
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1987 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC, PR
Outras informações: esteve indicada para o MS de 1993 a 1997; foi também indicada para cultivo em Zâmbia, na África
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: semi-ereto
Cor da aurícula: predominantemente incolor
Ciclo: curto a médio
Altura: média
Espiga:
Acamamento: resistente
Outras características agronômicas e botânicas: folha ereta, espiga semilonga
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): S
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): resistência de planta adulta
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): S
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): S
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: S
Vírus do nanismo amarelo da cevada: S
Crestamento (toxicidade de alumínio): R-MR
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, médio, mole, vermelho-claro
Germinação do grão na espiga: moderadamente suscetível
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando
Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: N 17+18 2+12
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (Trigo BR 23)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
EEC |
18 |
1.939 |
92 |
97 |
1996 |
RS |
EEC |
18 |
2.625 |
91 |
94 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
1.606 |
79 |
91 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
2.131 |
103 |
94 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.764 |
98 |
104 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.692 |
93 |
97 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.504 |
100 |
110 |
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 5.471 toneladas no RS (5,0% da reserva), 219 toneladas em SC (2,9%) e 659 toneladas no PR (0,44% da reserva)
Disseminação da cultivar: a cultivar teve excelente aceitação na lavoura. Chegou a ser a cultivar mais semeada no RS, no período de 1990 a 1994, em SC, no período de 1992 a 1995, e no PR, nos anos de 1993 e 1994
VII LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 3 Cultivar: Trigo BR 23. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 19., 1987, Pelotas. Ata ... Pelotas: UFPel-FAEM/Embrapa-CPATB, 1987. p. 120-127.
SOUSA, C. N. A. de; ZANATTA, A. C .A.; GOMES, E. P.; MOREIRA, J. C. S.; ROSA, O. de S. Cultivar Trigo BR 23 uma nova opção para o cultivo do trigo no sul do Brasil. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Resultados de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Passo Fundo, 1988. p. 41-56. Trabalho apresentado na XV Reunião Nacional de Pesquisa de Trigo, Passo Fundo, RS, 1988.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
Cultivar de adequado tipo agronômico e de ampla adaptação aos vários macroambientes para cultivo de trigo no Brasil. Normalmente apresenta boa resposta à aplicação de nitrogênio e de fungicidas protetores de doenças da parte aérea. Por ser suscetível ao vírus do mosaico do trigo, deve-se evitar o plantio de Trigo BR 23 em áreas com histórico de ocorrência dessa doença. É cultivar de tipo Brando e apresenta farinha clara, fator que determinou demanda específica, especialmente para branquear farinha de trigo argentino.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
Trigo BR 35
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: Trigo BR 35
Cruzamento: IAC 5*2/3/CNT 7*3/LONDRINA//IAC 5/HADDEN
Ano de cruzamento: 1981
Desenvolvimento da seleção: F17523-B-651F-659F-651F-953F-952F-900F
Número de linhagem: PF 83144
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1989 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC, PR
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: ereto
Cor da aurícula: pouco colorida e colorida, podendo ocorrer aurículas incolores
Ciclo: curto
Altura: média
Espiga:
Forma: fusiforme, podendo ocorrer oblonga em baixa proporção
Acamamento: moderadamente suscetível
Outras características agronômicas e botânicas: espiga curta, densa; moderadamente suscetível à debulha
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): MR
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): resistência de planta adulta
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): S
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: S
Vírus do nanismo amarelo da cevada: MR
Crestamento (toxicidade de alumínio): R
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, médio, mole, vermelho-claro
Germinação do grão na espiga: moderadamente suscetível
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando
Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: N 7+8 2+12
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (Trigo BR 35)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
EEC |
18 |
2.115 |
100 |
106 |
1996 |
RS |
EEC |
16 |
2.935 |
102 |
106 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
1.887 |
93 |
107 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
2.479 |
120 |
109 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.743 |
97 |
103 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.721 |
94 |
98 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.373 |
95 |
104 |
Trigo BR 35 foi a terceira colocada em rendimento de grãos no EEC em 1995.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 12,7 toneladas no RS (0,1% da reserva), 659 toneladas no PR (0,44%)
Disseminação da cultivar: apresentou aumento constante de área de cultivo, após o lançamento em 1989, chegando a ser a segunda cultivar em área de cultivo no RS, em SC e no PR em 1994. A participação na lavoura diminuiu a partir de 1996
VII - LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 4 Cultivar BR 35. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 21., 1989, Passo Fundo. Ata... Passo Fundo: Embrapa-CNPT, 1989. p. 100-102.
ROSA, O. de S.; BARCELLOS, A. L.; ZANATTA, A. C. A.; PRESTES, A. M.; TOMM, G. O.; SOUSA, C. N. A. de; GOMES, E. P.; MOREIRA, J. C. S.; SARTORI, J. F.; CAETANO, V. da R. Trigo BR 35 - nova cultivar para o sul do Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 27, n. 8, p. 1223-1227, 1992.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
Trigo BR 35 apresenta resistência a algumas doenças, sendo, entretanto, suscetível à giberela e ao mosaico do trigo, e excelente resistência ao crestamento. Apresenta suscetibilidade à geada extemporânea.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
Embrapa 16
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: Embrapa 16
Cruzamento: HULHA NEGRA/CNT 7//AMIGO/CNT 7
Ano de cruzamento: 1980 (Passo Fundo)
Desenvolvimento da seleção: F17920-111F-1F-2F-2F-1F-0F
Número de linhagem: PF 86238
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1992 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC, PR
Outras informações: a cultivar passou para a categoria tolerada no RS e em SC a partir de 2000. Para as condições de solos com potencial para cultivo de arroz irrigado no RS, a cultivar Embrapa 16 é indicada com preferência
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: semi-ereto
Cor da aurícula: predominantemente incolor
Ciclo: curto (no Rio Grande do Sul)
Altura: média a alta
Espiga:
Acamamento: moderadamente suscetível
Outras características agronômicas e botânicas: exigente em frio para atingir a etapa de espigamento, folha bandeira ereta, espiga semidensa
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): MR
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): S
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): S
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: R
Vírus do nanismo amarelo da cevada: S
Crestamento (toxicidade de alumínio): R-MR
Carvão (Ustilago tritici): suscetível ao carvão
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: longo, vermelho, semiduro
Germinação do grão na espiga: suscetível
Qualidade industrial. Classe Comercial: Pão
Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: N 7+8 2+12
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (Embrapa 16)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
EEC |
18 |
2.272 |
108 |
114 |
1996 |
RS |
EEC |
18 |
2.792 |
97 |
100 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
1.468 |
72 |
83 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
1.769 |
86 |
78 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.633 |
93 |
99 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.858 |
99 |
103 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.028 |
81 |
81 |
Embrapa 16 foi a cultivar de maior rendimento médio de grãos no EEC em 1995. A cultivar destacou-se também nos ensaios em rede realizados de 1990 a 1994.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 79,3 toneladas no RS (0,07% da reserva), 1.500 toneladas no PR (1,0%)
Disseminação da cultivar: teve excelente disseminação na lavoura, chegando a ser a cultivar de trigo mais semeada no RS, no período de 1995 a 1998, e em SC, nos anos de 1996 e 1997. Em decorrência de ter se tornado suscetível à ferrugem da folha, diminuiu muito a área de cultivo a partir de 1999. Outro fator que influenciou a menor aceitação da cultivar foi a manifestação da germinação do grão na espiga, especialmente nos anos em que ocorreu o fenômeno El Niño.
VII LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 3 Descrição da cultivar de trigo Embrapa 16. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 24., 1992, Cruz Alta. Ata ... Cruz Alta: FUNDACEP FECOTRIGO, 1992. p. 95-106.
GOMES, E. P.; SOUSA, C. N. A. de; GUARIENTI, E. M.; MOREIRA, J. C. S.; DEL DUCA, L. de J. A.; SCHEEREN, P. L. EMBRAPA 16: uma nova opção para os triticultores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Passo Fundo: Embrapa-CNPT, 1994. 14 p. (Embrapa-CNPT. Documentos, 18).
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
Nos últimos anos, a ferrugem da folha é o fator que mais tem prejudicado o rendimento de Embrapa 16, sendo importante o acompanhamento constante e o tratamento com fungicida para que o potencial de rendimento dessa cultivar possa se expressar. Por ser suscetível à germinação do grão na espiga, deve ser colhida logo que o grão esteja maduro, evitando-se, assim, perdas na qualidade do grão por chuva após esse estádio.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
Embrapa 40
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: Embrapa 40
Cruzamento: PF 7650 / NS 18-78 // CNT 8 / PF 7577
Ano de cruzamento: 1979 (em Ciudad Obregon, México)
Desenvolvimento da seleção: F14988-299F-99F-99F-1F-0F
Número de linhagem: PF 84316
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1995 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: ereto
Cor da aurícula: predominantemente colorida
Ciclo: curto com rápida maturação a partir do espigamento
Altura: média a alta
Espiga:
Acamamento: apresenta tendência de acamar, sendo o maior defeito da cultivar
Outras características agronômicas e botânicas: espiga de comprimento semi-curto, ombro predominantemente oblíquo, quilha reta; espiga muito inclinada na maturação
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): S
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): resistência de planta adulta
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): S
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: MR
Vírus do nanismo amarelo da cevada: S-MS
Crestamento (toxicidade de alumínio): MR
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, médio, vermelho
Germinação do grão na espiga: resistente-moderadamente resistente
Qualidade industrial. Classe Comercial: Pão
Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: N 17+18 5+10
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (Embrapa 40)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
EEC |
20 |
2.111 |
96 |
102 |
1996 |
RS |
EEC |
18 |
2.915 |
101 |
105 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
1.965 |
96 |
111 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
2.426 |
117 |
107 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.724 |
97 |
102 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
3.000 |
104 |
108 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.496 |
100 |
110 |
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 1987 toneladas no RS (1,83% da reserva)
Disseminação da cultivar: Embrapa 40 teve, até agora, disseminação regular na lavoura. Foi a quinta cultivar mais semeada no RS em 1997 e 1998
VII - LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 4 Descrição da cultivar de trigo Embrapa 40. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 27., 1995, Porto Alegre. Ata... Porto Alegre: UFRGS, 1995. p. 131-137.
SOUSA, C. N. A. de; BARCELLOS, A. L.; PRESTES, A. M. P., LINHARES, A. G.; GOMES, E. P.; GUARIENTI, E. M.; SARTORI, J. F.; MOREIRA, J. C. S.; DEL DUCA, L. de J. A.; SCHEEREN, P. L.; SILVA, S. D. dos A. e; LINHARES, W. I. Informações sobre a cultivar de trigo Embrapa 40. Passo Fundo: Embrapa-CNPT, 1997. 24 p. (Embrapa-CNPT. Documentos 37).
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
Embrapa 40 tem mostrado rusticidade e estabilidade de rendimento, porém o teto de rendimento é limitado. Possui considerável resistência a doenças em geral e destaque para as características do grão. Apresenta tendência de acamar, razão pela qual recomenda-se aplicação de níveis moderados de nitrogênio.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
Embrapa 52
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: Embrapa 52
Cruzamento: HULHA NEGRA/CNT 7//AMIGO/CNT 7
Ano de cruzamento: 1980 (Passo Fundo)
Desenvolvimento da seleção: F17920-111F-1F-2F-3F-2F-0F
Número de linhagem: PF 86242
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1996 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS
Outras informações: do mesmo cruzamento e de características semelhantes às de Embrapa 16
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
HÁBITO VEGETATIVO: semi-ereto, comportando-se algumas vezes como intermediário
COR DA AURÍCULA: predominantemente incolor
CICLO: curto no RS (135 dias até a maturação em Passo Fundo de 1993-95)
ALTURA: média a alta
Espiga:
ACAMAMENTO: moderadamente suscetível
OUTRAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS: exigente em frio para atingir a etapa de espigamento, folha bandeira ereta, espiga semicurta, semidensa
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): R
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): S
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): MR
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: R
Crestamento (toxicidade de alumínio): R-MR
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, longo, semimole, vermelho
Germinação do grão na espiga: suscetível
Qualidade industrial. Classe Comercial: Pão
Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: N 7+8 2+12
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (Embrapa 52)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
ESB |
18 |
2.458 |
116 (CEP 24) |
111 |
1996 |
RS |
EEC |
18 |
2.824 |
98 (CEP 27) |
102 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
1.498 |
73 (CEP 27) |
85 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
1.905 |
92 (CEP 27) |
84 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.743 |
97 (CEP 27) |
103 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.831 |
98 (CEP 27) |
102 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.212 |
89 (CEP 27) |
97 |
Embrapa 52 foi a terceira colocada no ESB de 1995.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 14 toneladas no RS (0,01% da reserva)
Disseminação da cultivar: a cultivar teve pouca disseminação na lavoura. Por apresentar características semelhantes às de Embrapa 16, foi prejudicada por ter entrado em produção no período correspondente ao de declínio de Embrapa 16
VII LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 4 Cultivar de trigo Embrapa 52. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 28., 1996, Passo Fundo. Ata... Passo Fundo: Comissão Sul-brasileira de Pesquisa de Trigo, 1996. p. 133-140.
DEL DUCA,L. de J. A.; LINHARES, A. G.; SOUSA, C. N. A. de; GOMES, E. P.; GUARIENTI, E. M.; MOREIRA, J. C. S.; SCHEEREN, P. L. Embrapa 52 nova cultivar de trigo para o Rio Grande do Sul. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 34, n. 6, p. 1107-1118, 1999.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
Embrapa 52 tornou-se suscetível à ferrugem da folha, sendo importante o acompanhamento constante e o tratamento com fungicida para que o elevado potencial de rendimento dessa cultivar possa se expressar. Por ser suscetível à germinação do grão na espiga, deve ser colhida logo que o grão estiver maduro, evitando-se, assim, perdas na qualidade do grão por chuva após esse estádio.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS 49
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS 49
Cruzamento: BR 35/PF 83619//PF 858/PF 8550
Ano de cruzamento: 1986 (Passo Fundo, RS)
Desenvolvimento da seleção: F30872-1F-0R-1F-0R-2F-0R-0F
Número de linhagem: PF 90120
Instituição: : Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1996 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC, PR
Outras informações: denominada anteriormente Embrapa 49, por ocasião de sua inscrição como cultivar protegida tomou o nome de BRS 49. A cultivar obteve o Certificado de Proteção de Cultivar em 8 de julho de 1998, cuja validade é de 15 anos
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: ereto
Cor da aurícula: predominantemente incolor a pouco colorida
Ciclo: curto (134 dias até a maturação em Passo Fundo, na média de 1993 a 1995)
Altura: média a alta
Espiga:
Acamamento: resistente
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira ereta, espiga semicurta e semidensa, gluma de ombro elevado e dente longo
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): MS
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): S (a partir de 2001)
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): MR
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): MR
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: S
Vírus do nanismo amarelo da cevada: MR
Crestamento (toxicidade de alumínio): R
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, médio, semimole, vermelho
Germinação do grão na espiga: moderadamente resistente
Qualidade industrial. Classe Comercial: Pão
Outras informações: tendência de peso do hectolitro baixo; subunidades de gluteninas de alto peso molecular: 2* 7+8 5+10
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS 49)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
ESB |
20 |
2.464 |
116 (CEP 24) |
111 |
1996 |
RS |
EEC |
18 |
3.156 |
109 (CEP 27) |
114 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
1.992 |
98 (CEP 27) |
113 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
2.770 |
134 (CEP 27) |
122 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.716 |
96 (CEP 27) |
102 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.808 |
97 (CEP 27) |
102 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
1.865 |
75 (CEP 27) |
82 |
BRS 49 foi a cultivar de maior rendimento de grãos no EEC de 1996 e de 1998, a terceira no EEC de 1997 e a segunda no ESB de 1995.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 5.232 toneladas no RS (4,8% da reserva), 1.144 toneladas em SC (15,2%) e 6.291 toneladas no PR (10,9%)
Disseminação da cultivar: a cultivar teve aceitação e difusão na lavoura no Sul do Brasil, sendo a cultivar com maior disponibilidade de semente na safra de 2000 no RS; em 2001 foi a terceira cultivar em disponibilidade de semente no RS, a primeira em SC e a segunda no PR; em 2002 é a terceira em disponibilidade de semente em SC
VII LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 5 Cultivar de trigo Embrapa 49. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 28., 1996, Passo Fundo. Ata... Passo Fundo: Comissão Sul-brasileira de Pesquisa de Trigo, 1996. p. 141-148.
BRUNETTA, D.; DOTTO, S. R.; TAVARES, L. C. V.; BASSOI, M. C. Desempenho agronômico e características da cultivar de trigo BRS 49 no Estado do Paraná. Londrina: Embrapa Soja, 1999. 24 p. (Embrapa Soja. Circular Técnica, 25).
SOUSA, C. N. A. de; BARCELLOS, A. L.; PRESTES, A. M.; LINHARES, A. G.; GOMES, E. P., GUARIENTI, E. M.; MOREIRA, J. C. S.; SARTORI, J. F.; DEL DUCA, L. de J. A.; SCHEEREN, P. L.; LINHARES, W. I. Informações sobre a cultivar de trigo BRS 49. Passo Fundo: Embrapa-CNPT, 1998. 36 p. (Embrapa-CNPT. Documentos, 52).
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
Entre os aspectos positivos, salientam-se a qualidade industrial superior estável da farinha e a resistência ao acamamento e ao crestamento. BRS 49 deve ser plantada em áreas livres do vírus do mosaico do trigo e ser protegida contra giberela e ferrugem da folha.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS 119
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS 119
Cruzamento: PF 82252/BR 35//IAPAR 17/PF 8550
Ano de cruzamento: 1986 (Passo Fundo)
Desenvolvimento da seleção: F30871-6F-0R-1F-7F-0R-1F-0F
Número de linhagem: PF 9198
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1997 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC
Outras informações: denominada anteriormente Embrapa 119, por ocasião de sua inscrição como cultivar protegida tomou o nome de BRS 119. A cultivar obteve o Certificado de Proteção de Cultivar em 24 de julho de 1998, cuja validade é de 15 anos
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: semi-ereto a ereto
Cor da aurícula: predominantemente incolor
Ciclo: curto
Altura: média
Espiga:
Acamamento: resistente, na maioria das situações observadas
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira ereta; espiga semicurta e semidensa; gluma de quilha reta e de dente semicurto
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): MS
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): S-MS
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): MR
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: MS
Vírus do nanismo amarelo da cevada: S
Crestamento (toxicidade de alumínio): MR
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, longo, vermelho
Germinação do grão na espiga: moderadamente suscetível
Qualidade industrial. Classe Comercial: Pão
Outras informações: tendência de elevado peso do hectolitro; subunidades de gluteninas de alto peso molecular: 2* 7+8 5+10
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS 119)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
ESB |
20 |
2.304 |
109 (CEP 24) |
104 |
1996 |
RS |
ESB |
18 |
3.086 |
102 (CEP 24) |
107 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
1.921 |
94 (CEP 27) |
109 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
2.736 |
132 (CEP 27) |
121 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.703 |
96 (CEP 27) |
101 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.708 |
94 (CEP 27) |
98 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.071 |
83 (CEP 27) |
91 |
BRS 119 foi a segunda cultivar com maior rendimento de grãos no EEC em 1998.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 412 toneladas no RS (0,4% da reserva) e 327 toneladas em SC (4,36%)
Disseminação da cultivar: BRS 119 apresentou pouca disseminação na lavoura no RS e disseminação média em SC
VII - LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 4 Descrição da cultivar de trigo Embrapa 119. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 29., 1997, Porto Alegre. Ata... Porto Alegre: Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo, 1997. p. 72-79.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
A cultivar, resistente à ferrugem da folha até 1998, tornou-se suscetível no ano seguinte. Dessa maneira, deve ser aplicado tratamento para essa doença, caso atinja níveis críticos. BRS 119 tem como destaque a tendência de produzir farinha de glúten forte. A cultivar caracteriza-se por não apresentar, normalmente, densidade de plantas satisfatória. Em compensação, destaca-se pela alta fertilidade das espiguetas.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS 120
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS 120
Cruzamento: : PF 83899 / PF 813 // F27141
= PF 83899 / PF 813 /6/ PF 83743 /5/ PF 83182 /4/ CNT 10*4 // LV*5 / AGATHA /3/ LD*4 / AGENT // LD*3 / NYUBAI
Ano de cruzamento: 1987 (Passo Fundo)
Desenvolvimento de seleção: F33152-7F-1F-0R-2F-0F
Número de linhagem: PF 91205
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1997 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC, PR; para as condições de solos com potencial para cultivo de arroz irrigado no RS, a cultivar BRS 120 é indicada com preferência
Outras informações: denominada anteriormente Embrapa 120, por ocasião de sua inscrição como cultivar protegida tomou o nome de BRS 120. A cultivar obteve o Certificado de Proteção de Cultivar em 24 de julho de 1998, cuja validade é de 15 anos
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: ereto
Cor da aurícula: predominantemente incolor
Ciclo: curto a médio
Altura: média
Espiga:
Acamamento: resistente
Outras características agronômicas e botânicas: espiga semilaxa, tendência de muitas espigas por área, moderadamente suscetível à debulha
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): S
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): S-MS
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): R
Giberela (Gibberella zeae): MS
Vírus do mosaico do trigo: MR
Crestamento (toxicidade de alumínio): MR-MS
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, médio, mole, vermelho-claro
Germinação do grão na espiga: moderadamente resistente
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando; em cultivo no norte e no oeste do PR, freqüentemente apresenta grãos com classificação industrial Pão
Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: 2* 7+9 5+10
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS 120)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
ESB |
20 |
2.503 |
118 (CEP 24) |
113 |
1996 |
RS |
ESB |
18 |
3.190 |
105 (CEP 24) |
110 |
1997 |
RS |
EEC |
14 |
2.036 |
100 (CEP 27) |
115 |
1998 |
RS |
EEC |
11 |
2.687 |
130 (CEP 27) |
119 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
3.083 |
109 (CEP 27) |
115 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
3.014 |
104 (CEP 27) |
109 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.586 |
104 (CEP 27) |
114 |
BRS 120 tem se destacado, situando-se entre as três cultivares com maior rendimento de grãos, no período de 1995 a 2000, nos ensaios em que esteve presente.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 5.561 toneladas no RS (5,1% da reserva) e 2.368 toneladas no PR (1,59%)
Disseminação da cultivar: a cultivar encontra-se em fase de expansão na lavoura com disponibilidade crescente de semente
VII LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 5 Descrição da cultivar de trigo Embrapa 120. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 29., 1997, Porto Alegre. Ata... Porto Alegre: Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo, 1997. p. 80-88.
DOTTO, S. R.; BRUNETTA, D; BASSOI, M. C.; SCHEEREN, P. L.; SOUSA, C. N. A. de; DEL DUCA, L. de J.; GOMES, E. P.; MOREIRA, J. C. S.; LINHARES, A. G. Cultivar de trigo BRS 120: características agronômicas, produtividade e qualidade industrial no Estado do Paraná. Londrina: Embrapa-CNPSo, 1998. 18 p. (EMBRAPA-CNPSo. Circular Técnica, 21).
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
BRS 120 tem se destacado em relação ao rendimento de grãos e ao tipo agronômico. Em relação ao seu cultivo, deve ser acompanhada a evolução da ferrugem da folha e do oídio, realizando-se o tratamento para controle dessas doenças, caso necessário, a fim de que o excelente potencial de rendimento seja aproveitado.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS 177
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS 177
Cruzamento: PF 83899 /PF 813 // F27141
Ano de cruzamento: 1987
Desenvolvimento da seleção: F33152-10F-4F-0R-1F-0R-2F-0F
Número de linhagem: PF 9293
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1999 (PR, RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC, PR; para as condições de solos com potencial para cultivo de arroz irrigado no RS, a cultivar BRS 177 é indicada com preferência
Outras informações: o cruzamento é o mesmo de BRS 120. A cultivar obteve o Certificado de Proteção de Cultivar em 11 de abril de 2001, cuja validade é de 15 anos
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo:
Cor da aurícula: predominantemente incolor
Ciclo: médio (147 dias da emergência até a maturação em Passo Fundo, na média de 1995 a 1998)
Altura: média
Espiga:
Acamamento: moderadamente resistente
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira intermediária, espiga semicurta e semilaxa; apresenta tendência de elevado perfilhamento
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): MR
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): S-MS
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MR
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): R
Giberela (Gibberella zeae): MR
Vírus do mosaico do trigo: MR
Crestamento (toxicidade de alumínio): MR
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, semimole, vermelho-claro
Germinação do grão na espiga: moderadamente resistente
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando
Outras informações: peso do hectolitro semelhante ao de CEP 24 e ao de Trigo BR 23
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS 177)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1995 |
RS |
ER |
12 |
2.574 |
114 (CEP 24) |
123 |
1996 |
RS |
ESB |
18 |
3.176 |
105 (CEP 24) |
110 |
1997 |
RS |
ESB |
14 |
2.110 |
112 (CEP 24) |
110 |
1998 |
RS |
ESB |
13 |
3.166 |
121 (CEP 27) |
137 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
3.001 |
106 (CEP 27) |
112 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
3.027 |
114 (CEP 27) |
109 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.746 |
110 (CEP 27) |
121 |
BRS 177 tem se destacado, situando-se entre as três cultivares com maior rendimento de grãos, no período de 1995 a 2001, nos ensaios em que esteve presente.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 1.010 toneladas no RS (0,93% da reserva) e 909 toneladas no PR (0,61%)
Disseminação da cultivar: a cultivar apresenta pouca disponibilidade de semente, razão pela qual sua disseminação na lavoura ainda é limitada
Outras informações: é de ciclo mais longo do que o de BRS 120
VII - LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 3 BRS 177. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 31., 1999, Passo Fundo. Ata... Passo Fundo: Comissão Sul-brasileira de Pesquisa de Trigo, 1999. p.68-78.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
BRS 177 apresenta considerável resistência geral a doenças e, ao mesmo tempo, tendência para bom perfilhamento e resistência ao acamamento. Entretanto, foi verificada maior ocorrência de ferrugem da folha em 2001, em relação aos anos anteriores, razão pela qual deve haver controle da doença, caso necessário. Apresenta-se com destaque em relação à resistência à giberela, o que constitui vantagem para obtenção de grãos sadios.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS 179
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS 179
Cruzamento: BR 35/PF 8596/3/ PF 772003*2/PF 813//PF 83899
Ano de cruzamento: 1987
Desenvolvimento da seleção: F33046-1F-5F-0R-3F-204R-2F-0F
Número de linhagem: PF 92140
Instituição: : Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1999 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC
Outras informações: a cultivar obteve o Certificado de Proteção de Cultivar em 27 de abril de 2001, cuja validade é de 15 anos
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: semi-ereto a ereto
Cor da aurícula: colorida
Ciclo: curto a médio
Altura: média a alta
Espiga:
Acamamento: moderadamente suscetível
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira intermediária, espiga semidensa, moderadamente suscetível à debulha
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): MS
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): MS
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MR
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): MR
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): MR
Giberela (Gibberella zeae): MR
Vírus do mosaico do trigo: MS
Crestamento (toxicidade de alumínio): MR
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, semimole, vermelho
Germinação do grão na espiga: moderadamente resistente a moderadamente suscetível
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando
Outras informações: tendência de valores elevados de peso do hectolitro
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS 179)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1996 |
RS |
ER |
13 |
3.739 |
116 (CEP 24) |
121 |
1997 |
RS |
ESB |
14 |
2.086 |
110 (CEP 24) |
108 |
1998 |
RS |
ESB |
13 |
3.071 |
133 (CEP 27) |
133 |
1999 |
RS |
EEC |
16 |
2.974 |
105 (CEP 27) |
111 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
3.143 |
109 (CEP 27) |
114 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.621 |
105 (CEP 27) |
115 |
BRS 179 foi a primeira cultivar em rendimento de grãos na média do EEC de 2000 e do ER de 1995, a segunda do ESB de 1998 e a terceira do EEC de 1999.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 17.557 toneladas no RS (16,2% da reserva), 1.226 toneladas em SC (16,35%) e 98 toneladas no PR (0,07%)
Disseminação da cultivar: apesar do pouco tempo de indicação para cultivo, a cultivar teve disseminação muito rápida e deverá ser a mais semeada no RS e a segunda colocada em SC em 2002
VII LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
ANEXO 4 BRS 179. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 31., 1999, Passo Fundo. Ata... Passo Fundo: Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo, 1999. p. 79-88.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
BRS 179 apresenta, ao mesmo tempo, rusticidade e bom desempenho para produção de grão. Apresenta resistência geral a doenças e especialmente em relação à giberela, o que constitui vantagem para obtenção de grãos mais sadios, condição que responde às exigências atuais de mercado. Em razão de certa tendência para acamar, deve haver limitação no uso de nitrogênio e recomenda-se não ultrapassar 40 kg de N por hectare entre adubação de base e de cobertura. Pelo comportamento intermediário para resistência ao oídio e à ferrugem da folha, recomenda-se o tratamento com fungicida, caso necessário.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS 194
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS 194
Cruzamento: CEP 14 / BR 23 // CEP 17
Ano de cruzamento: 1987 (Passo Fundo, RS)
Desenvolvimento da seleção: F32863-33F-400F-1F-1F-0R-0F
Número de linhagem: PF 92231
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 2000 (RS, SC)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS, SC
Outras informações: a cultivar obteve o Certificado de Proteção de Cultivar em 11 de abril de 2001, cuja validade é de 15 anos
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: semi-ereto
Cor da aurícula: predominantemente incolor
Ciclo: curto
Altura: média
Espiga:
Acamamento: moderadamente resistente
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira ereta, espiga curta, tendência de bom número de grãos na espigueta central
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): R
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): R-MR
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): R
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MR
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): MR
Giberela (Gibberella zeae): S
Vírus do mosaico do trigo: R
Crestamento (toxicidade de alumínio): R
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: vermelho
Germinação do grão na espiga: resistente
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando (Informação preliminar)
Outras informações: tendência de peso do hectolitro elevado
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS 194)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1996 |
RS |
ER |
13 |
3.220 |
100 (CEP 24) |
104 |
1997 |
RS |
ESB |
14 |
2.239 |
119 (CEP 24) |
116 |
1998 |
RS |
ESB |
13 |
2.609 |
113 (CEP 27) |
113 |
1999 |
RS |
ESB |
13 |
2.964 |
106 (CEP 27) |
109 |
2000 |
RS |
EEC |
17 |
2.995 |
104 (CEP 27) |
108 |
2001 |
RS |
EEC |
15 |
2.727 |
109 (CEP 27) |
120 |
BRS 194 foi a cultivar com maior rendimento de grãos no ESB de 1997, a terceira colocada no EEC de 1999 e a segunda no EEC de 2001.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002: 1.875 toneladas no RS (1,4% da reserva)
Disseminação da cultivar: por ser uma cultivar nova, a disponibilidade de semente é ainda pequena, porém com tendência de crescimento
Observação especial: tem apresentado comportamento moderadamente resistente à geada no período juvenil (informação preliminar), sendo destaque em comparação a outros genótipos atualmente indicados para cultivo
VII - LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR
Anexo 5 Cultivar de trigo: BRS 194. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 32., 2000, Cruz Alta. Ata ... Cruz Alta: Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo, 2000. p. 113-120.
VIII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
BRS 194 apresenta-se como cultivar com rusticidade e, ao mesmo tempo, elevado rendimento de grãos, o que muitas vezes é difícil de conciliar. Salienta-se nessa cultivar a boa resistência geral às doenças foliares. Em razão de ser suscetível à giberela, o tratamento da lavoura para essa doença deverá ser uma prioridade. Apresenta tendência de apresentar peso do hectolitro alto.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS Figueira
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS Figueira
Cruzamento: Coker 762*2/CNT 8
Ano de cruzamento: 1989 (Passo Fundo, RS)
Desenvolvimento da seleção: F37117-21F-1F-5F-1F-1F-0F
Número de linhagem: PF 960262
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para o cultivo no Brasil: 2002 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS
Outras informações: a cultivar é proveniente de linhagem selecionada em 1996. Nos diferentes anos de condução, a linhagem foi selecionada em semeadura antecipada. Lançada para cultivo inicialmente com a denominação BRS 221, alterou-se para BRS Figueira por ocasião da Inscrição no Registro Nacional de Cultivares
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: intermediário
Cor da aurícula: predominantemente incolor
Ciclo: semitardio
Altura: média/baixa
Espiga:
Acamamento: moderadamente resistente a moderadamente suscetível, dependendo da condição de fertilidade do solo
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira ereta, espiga curta e densa, com tendência de bom número de grãos por espigueta.
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): R
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): R-MS
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): sem informação
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): sem informação
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): sem informação
Giberela (Gibberella zeae): MS (classificação preliminar)
Vírus do mosaico do trigo: S (classificação preliminar)
Crestamento (toxicidade de alumínio): MR
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: vermelho, ovalado, médio
Germinação do grão na espiga: sem informação
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS Figueira)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1999 |
RS |
EDP |
4 |
3.632 |
135 |
114 |
2000 |
RS |
EDP |
3 |
3.277 |
128 |
120 |
2001 |
RS |
EDP |
2 |
3.837 |
141 |
122 |
BRS Figueira foi a terceira colocada no ensaio em 2001.
Nota: EDP = Ensaio de Duplo Propósito.
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002 (ano do lançamento): 10 toneladas de semente básica, com previsão de disponibilização de 142 toneladas de semente em 2003.
Disseminação da cultivar: por ser cultivar nova, a disponibilidade de semente é ainda pequena
Observação especial: apresenta adaptação ao plantio antecipado para duplo propósito (produção de foragem e grão), com rendimento de matéria seca com um corte de 1.407 kg/ha no período de 1999-2001, nos mesmos locais testados para rendimento de grãos, equivalente a 35% do rendimento do da aveia preta comum (1.041 kg/ha). Nesse período e locais, após um corte, produziu rendimento médio de grãos de 2.651 kg/ha.
VII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
BRS Figueira destaca-se por sua adaptação ao plantio antecipado, sendo uma nova alternativa para o cultivo de trigo no Rio Grande do Sul. Apresenta também adaptação na região Centro-Sul do Paraná. Em decorrência de maior incidência de ferrugem da folha nessa cultivar no campo experimental, em Passo Fundo, em 2002, deve haver controle da doença, caso atinja níveis críticos.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS Angico
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÂO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS Angico
Cruzamento: PF 87107/2*IAC 13
Ano de cruzamento: 1991 (Passo Fundo, RS)
Desenvolvimento da seleção: F39271-10F-3F-1F-0R-4F-0R-2F-0F
Número de linhagem: PF 960198
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 2002 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS
Outras informações: lançada para cultivo inicialmente com a denominação BRS 222, mudou-se para BRS Angico por ocasião da Inscrição no Registro Nacional de Cultivares
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: ereto
Cor da aurícula: predominantemente pouco colorida
Ciclo: curto
Altura: média/baixa
Espiga:
Acamamento: resistente-moderadamente resistente
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira intermediária, gluma de comprimento médio, ombro elevado e dente longo.
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): MS
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): R MS
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): sem informação
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MS
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): sem informação
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): sem informação
Giberela (Gibberella zeae): MS (classificação preliminar)
Vírus do mosaico do trigo: MR (classificação preliminar)
Crestamento (toxicidade de alumínio): R (classificação preliminar)
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, médio, vermelho
Germinação do grão na espiga: moderadamente suscetível (classificação preliminar)
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando
Outras informações: tendência de peso do hectolitro elevado
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS Angico)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1999 |
RS |
ERB-RS |
14 |
3.184 |
110 |
115 |
2000 |
RS |
ESB |
19 |
2.889 |
103 |
103 |
2001 |
RS |
EVCU |
8 |
3.410 |
117 |
- |
BRS Angico foi a segunda cultivar com maior rendimento de grãos no ensaio VCU (Ensaio de Valor de Cultivo e Uso da Embrapa Trigo)
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002 (ano do lançamento): 7,5 toneladas de semente básica, com previsão de disponibilização de 103 toneladas de semente em 2003
Disseminação da cultivar: por ser uma cultivar nova, a disponibilidade de semente é ainda pequena
VII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
BRS Angico é uma cultivar que se destaca em tipo agronômico e em rendimento de grãos no Rio Grande do Sul. Pelos ensaios conduzidos em outras unidades da federação, apresenta adaptação em várias regiões tritícolas no país.
INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO
BRS Timbaúva
I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO
Nome da cultivar: BRS Timbaúva
Cruzamento: BR 32/PF 869120
Ano de cruzamento: 1991 (Passo Fundo, RS)
Desenvolvimento da seleção: F40469-B-901F-901F-901F-452F-900F
Número de linhagem: PF 950419
Instituição: Embrapa Trigo
Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 2002 (RS)
UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: RS
Outras informações: lançada para cultivo, inicialmente, com a denominação BRS 223, alterou-se para BRS Timbaúva por ocasião da Inscrição no Registro Nacional de Cultivares
II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS
Hábito vegetativo: ereto
Cor da aurícula: incolor a pouco colorida, podendo ocorrer com baixa freqüência plantas com aurículas coloridas
Ciclo: curto
Altura: média/alta
Espiga:
Outras características agronômicas e botânicas: folha bandeira intermediária, espiga semicurta e semilaxa.
III - REAÇÃO A DOENÇAS
Oídio (Blumeria graminis): S
Ferrugem da folha (Puccinia triticina): MS
Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): sem informação
Mancha da gluma (Septoria nodorum): MR
Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): S
Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): S
Giberela (Gibberella zeae): MR
Vírus do mosaico do trigo: MR
Crestamento (toxicidade de alumínio): MR
IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
Grão: ovalado, médio, vítreo, vermelho-escuro
Germinação do grão na espiga: moderadamente suscetível
Qualidade industrial. Classe Comercial: Brando
Outras informações: tendência de peso do hectolitro elevado; subunidades de gluteninas de alto peso molecular: 1 2+12 7+9
V - RENDIMENTO DE GRÃOS (BRS Timbaúva)
Ano |
UF |
Ensaio |
Número de ensaios |
Rendimento em kg/ha |
% em relação à cultivar CEP 27 |
% em relação à média do ensaio |
1998 |
RS |
ER-RS |
14 |
2.741 |
143 |
117 |
1999 |
RS |
ESB |
22 |
3.022 |
108 |
111 |
2000 |
RS |
ESB |
19 |
3.081 |
110 |
110 |
BRS Timbaúva foi a cultivar de maior rendimento de grãos no ESB de 2000 e a segunda no ESB de 1998 e de 1999
VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES
Disponibilidade de semente em 2002 (ano do lançamento): 7,4 toneladas de semente básica, com previsão de produzir 103 toneladas de semente para a safra de 2003
Disseminação da cultivar: por ser cultivar nova, a disponibilidade de semente é ainda pequena
VII CONSIDERAÇÃO ESPECIAL
BRS Timbaúva destaca-se pelo rendimento de grãos e por este ser de textura vítrea. Cuidado deve ser dado ao uso de nitrogênio, em razão da tendência de acamar. Apresenta resistência geral a doenças, sendo, entretanto suscetível ao oídio.Copyright © 2002, Embrapa Trigo