Embrapa Trigo

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Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

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INFORMAÇÕES SIMPLIFICADAS SOBRE CULTIVAR DE TRIGO

Trigo BR 18-Terena

I - NOMENCLATURA, CRUZAMENTO E INDICAÇÃO PARA CULTIVO

Nome da cultivar: Trigo BR 18-Terena

Cruzamento: Desconhecido

Instituição: Embrapa Agropecuária Oeste/Embrapa Trigo/CIMMYT

Ano e local inicial de indicação para cultivo no Brasil: 1986 (MS, PR)

UF onde está indicada para cultivo no Brasil em 2002: MS, PR, SP, RS; no RS, a cultivar está indicada somente na antiga Região Tritícola IV, que, entre outros, abrange os municípios: Giruá, Santo Ângelo, Santa Rosa, São Luiz Gonzaga, Santo Augusto e Três de Maio

Outras informações: pelos registros, refere-se à introdução de linha Alondra Sib, recebida do México, através do CIMMYT; entretanto pelas características apresentadas, conclui-se que a cultivar não pode corresponder à genealogia apresentada por ocasião de seu lançamento

 

II - CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E BOTÂNICAS

Hábito vegetativo: semi-ereto

Cor da aurícula: predominantemente pouco colorida

Ciclo: muito curto

Altura: baixa

Espiga:

  • Forma: fusiforme ou fusiforme e oblonga
  • Cor: clara
  • Presença de arista: aristada

Acamamento: resistente nas condições de cultivo do RS; no PR mostra problema de acamamento em alguns anos e situações

Outras características agronômicas e botânicas: moderadamente suscetível à debulha

 

III - REAÇÃO A DOENÇAS

Oídio (Blumeria graminis): MS

Ferrugem da folha (Puccinia triticina): MS

Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici): S

Mancha da gluma (Septoria nodorum): S

Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana): MS

Mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis): S

Giberela (Gibberella zeae): S

Vírus do mosaico do trigo: S

Crestamento (toxicidade de alumínio): MR-MS

 

IV - GRÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL

Grão: médio a longo, ovalado, vermelho e duro

Germinação do grão na espiga: suscetível

Qualidade industrial. Classe Comercial: Pão

Outras informações: subunidades de gluteninas de alto peso molecular: 1 17+18 5+10

 

V - RENDIMENTO DE GRÃOS (Trigo BR 18-Terena)

Ano

UF

Ensaio

Número de ensaios

Rendimento em

kg/ha

% em relação à cultivar CEP 24 ou à CEP 27

% em relação à média do ensaio

1995

RS

ESB

20

1.823

86 (CEP 24)

82

1996

RS

ESB

18

2.355

78 (CEP 24)

81

1997

RS

ESB

13

1.813

96 (CEP 24)

94

1998

RS

EEC

11

1.728

84 (CEP 27)

76

1999

RS

EEC

16

2.244

80 (CEP 27)

84

2000

RS

EEC

17

2.290

79 (CEP 27)

83

2001

RS

EEC

15

1.872

75 (CEP 27)

82

 

VI - OUTRAS OBSERVAÇÕES

Disponibilidade de semente em 2002: 35,9 toneladas no RS (0,03% da reserva), 7.147 toneladas no PR (4,8 %)

Disseminação da cultivar: teve expressiva disseminação na lavoura no PR e em MS. Chegou a ser a cultivar mais semeada no PR em 1995, situando-se entre as três mais semeadas nesse estado no período de 1994 a 1999. No RS foi introduzida na Região Triticola IV, onde adquiriu pouca expressão de cultivo

 

VII - LITERATURA ESPECÍFICA SOBRE A CULTIVAR

ANEXO 5 – Descrição revisada da cultivar Trigo BR 18-Terena. In: REUNIÃO DA COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 30., 1998, Chapecó. Ata... Chapecó: Comissão de Pesquisa de Trigo, 1998. p. 72-77.

BR 18-Terena. In: REUNIÃO DA COMISSÃO CENTRO-SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO, 2., 1986, Dourados. Ata ... Dourados: UEPAE-Dourados, 1986. p. 146-148.

TRIGO BR 18-Terena. In: EMBRAPA. Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual de Dourados. Trigo: recomendações técnicas para Mato Grosso do Sul. Dourados, 1991. p. 82. (UEPAE Dourados. Circular Técnica, 19).

TRIGO ‘BR 18-Terena’. In: POPINIGIS, F. (Comp.). Novas cultivares ano 13/14. Brasília: Embrapa-DDT, 1987. p. 146-148.

 

VIII – CONSIDERAÇÃO ESPECIAL

Trigo BR 18-Terena, por sua precocidade, adequado tipo agronômico, grão grande e alto valor de W relacionado à qualidade industrial, foi indicado para a região tritícola IV do Rio Grande do Sul. Em razão do rendimento baixo obtido em ensaio, a cultivar passou para a categoria tolerada a partir de 2000. Em decorrência da suscetibilidade ao mosaico do trigo, a cultivar deve ser plantada em área livre da doença, devendo haver preocupação na colheita pela suscetibilidade da cultivar à germinação do grão na espiga, em condições favoráveis.


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