Dezembro, 2009
117
Passo Fundo, RS
Alelos gênicos

Numerosos alelos, responsáveis pela produção de subunidades diversas, têm sido descritos para cada loco (Fig. 2).

Glu-1B apresenta polimorfismo maior, com cinco alelos comuns e, pelo menos, seis alelos raros, Glu-1D apresenta dois alelos comuns e quatro alelos raros e Glu-1A é o loco menos polimórfico, com apenas três alelos.

Segundo Payne & Lawrence (1983), as variações alélicas de HMW-GS tiveram efeitos significativos sobre a qualidade da farinha. Neste sentido, a análise eletroforética destas proteínas permitiria a avaliação do potencial de panificação de uma linhagem de trigo (Camargo et al., 1997; ZANATTA et al., 2002). Por exemplo, subunidades 5+10 foram associadas a um uso final do trigo de qualidade superior, especialmente no que se refere à força de glúten. Marchylo et al. (1992) e Butow et al. (2003) ainda relatam que, trigos com 17+18 exibiram massa mais forte do que aquelas com subunidades 20, e as com 7 reforçaram a qualidade da massa. No trigo brasileiro, a melhor combinação de subunidades de gluteninas de alto peso molecular para maior qualidade de panificação correspondeu a: para o genoma A = 1 ou 2*; para o genoma B = 7+8, 7+9, 13+16 ou 17+18; para o genoma D = 5+10 (Zanatta et al., 2002).

Essa variação na composição das subunidades de gluteninas (composição alélica) contribui para as diferenças genéticas em qualidade de panificação observada entre genótipos, seja por produzirem maior quantidade de HMW-GS e/ou por produzirem subunidades mais efetivas (Gianibelli et al., 2001).




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