Embrapa Trigo

Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

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Variabilidade genética e sistemas de reprodução

O conhecimento dos sistemas naturais de cruzamento é fundamental ao entendimento dos padrões de variabilidade em qualquer espécie. Estudos com espécies selvagens de Lycopersicon e suas relações com o cultivo de tomate foram realizados, a fim de ser analisada a similaridade entre os parâmetros populacionais e os caracteres morfológicos, bem como a segregação independente dos locos. Foi constatada uma correlação entre estrutura floral, sistema de cruzamento e variabilidade genética. Essas diferenças no sistema de cruzamentos, associadas à morfologia floral, acarretariam as diferenças observadas no grau de variabilidade genética das espécies (Rick, 1976).

Parker & Hamrick (1992), em revisão sobre sistemas de reprodução de plantas, destacam que as espécies com reprodução predominantemente assexual mantêm os mesmos níveis de diversidade das espécies com reprodução sexual, embora a variabilidade genética intrapopulacional seja maior em espécies de fecundação cruzada do que nas de autofecundação. Jain (1976) cita que certas famílas são caracteristicamente de um tipo de reprodução ou de outro. Na família Poaceae, há gêneros com sistemas reprodutivos mistos, podendo haver alogamia e/ou autogamia em muitas espécies.

Com relação à dispersão das sementes e à transferência de genes entre plantas, Giles & Von Bothmer (1985) mencionam que a presença de ráquis frágil nas espécies selvagens facilita a dispersão da semente, pois, à medida que amadurece, esta se desprende da inflorescência e se dispersa sobre o ambiente, permitindo um aumento no fluxo de sementes e a rápida germinação sob condições naturais.


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