Embrapa Trigo

Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

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A biodiversidade e a variabilidade genética das espécies

A biodiversidade pode ser definida como a variedade e a variabilidade existentes entre organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida. Pode-se dizer, então, que diversidade genética ou biodiversidade refere-se ao grau em que o material genético difere em uma população. Estima-se que a biodiversidade inclua 300 a 500 mil espécies vegetais, das quais cerca de 30 mil são comestíveis (Moreira et al. 1994; Diniz e Ferreira, 2000; Universidade, 2000).

Segundo revisão de Sandes & Di Biasi (2000), estima-se que o Brasil tenha cerca de 2.000.000 de espécies distintas, entre animais, vegetais e microrganismos com grande complexidade e variedade de ecossistemas, o que requer atenção e cautela por parte das autoridades quanto à questão de acesso e proteção a essa biodiversidade, principalmente na área vegetal. Destacam que o Brasil é o país com maior diversidade genética vegetal do mundo, com cerca de 55.000 espécies catalogadas de um total estimado entre 350.000 e 550.000 espécies.

Council (1999) apresenta alguns aspectos importantes que devem ser considerados em relação ao uso da biodiversidade para o futuro da agricultura e para a qualidade de vida dos homens. Enfatizam a função da diversidade genética presente nas espécies vegetais e animais melhoradas e a necessidade de conservação da própria biodiversidade, bem como o desenvolvimento de novas cultivares como recursos genéticos.


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