Embrapa Trigo

Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

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Viveiro de giberela

Ë a denominação da área experimental na Embrapa Trigo onde são simuladas condições favoráveis à ocorrência de epidemia de giberela, em campo, visando a avaliar a resistência de genótipos de cereais de inverno à doença (Figura 4).

Os genótipos são semeados na época final de recomendação de semeadura para que o espigamento coincida com temperatura mais amena. As dimensões da parcela são 5,00 m x 0,60 m, sendo constituída de três linhas espaçadas 20 cm entre si. O espaçamento entre duas parcelas consecutivas é de 0,40 m, e, a cada conjunto de duas parcelas, de 0,80 m. Essa distribuição é realizada para que seja instalado sistema de irrigação na superfície do solo, permitindo que, ao início do espigamento, a área experimental seja submetida a molhamento de espigas por formação de neblina, em dias sem precipitação pluvial.

O sistema de irrigação atualmente usado na Embrapa Trigo é constituído de reservatório de água, moto-bomba com potência de 5 cv, canos de 75 mm de diâmetro e mangueiras flexíveis com microporos. Ao cano de 75 mm, usado para distribuição de água, é conectada, a cada dois metros, uma mangueira de irrigação flexível, ou seja, a cada duas parcelas ou seis linhas de semeadura. Os componentes do sistema de irrigação podem variar de acordo com a disponibilidade e a pressão de água e com o tamanho da área experimental.

A irrigação deve ser efetuada quando houver estiagem e não deve ser realizada nas horas mais quentes do dia. Determinou-se que cinco minutos de irrigação, em intervalos de 25 a 30 minutos, são suficientes para manter as espigas com água livre, condição fundamental para a ocorrência de giberela.

No viveiro de giberela, o controle químico de enfermidades é realizado até o estádio de desenvolvimento 10 da escala modificada de Feekes & Large, também chamado de emborrachamento. Visando a garantir elevado nível de propágulos do patógeno no ar, grãos de trigo com peritécios de G. zeae são distribuídos na linha externa de semeadura, sobre o solo, a cada duas parcelas, por ocasião do início do espigamento.

No viveiro de giberela, o sistema artificial de molhamento de espigas e a distribuição do patógeno na superfície do solo permitem desenvolver a doença e avaliar genótipos de cereais de inverno em anos em que as condições climáticas são adversas à giberela, bem como avaliar maior número de genótipos por ano.


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