Embrapa Trigo

doctec_p.jpg (18374 bytes)

Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

17


Informação Condensada por Cultivar

São apresentadas, individualmente, informações sobre as 10 cultivares de sigla CNT e as 43 cultivares de sigla Trigo BR, lançadas para cultivo pela Embrapa entre 1975 e 1991, todas pertencentes à espécie Triticum aestivum L.


CNT 1: Descende do cruzamento PF 11-1000-62/BH 1146, realizado em Passo Fundo, RS. É cultivar selecionada na Estação Experimental de Passo Fundo do IPEAS, com número de linhagem PF 70225. Foi lançada para cultivo pela Embrapa Trigo em 1975, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1975-87), de SC (1977-87) e do PR (1979-86). Apesar de se destacar em rendimento de grãos em ensaios, essa cultivar apresentou reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo semi-ereto, estatura alta e folha ereta até a fase de espigamento. É de ciclo curto a longo, conforme a região ou unidade da federação em que foi indicada para cultivo, sendo exigente em vernalização. Apresenta espiga aristada e gluma branca. É suscetível ao acamamento e resistente à debulha e ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho-claro, vítreo. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten médio com aptidão regular para panificação. Apresenta a tendência de elevado peso de mil grãos. CNT 1 foi avaliada como moderadamente resistente à septoriose da gluma e à mancha bronzeada, moderadamente resistente a moderadamente suscetível à mancha marrom, moderadamente suscetível à ferrugem do colmo, à giberela, ao mosaico do trigo e suscetível ao oídio e à ferrugem da folha.

Literatura (informa as principais referências nas quais são encontradas informações específicas sobre a cultivar): Gandolfi & Souza (1977), IAPAR (1982), OCEPAR (1978a, 1978b, 1981), Relatório (1977), Reunião (1975).

Descendência (informa as cultivares comerciais resultantes de cruzamentos com a cultivar): Trigo BR 19.


CNT 2: Descende do cruzamento IAS 16/Norin 26, realizado em Pelotas, RS, em 1962. É cultivar desenvolvida pela IPEAS, em Pelotas, com número de linhagem PEL 14049-68. Foi lançada para cultivo pela Embrapa Trigo em 1975, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1975-81) e de SC (1977-78). Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto e estatura alta. Apresenta espiga aristada, oblonga, semicurta e semidensa a semilaxa, e gluma branca. É resistente a moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho-claro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de aptidão inferior para panificação, com glúten fraco. CNT 2 foi avaliada como moderadamente resistente ao oídio, moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível à giberela e à septoriose da gluma, moderadamente suscetível a suscetível à ferrugem da folha e suscetível à mancha marrom.

Literatura: Gandolfi & Souza (1977), Relatório (1977), Reunião (1975).


CNT 3: Descende do cruzamento IAS 20/IAS 46, realizado em Pelotas, RS, em 1962. É cultivar desenvolvida pelo IPEAS, em Pelotas e em Passo Fundo. Por ocasião de sua reunião (seleção) como linhagem em Passo Fundo, no ano de 1970, tomou a identificação de PF 70194. Foi lançada para cultivo pela Embrapa Trigo em 1975, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1975-80), de SC (1977-80) e do PR (1976-78). Essa cultivar apresentou reduzida a média disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto e estatura alta. A cultivar apresenta ciclo curto a longo, conforme a região ou unidade da federação em que foi indicada para cultivo. Apresenta espiga aristada e oblonga e gluma branca. É suscetível ao acamamento em solos férteis e resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho-claro, semiduro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten médio a suave, segundo avaliações preliminares. CNT 3 foi avaliada como moderadamente resistente ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível à giberela e à septoriose da gluma, moderadamente suscetível a suscetível ao oídio e à ferrugem da folha e suscetível à ferrugem do colmo e à mancha marrom. A cultivar era resistente a ferrugem do colmo por ocasião da reunião como linhagem em 1970 e se tornou suscetível à nova raça (raça 11/74) do fungo causador da doença no ano de seu lançamento, em 1975.

Literatura: Gandolfi & Souza (1977), OCEPAR (1978a), Relatório (1977), Reunião (1975).


CNT 4: Descende do cruzamento Lerma 50 /3/ IAS 31 // IAS 20/Reliance, realizado em Pelotas, RS. É cultivar selecionada pelo IPEAS com número de linhagem PEL 13014-65. Foi lançada para cultivo em 1976 no PR, onde esteve indicada para cultivo até 1977. Essa cultivar apresentou inexpressiva disseminação na lavoura. É de ciclo curto, estatura alta e hábito vegetativo semi-ereto. Apresenta espiga aristada, fusiforme, curta a semicurta e laxa, e gluma branca. É resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho-claro, semimole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco, segundo informações preliminares. CNT 4 foi avaliada como moderadamente suscetível à ferrugem da folha, à septoriose da gluma e ao mosaico do trigo e suscetível ao oídio, à ferrugem do colmo e à giberela.

Literatura: Gandolfi & Souza (1977), Relatório (1977).


CNT 5: Descende do cruzamento IAS 46/BH 546, realizado em Pelotas, RS. É cultivar desenvolvida pelo IPEAS, em Pelotas, e pela Embrapa Trigo, em Passo Fundo, com número de linhagem PF 6946. Foi lançada para cultivo em 1976 no PR onde permaneceu indicada para cultivo até 1978. Essa cultivar apresentou reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto a médio e estatura alta. Apresenta espiga aristada, oblonga, longa a semilonga e laxa, e gluma branca. É suscetível ao acamamento em solos férteis e resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho-claro, semimole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten médio a fraco, segundo informações preliminares. CNT 5 foi avaliada como resistente ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível à septoriose da gluma e suscetível ao oídio, à ferrugem da folha e à giberela.

Literatura: Gandolfi & Souza (1977), OCEPAR (1978a), Relatório (1977).


CNT 6: Descende do cruzamento IAS 20/IAS 50, realizado em Pelotas, RS. É cultivar desenvolvida pelo IPEAS e pela Embrapa Trigo em Pelotas e em Passo Fundo, com número de linhagem PF 69162. Foi lançada para cultivo em 1976 no PR, tendo sido indicada para cultivo até 1982. Essa cultivar apresentou reduzida a média disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo médio a longo e estatura muito alta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, longa e laxa e gluma branca. É suscetível ao acamamento em solos férteis, moderadamente resistente à debulha e resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho-claro e suave. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco, segundo informações preliminares. CNT 6 foi avaliada como moderadamente suscetível ao mosaico do trigo e ao carvão voador, moderadamente suscetível a suscetível ao oídio e à mancha marrom, suscetível à ferrugem da folha, à giberela e à septoriose da gluma e suscetível a altamente suscetível à ferrugem do colmo

Literatura: Gandolfi & Souza (1977), IAPAR (1982), OCEPAR (1978a, 1978b, 1981), Relatório (1977).


CNT 7: Descende do cruzamento IAS 51 // IAS 20/ND 81, realizado em Pelotas, RS, em 1964. É cultivar desenvolvida pelo IPEAS e pela Embrapa Trigo em Pelotas e em Passo Fundo, com número de linhagem PF 70546. Foi lançada para cultivo em 1976. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1976-88), de SC (1977-88), do PR (1978-82), de MS (1977-80) e de MG (1980-85). Apesar de apresentar ampla adaptação às regiões de trigo no Brasil, CNT 7 teve apenas média disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo curto a médio, estatura média a alta, conforme a região ou unidade da federação em que foi indicada para cultivo. Apresenta espiga aristada, semicurta a semilonga e semidensa, e gluma branca. É suscetível ao acamamento em solos de alta fertilidade, resistente à debulha e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho, suave. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de aptidão regular a boa para panificação. CNT 7 foi avaliada como moderadamente resistente à ferrugem do colmo e ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível à septoriose da gluma, moderadamente suscetível a suscetível à giberela e suscetível ao oídio, à ferrugem da folha, à septoriose da folha e à mancha marrom.

Literatura: IAPAR (1982), OCEPAR (1981), Recomendações (1976), Reunião (1976), Relatório (1977), Souza & Sobrinho (1983).

Descendência: BRS 176, Embrapa 16, Embrapa 52, IAPAR 30-Piratã, OCEPAR 15, Trigo BR 35; por seleção em CNT 7, foi criada a cultivar Trigo BR 13.


CNT 8: Descende do cruzamento IAS 20/ND 81, realizado em Pelotas, RS, em 1962. É cultivar criada pelo IPEAS, em Pelotas, com número de linhagem PEL-SL-1268-69. Foi lançada para cultivo pela Embrapa Trigo em 1976, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1976-91), de SC (1986-91), do PR (1979-90) e de SP (1984-88). Essa cultivar teve expressiva disseminação na lavoura no RS na década de 80, tendo sido a mais plantada no estado de 1985 a 1987. É de estatura alta e considerada de ciclo médio no RS e de ciclo longo no PR. Apresenta espiga aristada, semicurta a semilonga e semidensa, e gluma branca. É suscetível ao acamamento em solos de alta fertilidade no Paraná, resistente à debulha e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho e suave. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco. CNT 8 foi avaliada como moderadamente resistente a moderadamente suscetível à septoriose da gluma, moderadamente suscetível ao oídio, à ferrugem da folha e à septoriose da folha, moderadamente suscetível a suscetível à giberela e suscetível à mancha marrom, à mancha bronzeada e ao mosaico do trigo. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula. Tornou-se suscetível à raça G19. Enquanto esteve em cultivo, normalmente, em condições de campo apresentou resistência à ferrugem do colmo. Foi postulada a presença dos genes Lr13 para resistência à ferrugem da folha.

Literatura: Gandolfi & Souza (1977), IAPAR (1982), OCEPAR (1978a, 1978b, 1981), Recomendações (1976), Relatório (1977), Reunião (1976).

Descendência: BRS Figueira, Embrapa 10-Guajá, Embrapa 40, IAPAR 22-Guaraúna e Trigo BR 23.


CNT 9: Descende do cruzamento IAS 46/IAS 49 // IAS 46/Tokai 66, realizado em Pelotas, RS, em 1966. É cultivar desenvolvida por IPEAS, Embrapa Trigo e UFPel, com número de linhagem PEL 72016. Foi lançada para cultivo pela Embrapa Trigo em 1977, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1977-85), de SC (1979-83) e do PR (1978-86). Essa cultivar teve média disseminação na lavoura. Apresenta características muito semelhantes às de CNT 10, diferenciando-se desta por ter resistência específica maior em relação à ferrugem do colmo. É de hábito vegetativo ereto, ciclo médio ou longo, conforme região ou estado onde foi cultivada, e estatura alta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, e gluma branca. Tem tendência de apresentar muitas espigas por área. É moderadamente suscetível ao acamamento em solos de alta fertilidade no Paraná e resistente ao crestamento. Apresenta grão vermelho, suave. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco e de aptidão inferior para panificação. CNT 9 foi avaliada como resistente à septoriose da folha, resistente a moderadamente resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à septoriose da gluma, moderadamente suscetível à giberela e suscetível ao oídio, à mancha marrom e ao mosaico do trigo. Por ocasião do seu lançamento, foi considerada moderadamente resistente à ferrugem da folha, porém tornou-se suscetível a seguir. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula.

Literatura: Caracterização (1977), IAPAR (1982), OCEPAR (1981), Osório (1977), Reunião (1977).

Descendência: IAC 227-Anhumas.


CNT 10: Descende do cruzamento IAS 46/IAS 49 // IAS 46/Tokai 66, realizado em Pelotas, RS, em 1966. É cultivar desenvolvida por IPEAS, Embrapa Trigo e UFPel, com número de linhagem PEL 72018. Foi lançada para cultivo em 1977, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1977-86) e de SC (1979-83). Essa cultivar apresentou destacada disseminação na lavoura no RS entre 1981 e 1984, tendo sido a mais plantada no estado em 1982. Destacou-se pelo elevado rendimento de grãos nos ensaios antes do lançamento e nos ensaios e lavouras nos anos seguintes, porém, em virtude do aumento da incidência de ferrugem da folha nessa cultivar, com grande intensidade, a partir de 1983, o rendimento de grãos diminuiu muito e a cultivar rapidamente deixou de ser cultivada. É de hábito vegetativo ereto, ciclo médio e estatura alta. Apresenta espiga aristada e gluma branca. Tem a tendência de apresentar muitas espigas por área. É resistente ao crestamento. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco e de aptidão pobre para panificação. CNT 10 foi avaliada como resistente à septoriose da folha, moderadamente resistente à septoriose da gluma, moderadamente suscetível à ferrugem do colmo e à giberela e suscetível ao oídio e à mancha marrom. De reação moderadamente resistente à ferrugem da folha por ocasião do lançamento, tornou-se muito suscetível à medida que aumentou a área de cultivo. Considerada moderadamente resistente ao mosaico do trigo, mostrou em algumas ocasiões muita intolerância à doença. CNT 10 e CNT 9 apresentam características muito semelhantes. Por ocasião do lançamento, em 1977, CNT 10 apresentou moderada suscetibilidade às raças 15/71 e 15/65 de Puccinia graminis tritici, enquanto CNT 9 mostrou resistência a ambas as raças.

Literatura: Caracterização (1977), Osório (1977), Reunião (1977).

Descendência: Embrapa 15, Embrapa 27, RS 8-Westphalen, Trigo BR 19, Trigo BR 22. Por meio de Embrapa 27, CNT 10 está presente na genealogia de várias cultivares brasileiras.


Trigo BR 1: Descende do cruzamento IAS 20/IAS 50, realizado em Pelotas. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, IPEAS e UFPel, com número de linhagem PF 70402. Foi lançada para cultivo no PR em 1979, onde esteve indicada para cultivo até 1991. É de ciclo curto a médio e estatura média a alta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, e gluma branca. É suscetível ao acamamento em solos de alta fertilidade no Paraná e resistente ao crestamento. Apresenta grão vermelho, suave. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco, segundo observações preliminares. Trigo BR 1 foi avaliada como moderadamente resistente a moderadamente suscetível à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível a suscetível à ferrugem da folha e à septoriose da gluma e suscetível ao oídio.

Literatura: IAPAR (1982), OCEPAR (1981), Relatório (1982), Reunião (1987a).


Trigo BR 2: Descende do cruzamento IAS 50 /4/ IAS 46 /3/ Vilela Sol*4 // Egypt 101/Timstein, realizado em Pelotas, RS, em 1967. Vilela Sol*4 // Egypt 101/Timstein refere-se ao cruzamento de uma linhagem introduzida da Argentina usada no cruzamento que deu origem a Trigo BR 2. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, IPEAS e UFPel, com número de linhagem PF 7158. Foi lançada para cultivo em 1979, inicialmente no PR. Foi indicada para cultivo nos estados do PR (1979-89) e de SP (1981-86). Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo curto a médio e estatura alta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, e gluma branca. É suscetível ao acamamento e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão vermelho, vítreo. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten médio a forte e tenaz, segundo observações preliminares. Trigo BR 2 foi avaliada como resistente a moderadamente resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente a moderadamente suscetível à giberela, moderadamente suscetível à ferrugem da folha e à septoriose da gluma e suscetível ao oídio.

Literatura: IAPAR (1982), OCEPAR (1981), Relatório (1982).

Descendência: Trigo BR 27.


Trigo BR 3: Descende do cruzamento IAS 50 /4/ IAS 46 /3/ Vilela Sol*4 // Egypt 101/Timstein, realizado em Pelotas, RS, em 1967. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, IPEAS e UFPel, com número de linhagem PF 72518. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: P67-1-6P-2F-3F-0R-1F-0A. Foi lançada para cultivo em 1979, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1979-88) e de SC (1985-88). Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura, apesar de ter apresentado destaque para rendimento de grãos nos ensaios. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo curto a médio e estatura alta. Apresenta espiga aristada, semilonga e laxa, e gluma branca. É suscetível ao acamamento, resistente à debulha e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho e semiduro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten médio a forte e tenaz, com rendimento de farinha destacado e de aptidão para panificação muito boa, segundo avaliações preliminares. Trigo BR 3 foi avaliada como moderadamente resistente à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível ao oídio, à ferrugem da folha e à mancha marrom, moderadamente suscetível a suscetível à giberela e à septoriose da gluma e suscetível à septoriose da folha e ao mosaico do trigo. É do mesmo cruzamento e de características semelhantes às de Trigo BR 2.

Literatura: Relatório (1982), Reunião (1979).

Descendência: CEP 24-Industrial.


Trigo BR 4: Descende do cruzamento IAS 20*3/Sinvalocho Gama, realizado em Pelotas, RS, em 1968. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, IPEAS e UFPel, com número de linhagem PF 73226. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: P68-103-3F-1F-4F-0R-3F-0R-0F. Foi lançada para cultivo em 1979, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1979-91) e de SC (1985-91). Apresentou média a destacada disseminação na lavoura, no RS, tendo sido a terceira cultivar mais plantada no estado em 1985 e 1986. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo médio e estatura alta. Apresenta espiga aristada, semilonga e semilaxa, e gluma branca. É suscetível ao acamamento e à debulha e resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovóide, vermelho e semiduro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco. Trigo BR 4 foi avaliada como resistente a moderadamente resistente à ferrugem da folha e à mancha marrom, moderadamente suscetível ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível a suscetível ao oídio, à giberela e à septoriose da gluma e suscetível à septoriose da folha. Considerada inicialmente moderadamente resistente à ferrugem do colmo, tornou-se posteriormente suscetível a essa doença. Em condições de casa de vegetação, apresentou suscetibilidade a quase todas as raças de Puccinia triticina detectadas no Brasil, antes do lançamento, segundo testes de plântula. Entretanto, em campo a cultivar, até presentemente, tem reação de resistência a moderada resistência à ferrugem da folha. Foi postulada a presença dos genes Lr13. Pela reação de campo apresentada pela cultivar à ferrugem da folha, em adição, outro(s) gene(s) de planta adulta devem estar presentes em Trigo BR 4.

Literatura: Relatório (1982), Reunião (1979).


Trigo BR 5: Descende do cruzamento IAS 59 // IAS 52/Gasta, realizado em Passo Fundo, RS, em 1970. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, IPEAS e UFPel, com número de linhagem PF 74354. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F818-3F-0R-7F-0R-2F-0R-0F. Foi lançada para cultivo em 1980, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1980-90) e de SC (1985-91). Essa cultivar teve reduzida a média disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura alta e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga e semidensa, e gluma branca, de ombro arredondado a reto e dente semilongo a longo. Tem tendência de apresentar espigueta extranumeral. É moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro, semimole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten médio a forte e tenaz. Trigo BR 5 foi avaliada como resistente ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível à mancha marrom, moderadamente suscetível a suscetível ao oídio e suscetível à giberela, à septoriose da gluma e à septoriose da folha. De comportamento moderadamente resistente à ferrugem da folha, por ocasião do lançamento, tornou-se suscetível alguns anos depois. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula. Posteriormente surgiu raça do fungo capaz de atacar essa cultivar.

Literatura: Embrapa (1980), Relatório (1982), Reunião (1980).

Descendência: Embrapa 15.


Trigo BR 6: Descende do cruzamento IAS 20/Toropi, realizado em Pelotas, RS, em 1968. É cultivar desenvolvida por IPEAS, Embrapa Trigo e UFPel, com número de linhagem PEL 73538. Foi lançada para cultivo no RS em 1980, onde permaneceu indicada para cultivo até 1987. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo longo, estatura alta e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, longa e semidensa, e gluma branca, de quilha inflexionada e dente semicurto a semilongo. É resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten suave, segundo avaliações preliminares. Trigo BR 6 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à mancha marrom, moderadamente suscetível ao oídio e à giberela e suscetível à ferrugem da folha, à septoriose da gluma, à septoriose da folha e ao mosaico do trigo

Literatura: Embrapa (1980), Relatório (1982), Reunião (1980).


Trigo BR 7: Descende do cruzamento IAS 20/Toropi, realizado em Pelotas em 1968. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo e IPEAS, com número de linhagem PF 72206. Foi lançada para cultivo no PR em 1981, onde esteve indicada para cultivo até 1989. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo médio a longo e estatura alta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga e semilaxa, e gluma branca. É suscetível ao acamamento e resistente ao crestamento. Apresenta grão médio a longo, ovalado, vermelho e vítreo. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten médio, segundo avaliações preliminares. Trigo BR 7 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, resistente a moderadamente resistente à giberela, moderadamente resistente à septoriose da gluma, moderadamente suscetível à ferrugem da folha e suscetível ao oídio e à mancha bronzeada.

Literatura: Embrapa (1981), IAPAR (1982), OCEPAR (1981).


Trigo BR 8: Descende do cruzamento IAS 20/Toropi // PF 70100, realizado em Passo Fundo, RS, em 1971. É cultivar desenvolvida por IPEAS (EEPF) e Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 75171. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F3087-0R-3F-0R-1F-0R-0F. Foi lançada para cultivo em 1983. Foi indicada para cultivo nas seguintes unidades da federação: RS (1983-90), SC (1985-91), PR (1983-92), MG (1983-89), GO e DF (1984-87) e MT (1985-87). Apesar de ser cultivar de adaptação ampla no Brasil, teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo curto a médio, estatura alta e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme-oblonga, semilonga a longa, e gluma branca, de quilha curva e dente semicurto a curto. É suscetível ao acamamento e resistente à debulha e ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten entre fraco e suave e com valores de dureza e rendimento de farinha regulares. Trigo BR 8 foi avaliada como moderadamente resistente à septoriose da gluma, moderadamente resistente a moderadamente suscetível à ferrugem do colmo, à giberela e à mancha marrom, moderadamente suscetível ao mosaico do trigo e ao nanismo amarelo da cevada, moderadamente suscetível a suscetível à ferrugem da folha e à septoriose da folha e suscetível ao oídio. Foi postulada a presença do gene Lr13 nesse genótipo.

Literatura: Brunetta (1989), IAPAR (1991), Nunes & Gonsalves (1984), Reunião (1983), Souza & Sobrinho (1983).

Descendência: Fundacep 31.


Trigo BR 9-Cerrados: Descende do cruzamento BH 1146/IRN 595-71, realizado em Planaltina, DF, em 1973. É cultivar desenvolvida por Embrapa Cerrados, com número de linhagem R 30469-77. Foi lançada para cultivo em 1983. Foi indicada para cultivo de sequeiro nas seguintes unidades da federação: MG (1983-88), GO (1983-88) e DF (1983-88). Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo curto e estatura alta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, e gluma branca, de quilha inflexionada e dente semicurto a semilongo. É moderadamente resistente ao acamamento e resistente ao crestamento. Apresenta grão vermelho. Trigo BR 9-Cerrados foi avaliada como moderadamente resistente ao oídio, moderadamente resistente a moderadamente suscetível à ferrugem da folha, moderadamente suscetível a suscetível à mancha marrom e suscetível à ferrugem do colmo e à mancha bronzeada.

Literatura: Nunes & Gonsalves (1984), Silva et al. (1984), Souza & Sobrinho (1983).


Trigo BR 10-Formosa: Descendente de seleção realizada em Planaltina, DF, em Alondra 45, linhagem introduzida do México, descendente do cruzamento D6301/Nainari 60 // Weique/Red Mace /3/ Ciano*2/Chris. Foi selecionada na Embrapa Cerrados, com número de linhagem R 30147-77. Foi lançada para cultivo em 1983. Esteve indicada para cultivo irrigado nas seguintes unidades da federação: MG (1983-95), GO (1983-97), DF (1983-97), MT (1983-97) e MS (1988-97). Essa cultivar teve média a destacada disseminação na lavoura no Brasil Central. É de ciclo médio e estatura baixa. Apresenta espiga aristada, semilaxa, e gluma branca. Muito semelhante a Alondra 4546 em suas características. É resistente a moderadamente resistente ao acamamento e moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão vermelho-claro e vítreo. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten médio. Trigo BR 10-Formosa foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, suscetível à mancha marrom e à mancha bronzeada, suscetível a altamente suscetível ao oídio e à ferrugem da folha e altamente suscetível à giberela e à brusone. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia triticina detectadas no Brasil, até 1981, segundo testes de plântula. Entretando, com o surgimento da raça B25, em 1982, tornou-se suscetível à doença antes do lançamento da cultivar, ocorrido em 1983.

Literatura: Embrapa (1991), Nunes & Gonsalves (1984), Silva et al. (1984), Souza & Sobrinho (1983).


Trigo BR 11-Guarani: Genótipo introduzido de origem mexicana, descendente do cruzamento Bluebird/Tobari 66 // 8156. Provém de intercâmbio de germoplasma do CIMMYT com a UEPAE Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste) e com a Embrapa Trigo e batizado no Brasil com o número de linhagem MS 7810. Foi lançada para cultivo em MS para solos sem acidez nociva em 1984, onde esteve indicada para cultivo até 1997. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo longo e estatura baixa. Apresenta espiga aristada e gluma vermelha. É resistente ao acamamento e moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão ovalado, vermelho-escuro, semiduro. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi incluída na classe Melhorador. Trigo BR 11-Guarani foi avaliada como resistente à ferrugem da folha e à ferrugem do colmo e suscetível à mancha marrom, à mancha bronzeada e à brusone.

Literatura: Embrapa (1991), Nunes & Gonsalves (1984).


Trigo BR 12-Aruanã: Genótipo introduzido de origem mexicana, descendente do cruzamento Bucky/Maya 74 Sib /4/ Bluebird // HD 832-5-5/ Olesen /3/ Ciano/Penjamo 62, batizado no México com o nome de Buckbuck Sib. Provém de intercâmbio de germoplasma do CIMMYT com a Embrapa Cerrados. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: CM31678-R-4Y-2M-500Y-503Y-500M-501Y-0M. Foi lançada para cultivo em 1985. Foi indicada para cultivo irrigado nas seguintes unidades da federação: MG (1985-95), GO (1985-95) e DF (1985-95). Essa cultivar teve reduzida a média disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura baixa, folha bandeira ereta e tipo agronômico destacado. Apresenta espiga aristada, semicurta e semilaxa, e gluma branca, de ombro elevado e dente longo e pontiagudo. As aristas apresentam coloração escura durante a fase de enchimento de grãos. É resistente ao acamamento e moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-escuro, as vezes mosqueado, semiduro. Trigo BR 12-Aruanã foi avaliada como moderadamente resistente à ferrugem do colmo e ao mosaico do trigo, moderadamente resistente a moderadamente suscetível à ferrugem da folha e suscetível ao oídio, à septoriose da gluma, à septoriose da folha, à mancha marrom e à mancha bronzeada.

Literatura: Popinigis (1987), Reunião (1984).


Trigo BR 13: Descendente de seleção realizada em CNT 7, descendente do cruzamento IAS 51 // IAS 20/ND 81. Foi selecionada na Embrapa Trigo e reunida como linhagem em 1978 com o nome de PF 782027. A seleção teve por objetivo principal a resistência à ferrugem do colmo. Foi lançada para cultivo no PR em 1985, onde esteve indicada para cultivo até 1989. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto e ciclo curto. Apresenta espiga aristada, oblonga e gluma branca, de dente pontiagudo. É moderadamente resistente ao acamamento e moderadamente suscetível à debulha. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-escuro. Trigo BR 13 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível ao oídio, à giberela e ao mosaico do trigo e suscetível à ferrugem da folha, à septoriose da gluma e à mancha marrom.

Literatura: Popinigis (1987).


Trigo BR 14: Descende do cruzamento IAS 63/Alondra Sib // Gaboto/Lagoa Vermelha, realizado em Passo Fundo, RS, em 1976. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo e CIMMYT. As linhagens PF 79765, PF 79767, PF 79780, PF 79782 e PF 79791 resultantes do cruzamento foram reunidas para formar a cultivar Trigo BR 14. Foi lançada para cultivo em 1985 e indicada para cultivo nos estados do RS (1985-93), de SC (1985-93) e do PR (1985-94). Apresentou inicialmente destacada disseminação na lavoura no RS, tendo sido a segunda cultivar mais plantada no estado em 1988 e em 1989. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo curto a médio, estatura média e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, curta, densa, e gluma branca, de dente semicurto e pontiagudo. É resistente ao acamamento, moderadamente suscetível à debulha e resistente a moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro, mole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco, porém com tendência de apresentar elevado valor de proteína no grão. É conceituada como suscetível à germinação do grão na espiga, segundo informações preliminares. Trigo BR 14 foi avaliada como resistente à ferrugem da folha e à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível à septoriose da gluma e ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível a suscetível à giberela e ao nanismo amarelo da cevada e suscetível ao oídio, à septoriose da folha, à mancha marrom e à mancha bronzeada.

Literatura: Brunetta (1989), IAPAR (1991), OCEPAR (1994), Popinigis (1987), Reunião (1985b).


Trigo BR 15: Descende do cruzamento IAS 54*2/Tokai 80 // PF 69193, realizado em Pelotas, RS, em 1973. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, IPEAS e UFPel, com número de linhagem PF 79300. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: P73387-1P-37F-1F-0F-0R-1F-0R. Foi lançada para cultivo em 1985, inicialmente no RS, onde está atualmente indicada para cultivo e em SC onde esteve indicada de 1985 a 1998. Essa cultivar apresentou regular a destacada disseminação na lavoura, chegando a ser a terceira mais cultivada no RS, em 1989, e a segunda em SC, em 1992. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo curto a médio, estatura média e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, algumas parecendo-se com oblongas, semicurta e semidensa, e gluma branca, de dente semilongo a longo e pontiagudo. É moderadamente resistente ao acamamento, moderadamente suscetível à debulha e resistente ao crestamento. Apresenta grão médio a longo, ovóide a ovalado, vermelho-claro, semiduro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar com desejável desempenho para moagem e regular desempenho para panificação. A cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Intermediário. Em 1999, foi reclassificada, em razão dos novos parâmetros da Instrução Normativa Nº 1, na classe Brando. Trigo BR 15 foi avaliada como resistente a moderadamente resistente à septoriose da gluma, moderadamente suscetível à mancha marrom e ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível a suscetível ao oídio e suscetível à ferrugem da folha, à giberela, à septoriose da folha e à mancha bronzeada. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula. Posteriormente em virtude de ocorrência de novas raças do fungo, foi considerada moderadamente suscetível à ferrugem do colmo. Foi postulada a presença dos genes Lr10, Lr 13, Lr18 para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: Popinigis (1987), Reunião (1985b), Sousa et al. (2001).


Trigo BR 16-Rio Verde: Descende do cruzamento PF 70402/Alondra Sib // PAT 72160/Alondra Sib, realizado em Cruz Alta, RS, em 1976. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, CIMMYT e FECOTRIGO-CEP, com número de linhagem PF 79678. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: B19789-H-508M-1Y-10F-701Y-1F-700Y. Foi introduzida na Embrapa Cerrados e resultou no lançamento para cultivo em 1986. Foi indicada para cultivo nas seguintes unidades da federação: MG (1986-95), GO (1986-95) e DF (1986-95). Foi indicada para plantio de sequeiro e para plantio irrigado. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura alta e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, semilonga e laxa, e gluma branca, de dente predominantemente semicurto. É resistente ao acamamento e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio a longo, ovalado, vermelho-escuro e semiduro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco, segundo avaliações preliminares. Trigo BR 16-Rio Verde foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível à giberela, moderadamente suscetível a suscetível à ferrugem da folha e à mancha marrom e suscetível ao oídio, à septoriose da gluma, à septoriose da folha e ao mosaico do trigo.

Literatura: Popinigis (1987), Reunião (1985a).


Trigo BR 17-Caiuá: Descende do cruzamento Tezanos Pinto Precoz // IRN 46/Ciano /3/ II-64-27. É genótipo mexicano introduzido do CIMMYT e selecionado para as condições de cultivo em MS, pela UEPAE-Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste) e por Embrapa Trigo, e batizada com o número de linhagem MS 7878. Foi lançada para cultivo em solos de mata em 1986 em MS onde ainda está indicada para cultivo. Essa cultivar apresentou destacada disseminação na lavoura em MS, onde foi o genótipo mais cultivado em 1993. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura baixa e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada e gluma vermelha, de dente predominantemente semilongo. É resistente ao acamamento e moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho, mole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar da classe Melhorador. Destaca-se pelo valor de extração de farinha e pelço valor W, apresenta baixo valor para proteína de farinha e é considerada deficiente para avaliação global de panificação. Trigo BR 17-Caiuá foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível ao oídio, à giberela e ao mosaico do trigo e suscetível à ferrugem da folha, à septoriose da gluma, à septoriose da folha, à mancha marrom, à mancha bronzeada e à brusone.

Literatura: Embrapa (1991), Popinigis (1987), Reunião (1986).


Trigo BR 18-Terena: Descende de cruzamento desconhecido. Pelos registros, refere-se a introdução de linhagem Alondra Sib, recebida do México, através do CIMMYT. Entretanto, pelas características apresentadas, conclui-se que a cultivar não pode corresponder à genealogia apresentada por ocasião do lançamento. Foi lançada para cultivo em 1986, inicialmente em MS e no PR, onde, em 2002, continua indicada para cultivo. No RS, foi indicada para cultivo na região noroeste, a partir de 1998, onde está indicada em 2002. Foi indicada para cultivo em SP, a partir de 1994. Apresentou expressiva disseminação na lavoura no PR, tendo sido a mais plantada no estado em 1995, e em MS, onde foi a mais plantada em 1999. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo curto a muito curto, estatura baixa e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, e gluma branca. É resistente a moderadamente suscetível ao acamamento, dependendo de região de cultivo, clima e condição de cultivo, e moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão médio a longo, ovalado, vermelho e semiduro a duro. Tem a tendência de apresentar elevado valor de peso de mil grãos. Quanto à qualidade industrial, é cultivar que se destaca por apresentar valores altos para W. Foi classificada, em 1993, como da classe Superior. Em 1999, foi reclassificada, em razão dos novos parâmetros da Instrução Normativa N.º 1, na classe Pão. É conceituada como suscetível à germinação do grão na espiga. Trigo BR 18-Terena foi avaliada como resistente a moderadamente resistente à brusone, moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao oídio, moderadamente suscetível à mancha marrom, moderadamente suscetível a suscetível à ferrugem da folha e suscetível à giberela, à septoriose da gluma, à mancha bronzeada e ao mosaico do trigo. Foi postulada a presença dos genes Lr10, Lr13 e, possivelmente, do gene Lr1 para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: Embrapa (1991), IAPAR (1991), OCEPAR (1994), Popinigis (1987), Reunião (1986, 1987a), Sousa et al. (2001).

Descendência: IPR 85.


Trigo BR 19: Descende do cruzamento CNT 1/CNT 10, realizado em Passo Fundo, RS, em 1975. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 79502. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F6629-0R-6F-2F-0R-1F-0R-0F. Foi lançada para solos com mais de 5% de saturação de alumínio no PR, em 1986, onde esteve indicada para cultivo até 1992. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo médio a curto e estatura média. Apresenta espiga aristada, fusiforme, e gluma branca, de ombro predominantemente elevado, quilha curva e dente predominantemente semicurto. É suscetível ao acamamento e resistente à debulha e ao crestamento. Apresenta grão médio, vermelho-claro, mole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco, segundo avaliações preliminares. Trigo BR 19 foi avaliada como resistente a moderadamente resistente à ferrugem da folha e à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à mancha marrom, moderadamente suscetível ao oídio e à septoriose da gluma, moderadamente suscetível a suscetível à giberela e suscetível à septoriose da folha. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula.

Literatura: IAPAR (1991), Popinigis (1987), Reunião (1986, 1988b).


Trigo BR 20-Guató: Descende do cruzamento BH 1146*3/Alondra Sib, realizado em 1978. É um genótipo criado com seleções em Passo Fundo e em Dourados, reunido em 1981 com número de linhagem PF 81189. Resultou do trabalho conjunto realizado por UEPAE-Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste) e Embrapa Trigo. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F13250-B-403F-403D-901F-902F-900F. Foi lançada para cultivo em solos de campo em MS em 1987, onde esteve indicada para cultivo até 1998. Essa cultivar teve reduzida a média disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura média e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semicurta e semilaxa, e gluma branca, de dente predominantemente semicurto. É resistente ao acamamento e resistente a moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão longo, ovalado, vermelho-escuro, mole. Quanto à qualidade industrial a cultivar foi classificada, em 1994, como da classe Comum. Trigo BR 20-Guató foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à brusone, moderadamente suscetível à giberela e à mancha marrom e suscetível ao oídio e à ferrugem da folha.

Literatura: Embrapa (1991), Popinigis (1987), Reunião (1987a).


Trigo BR 21-Nhandeva: Descende do cruzamento Cajeme 71/PF 70553, realizado em Guaíba, RS, em 1974. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 79475. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F9928-3F-1F-0R-2F-0R-0F. Foi introduzida em Dourados e selecionada para cultivo pela UEPAE-Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste). Foi lançada para cultivo em 1987. Foi indicada para cultivo nos estados de MS (1987-97) e do PR (1987-91). Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo curto e estatura baixa. Apresenta espiga aristada, semicurta e semidensa, e gluma branca. É resistente a moderadamente suscetível ao acamamento, conforme o clima e a fertilidade do solo, e moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão médio, no limite para longo, ovalado, vermelho-escuro, mole. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1994, como da classe Superior. Trigo BR 21-Nhandeva foi avaliada como moderadamente resistente à brusone, moderadamente suscetível ao oídio, moderadamente suscetível a suscetível à giberela e suscetível à ferrugem da folha, à ferrugem do colmo e à mancha marrom. Foi postulada a presença dos genes Lr13 para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: Embrapa (1991), IAPAR (1991), Popinigis (1987), Reunião (1987a).


Trigo BR 22: Descende do cruzamento PF 71130/CNT 10, realizado em Passo Fundo, RS, em 1975. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 7942. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F6202-0R-3F-10F-0R-2F-0R. Foi lançada para cultivo no PR em 1987, onde esteve indicada para cultivo até 1993. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo curto a médio, estatura alta e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga e laxa, e gluma branca, de dente predominantemente semilongo. É suscetível ao acamamento e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão longo, ovalado, vermelho-claro, mole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten muito fraco. Trigo BR 22 foi avaliada como moderadamente resistente à ferrugem da folha e à giberela e suscetível ao oídio, à ferrugem do colmo, à septoriose da gluma e à mancha marrom.

Literatura: Brunetta (1989), IAPAR (1991), Popinigis (1987), Reunião (1987a).


Trigo BR 23: Descende do cruzamento Corre Caminos/Alondra Sib /3/ IAS 54-20/Cotiporã // CNT 8, realizado em Ciudad Obregon, México, em 1977. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 8215. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F11693-B-102F-1F-3F-0R-3F-0R. Foi lançada para cultivo em 1987, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS, de SC (a partir de 1988), do PR (a partir de 1988) e de MS (1993-97). A cultivar está indicada para cultivo no RS, em SC e no PR em 2002. Trigo BR 23 foi também indicada para cultivo em Zâmbia, na África, em 1995. Essa cultivar teve expressiva disseminação na lavoura, tendo sido a mais plantada no RS, de 1990 a 1994, em SC, de 1992 a 1995, e no PR, em 1993 e em 1994. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo curto a médio, estatura média, folha bandeira ereta e tipo agronômico destacado. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga e semilaxa, e gluma branca, de ombro predominantemente elevado, quilha reta e dente predominantemente longo. É resistente ao acamamento e resistente a moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro, mole. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Comum. Em 1999, foi reclassificada, em razão dos novos parâmetros da Instrução Normativa Nº 1, na classe Brando. Tem a tendência de apresentar valores baixos para W, para estabilidade da farinha e para avaliação global de panificação. É conceituada como moderadamente suscetível à germinação do grão na espiga. Trigo BR 23 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo (gene Sr31 e outros), moderadamente suscetível à septoriose da folha e suscetível ao oídio, à septoriose da gluma, à mancha marrom, à mancha bronzeada, à giberela, ao mosaico do trigo e ao nanismo amarelo da cevada. Ao longo dos anos a cultivar tem apresentado comportamento resistente a moderadamente suscetível para a ferrugem da folha em virtude, provavelmente, da presença dos genes de planta adulta Lr13 e Lr34 além de genes de plântula, como Lr26 e Lr 27+31, e possivelmente de Lr1, de Lr14b e de Lr23.

Literatura: Brunetta (1989), IAPAR (1991), OCEPAR (1994), Reunião (1987b, 1988b, 1993), Sousa et al. (1988a), Sousa et al. (2001).

Descendência: BRS 194, BRS 208, BRS 210, CD 107, Fundacep 29, Fundacep 32, UTF 101.


Trigo BR 24: Descende do cruzamento IAS 58*2/Eagle, realizado em Passo Fundo em 1977. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 8150. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F12288-8F-1F-2F-701Y-0F. Foi introduzida para experimentação no Brasil Central pela Embrapa Cerrados e testada em ensaios de rendimento de grãos pela Comissão Centro-Brasileira de Pesquisa de Trigo. Foi lançada para cultivo em 1988. Foi indicada para cultivo de 1988 a 1997 nas seguintes unidades da federação: MG, GO e DF. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo curto e estatura alta. Apresenta espiga mútica com aristas apicais muito curtas, e gluma branca, de quilha curva e dente curtíssimo. É moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão vermelho-escuro. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Intermediário. É suscetível à germinação do grão na espiga, segundo informações preliminares. Trigo BR 24 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à mancha bronzeada e suscetível ao oídio, à ferrugem da folha e à giberela. Em relação ao mosaico do trigo, a cultivar mostrou alta intolerância nas condições do campo experimental em Passo Fundo. Foi postulada a presença dos genes Lr24 e Lr 26, e possivelmente dos genes Lr1 e Lr14b, para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: Reunião (1988a).


Trigo BR 25: Descende do cruzamento BH 1146*3/Alondra Sib, realizado em Ciudad Obregon, México, em 1978. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 81230. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F13250-E-404F-402F-902F-904F-900F. Foi introduzida para experimentação no Brasil Central pela Embrapa Cerrados e testada em ensaios de rendimento de grãos pela Comissão Centro-Brasileira de Pesquisa de Trigo. Foi lançada para cultivo em 1988. Foi indicada para cultivo nas seguintes unidades da federação: MG (1988-95), GO (1988-97) e DF (1988-97). Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo curto e estatura alta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, e gluma branca, de quilha reta e dente predominantemente curto. É suscetível ao acamamento e resistente ao crestamento. Apresenta grão vermelho-claro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco, segundo observações preliminares. Trigo BR 25 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo e suscetível ao oídio, à ferrugem da folha e à giberela.

Literatura: Reunião (1988a).


Trigo BR 26-São Gotardo: Genótipo introduzido de origem mexicana, descendente do cruzamento Kavkaz/Buho Sib // Kalyan/Bluebird, batizado no México com o nome Veery Sib. Provém de intercâmbio de germoplasma do CIMMYT com a Embrapa Cerrados e foi batizado no Brasil com o número de linhagem CPAC 831243. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: CM33027-F-12M-1Y-6M-0Y. Lançada para cultivo em 1988 em MG, onde está indicada para cultivo em 2001, a cultivar apresentou destacada disseminação na lavoura nesse estado, tendo sido a mais plantada de 1991 a 1993. É de ciclo médio e estatura baixa. Apresenta espiga aristada e gluma branca. É resistente ao acamamento e moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão branco. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, inicialmente, como da classe Intermediário. Em 1999, foi reclassificada, em razão dos novos parâmetros da Instrução Normativa Nº 1, na classe Brando. É suscetível à germinação do grão na espiga, segundo informações preliminares. Trigo BR 26-São Gotardo foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à ferrugem da folha e suscetível ao oídio à giberela à mancha marrom e à mancha bronzeada.

Literatura: Reunião (1988a).


Trigo BR 27: Descende do cruzamento RC 7201/BR 2, realizado em Passo Fundo, RS, em 1976. É genótipo criado por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 80271. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F11058-51F-1F-2F-2F-700Y. Foi lançada para cultivo no PR em 1988, onde esteve indicada para cultivo até 1991. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto a médio, estatura baixa e folha bandeira ereta. Os colmos são finos, e a cultivar apresenta a tendência de apresentar muitos afilhos por área. Apresenta espiga aristada, fusiforme, e gluma branca, de quilha inflexionada e ombro muito estreito. É moderadamente resistente ao acamamento, resistente à debulha e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão ovalado, vermelho-escuro, mole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco. Trigo BR 27 foi avaliada como moderadamente resistente à mancha marrom, moderadamente suscetível à ferrugem da folha e à giberela e suscetível ao oídio, à ferrugem do colmo, à mancha bronzeada e ao mosaico do trigo. Foi postulada a presença dos genes Lr23 e Lr24 para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: Brunetta (1989), IAPAR (1991), Reunião (1988b).


Trigo BR 28: Descende do cruzamento IAS 55/PF 70553. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 81330. Foi lançada para cultivo no PR em 1988, onde esteve indicada para cultivo até 1993. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo curto a médio, estatura média e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, curta e semidensa, no limite para densa, e gluma branca, de dente predominantemente semilongo. É resistente ao acamamento, à debulha e ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro e mole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco, segundo avaliações preliminares. Trigo BR 28 foi avaliada como moderadamente resistente à mancha marrom, moderadamente suscetível à giberela, moderadamente suscetível a suscetível à ferrugem do colmo e suscetível ao oídio, à ferrugem da folha e ao mosaico do trigo.

Literatura: Brunetta (1989), IAPAR (1991), Reunião (1988b).


Trigo BR 29-Javaé: Genótipo introduzido de origem mexicana, descendente do cruzamento Siskin Sib/Pavon Sib, denominado Tanager Sib. Provém de intercâmbio de germoplasma do CIMMYT com a UEPAE Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste) e a Embrapa Trigo e foi batizado no Brasil com o número de linhagem MS 8166. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: CM30697-10M-1Y-10M-1Y-1B-0Y. Foi lançada para cultivo no MS em 1988, onde esteve indicada para cultivo até 1998. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto a médio, estatura baixa a média e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, semilonga e semilaxa, e gluma branca, de quilha curva e ombro predominantemente elevado. É moderadamente suscetível ao crestamento, segundo informações preliminares. Apresenta grão ovalado, branco, semiduro, médio, estando no limite dessa classe. Quanto à qualidade industrial, é cultivar incluída na classe Superior. Trigo BR 29-Javaé foi avaliada como moderadamente suscetível à ferrugem da folha e à ferrugem do colmo, suscetível ao oídio e altamente suscetível à septoriose da gluma e ao mosaico do trigo.

Literatura: Embrapa (1991), Reunião (1988b).


Trigo BR 30-Cadiuéu: Genótipo introduzido de origem mexicana, descendente do cruzamento Ciano/8156 // Tobari/Ciano 67 /4/ Noroeste 66 /3/ II-12300 // Lerma Rojo 64/8156 /5/ Pavon Sib. Provém de intercâmbio de germoplasma do CIMMYT com a UEPAE Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste) e a Embrapa Trigo e foi batizado no Brasil com o número de linhagem MS 81128. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: CM40577-1Y-3M-1Y-2M-2Y-0B. Foi lançada para cultivo no MS em 1988, onde esteve indicada para cultivo até 1997. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto a médio, estatura baixa a média e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, oblonga, semicurta e semilaxa, e gluma branca, de ombro predominantemente elevado. É resistente ao acamamento e moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho, semiduro. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada como da classe Intermediário. Trigo BR 30-Cadiuéu foi avaliada como resistente à ferrugem da folha, moderadamente resistente à ferrugem do colmo, suscetível ao oídio, à mancha marrom e altamente suscetível à septoriose da gluma.

Literatura: Embrapa (1991), Reunião (1988b).


Trigo BR 31-Miriti: Genótipo introduzido de origem mexicana, descendente do cruzamento Kavkaz/Buho // Kalyan/Bluebird. Provém de intercâmbio de germoplasma do CIMMYT com a UEPAE Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste) e a Embrapa Trigo. Nomeado no México com o número de linhagem Veery 1. No México, foi cultivada com o nome de Glennson M 81. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: CM33027-F-8M-1Y-8M-1Y-2M-0Y. Foi lançada para cultivo no MS em 1988, onde está indicada para cultivo em 2001. Essa cultivar teve média disseminação na lavoura até agora. É de ciclo médio e estatura baixa. Apresenta espiga aristada, fusiforme, longa e semilaxa, e gluma branca. É resistente ao acamamento e à debulha e moderadamente suscetível a suscetível ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho e semiduro. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, inicialmente, como da classe Superior. Em 1999, foi reclassificada, em razão dos novos parâmetros da Instrução Normativa Nº 1, na classe Pão. Apresenta tendência de valores altos para extração de farinha e baixos para sedimentação e proteína da farinha. Trigo BR 31-Miriti foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível ao mosaico do trigo, suscetível ao oídio, à ferrugem da folha e à mancha marrom e altamente suscetível à septoriose da gluma.

Literatura: Embrapa (1991), Reunião (1988b).


Trigo BR 32: Descende do cruzamento IAS 60/Indus // IAS 62 /3/ Alondra Sib /4/ IAS 59, realizado em Passo Fundo, RS, em 1977. É cultivar selecionada em Passso Fundo, com avanços de geração em Planaltina, DF, e tomou o número de linhagem PF 82345. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F12358-100F-1F-0R-10F-0R-12F-0R-0F. Foi lançada para cultivo no RS em 1988, onde esteve indicada para cultivo até 1998. Essa cultivar teve média disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo médio, estatura alta e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, semilonga, semilaxa e predominantemente fusiforme, e gluma branca, de quilha reta e dente predominantemente semilongo. É suscetível ao acamamento e resistente a moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, no limite para longo, ovalado, vermelho, semiduro. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Intermediário. Trigo BR 32 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, à mancha marrom e à mancha bronzeada, moderadamente resistente à ferrugem da folha, à septoriose da gluma e ao mosaico do trigo, moderadamente suscetível à giberela e suscetível ao oídio. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula. Pela reação, a cultivar deve ter o gene Sr31 transmitido pelo genótipo Alondra Sib. Foi postulada a presença dos genes Lr26, Lr3 e/ou Lr3ka, e possivelmente dos genes L1, Lr14b, Lr23, Lr27+31 e Lr30, para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: Reunião (1988c), Sousa et al. (1988b).

Descendência: BRS Figueira, Fundacep 30.


Trigo BR 33-Guará: Genótipo introduzido em 1983, de origem mexicana, descendente do cruzamento Buckbuck Sib/Bluejay Sib. Provém de intercâmbio de germoplasma do CIMMYT com a Embrapa Cerrados e foi batizado no Brasil com o número de linhagem CPAC 841222. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: CM49641-9Y-1M-4Y-0Y. Foi lançada para cultivo em plantio irrigado em GO e no DF em 1989, onde está indicada para cultivo em 2001. Essa cultivar teve destacada disseminação na lavoura em Goiás e no Distrito Federal. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura baixa e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga, e gluma de ombro elevado, quilha reta e dente longo. É resistente ao acamamento e moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-escuro e semiduro. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1999, como da classe Brando. Trigo BR 33-Guará foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo e suscetível à ferrugem da folha, à mancha marrom e à mancha bronzeada. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, com exceção da raça G27, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula.

Literatura: Albrecht et al. (1995), Reunião (1989a).


Trigo BR 34: Descende do cruzamento Alvarez 110/2*IAS 54 /6/ Toropi /4/ Tezanos Pinto Precoz/Sonora 64 // Napo /3/ Ciano /5/ PF 6968, realizado em Passo Fundo, RS, em 1978. É cultivar desenvolvida na Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 839204. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F15183-A-901F-901F-901F-651F-1F-1F-2F-0F. Foi lançada para cultivo em 1989, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1989-95) e do PR (1990-96). Apresentou destaque para rendimento de grãos nos ensaios antes do lançamento. Essa cultivar teve, inicialmente, destacada disseminação na lavoura, tendo sido a segunda mais plantada no RS, em 1992 e em 1993. A suscetibilidade à ferrugem da folha foi o fator que mais influenciou na diminuição da área de cultivo e na retirada de indicação para cultivo. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto a médio, estatura média e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga e laxa, e gluma branca, de quilha reta e dente semicurto. É resistente ao acamamento e à debulha e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão longo, ovalado, vermelho escuro e mole. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Comum. Trigo BR 34 foi avaliada como resistente ao oídio e ao nanismo amarelo da cevada, moderadamente resistente à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível à septoriose da folha, suscetível à giberela, à septoriose da gluma, à mancha marrom, à mancha bronzeada e ao mosaico do trigo e altamente suscetível à ferrugem da folha. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula. Foi postulada a presença do gene Lr13 para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: IAPAR (1991), OCEPAR (1994), Reunião (1989b, 1990b).


Trigo BR 35: Descende do cruzamento IAC 5*2 /3/ CNT 7*3/ Londrina // IAC 5/Hadden, realizado em Passo Fundo, RS, em 1980. É cultivar desenvolvida na Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 83144. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F17523-B-651F-659F-651F-953F-952F-900Y. Foi lançada para cultivo em 1989, inicialmente no RS. Em 2001, a cultivar está indicada para cultivo no RS, em SC (indicação inicial em 1990) e no PR (indicação inicial em 1990). Esteve indicada para cultivo em SP em 1992 e em 1993. Essa cultivar teve regular a destacada disseminação na lavoura, tendo sido a segunda mais plantada no RS em 1994, no PR em 1994 e em 1995 e em SC nos anos de 1993, 1994, 1996 e 1999. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto a médio e estatura média. Apresenta espiga aristada, curta, densa e predominantemente fusiforme, e gluma branca, de ombro predominantemente elevado. É moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao acamamento, moderadamente suscetível à debulha e resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro e mole. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Intermediário. Em 1999, foi reclassificada, em razão dos novos parâmetros da Instrução Normativa Nº 1, na classe Brando. Tem tendência de apresentar baixos valores para extração de farinha. Conceituada como moderadamente resistente a moderadamente suscetível à germinação do grão na espiga. Trigo BR 35 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à ferrugem da folha (resistência de planta adulta) e ao nanismo amarelo da cevada, moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao oídio e à septoriose da gluma e suscetível à mancha marrom, à mancha bronzeada, à giberela e ao mosaico do trigo. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula. Foi postulada a presença dos genes Lr23, Lr26 e Lr34, e possivelmente dos genes Lr1 e Lr14b, para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: IAPAR (1991), OCEPAR (1994), Reunião (1989b, 1990b), Rosa et al. (1992), Sousa et al. (2001).

Descendência: BRS 49, BRS 119, BRS 179, CD 107.


Trigo BR 36-Ianomami: Descende do cruzamento Jupateco 73*3/Amigo. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo e UEPAE-Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste), com número de linhagem PF 84588. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F21526-A-906F-901F-902F-901F-901D-900Y. Foi lançada para cultivo em solos de alta fertilidade em- MS em 1990, onde esteve indicada para cultivo até 1997. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de ciclo curto a médio e estatura baixa. Apresenta espiga aristada e gluma branca. É moderadamente suscetível ao acamamento e suscetível ao crestamento. Apresenta grão vermelho-escuro, semiduro a duro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar incluída na classe Intermediário. Foi testada como resistente ao pulgão-verde-dos-cereais. Trigo BR 36-Ianomami foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, resistente a moderadamente resistente ao mosaico do trigo, moderadamente resistente ao oídio, moderadamente suscetível a suscetível à mancha marrom e suscetível à ferrugem da folha e à brusone.

Literatura: Ávila et al. (1992), Embrapa (1991), Reunião (1990b).


Trigo BR 37: Descende do cruzamento Mazoe/F13279 // Pelado Marau, realizado em Passo Fundo em 1979, em que F13279 representa o cruzamento Londrina*2/Alondra Sib /7/ Toropi /4/ TZPP/Sonora 64 // Napo /3/ Ciano /5/ PF 6968 /6/ Hadden/Jacui. É cultivar desenvolvida pela Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 84431. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F16967-A-903F-652F-651F-1F-1F-4F-1F-651F-0F. Foi lançada para cultivo em 1990, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1990-95) e do PR (1991-95). Essa cultivar teve média disseminação na lavoura. É de ciclo curto a médio, estatura média a alta e folha bandeira ereta. Apresenta espiga apical (mútica e com aristas muito pequenas nas espiguetas superiores), semicurta e semilaxa, e gluma branca, de dente curto. É resistente a moderadamente resistente ao acamamento, moderadamente suscetível à debulha e resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-escuro, mole. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Comum. Tem a tendência de apresentar baixos valores de W e de estabilidade de farinha. Trigo BR 37 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente ao oídio, moderadamente suscetível à septoriose da gluma e suscetível à ferrugem da folha, à giberela, à mancha marrom, à mancha bronzeada e ao mosaico do trigo. Foi considerada tolerante ao nanismo amarelo da cevada. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula. Foi postulada a presença dos genes Lr13 para resistência à ferrugem da folha nesse genótipo.

Literatura: IAPAR (1991), OCEPAR (1994), Reunião (1990c, 1991a).


Trigo BR 38: Descende do cruzamento IAS 55*4/Agent//IAS 55*4/CI 14123, realizado em Passo Fundo em 1981. É cultivar desenvolvida pela Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 83348. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F19743-A-901F-901F-801F-902F-0Y. Foi lançada para cultivo em 1990, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1990-98) e de SC (1991-98). Essa cultivar teve média disseminação na lavoura, considerando-se os estados do RS e de SC. É de ciclo curto a médio e estatura média a alta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga, no limite para semicurta, semilaxa, e gluma branca, de ombro elevado, quilha reta e dente longo. É moderadamente resistente ao acamamento e moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro, mole. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Intermediário. Tem a tendência de apresentar altos valores de sedimentação e baixos valores de extração de farinha. É conceituada como suscetível à germinação do grão na espiga. Trigo BR 38 foi avaliada como resistente ao oídio, à ferrugem da folha e à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à septoriose da gluma, moderadamente suscetível ao mosaico do trigo e suscetível à giberela, à mancha marrom e à mancha bronzeada. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula. Foi postulada a presença dos genes Lr1, Lr13, Lr24, e possivelmente do gene Lr14b, para resistência à ferrugem da folha, bem como, do gene Pm4a, para resistência ao oídio, nesse genótipo.

Literatura: Reunião (1990c), Rosa et al. (1993).

Descendência: UTF 101.


Trigo BR 39-Paraúna: Genótipo introduzido no Brasil em 1984, de origem mexicana, descende do cruzamento Dove Sib/Pewee Sib. Provém de intercâmbio de germoplasma do CIMMYT com a Embrapa Cerrados e foi batizado no Brasil com o número de linhagem CPAC 841244. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: CM59445-1M-2Y-3M-3Y-3Y-0Y. Foi lançada para cultivo em plantio irrigado, em 1991, em MG, em GO e no DF, onde foi indicada para cultivo até 1995. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura baixa e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga e semidensa, e gluma branca, de ombro elevado, quilha curva e dente semicurto.

É resistente a moderadamente resistente ao acamamento e moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro, semiduro. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco. Trigo BR 39-Paraúna foi avaliada como moderadamente resistente à ferrugem do colmo, moderadamente suscetível a suscetível à ferrugem da folha e suscetível ao oídio e à mancha marrom. Em condições de casa de vegetação, apresentou resistência a todas as raças de Puccinia graminis tritici detectadas no Brasil, com exceção da raça G26, antes do lançamento da cultivar, segundo testes de plântula.

Literatura: Albrecht et al. (1995), Reunião (1990a).


Trigo BR 40-Tuiúca: Descende do cruzamento Anahuac 75/ Huacamayo Sib, realizado no México pelo CIMMYT. É cultivar desenvolvida por UEPAE-Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste) e Embrapa Trigo, com número de linhagem MS 208-84. Selecionada no Brasil a partir de amostra de população F2 recebida do CIMMYT, México. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: CM49258-1D-2D-1D-2D-0D. Foi lançada para cultivo em 1991, em MS, em solos sem alumínio tóxico e está indicada para cultivo em 2002. Essa cultivar teve regular a destacada disseminação na lavoura no MS, tendo sido a mais plantada no estado em 1996. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura baixa e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, curta e semidensa, e gluma vermelha-clara, de quilha reta, dente semilongo e ombro predominantemente oblíquo. É moderadamente resistente a moderadamente suscetível ao crestamento. Apresenta grão longo, ovalado, vermelho, semiduro. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em razão dos parâmetros da Instrução Normativa N.º 1, na classe Melhorador. Tem a tendência de apresentar valores altos para W e para estabilidade de farinha e valores baixos para proteína de grão, para proteína de farinha e para avaliação global de panificação. É classificada como suscetível à germinação do grão na espiga, segundo informações preliminares. Trigo BR 40-Tuiúca foi avaliada como resistente à ferrugem da folha e à ferrugem do colmo, moderadamente resistente à brusone e suscetível ao oídio, à mancha marrom e à mancha bronzeada.

Literatura: Embrapa (1991), Reunião (1991a).


Trigo BR 41-Ofaié: Descende do cruzamento BH 1146*6/Alondra Sib, realizado em Passo Fundo, RS, em 1980. É cultivar desenvolvida por UEPAE-Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste) e Embrapa Trigo, com número de linhagem GD 833. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F17262-A-902F-901F-900D. Foi lançada para cultivo em MS em 1991, para solos com alumínio tóxico, onde esteve indicada para cultivo até 1997. É de ciclo curto, estatura média, hábito vegetativo ereto e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, curta e semidensa, e gluma branca, de dente semicurto. É resistente ao crestamento, segundo avaliações preliminares. Apresenta grão longo, ovalado, vermelho-escuro, mole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco e tenaz e incluída na classe Comum. Trigo BR 41-Ofaié foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo e à brusone e suscetível ao oídio, à ferrugem da folha à mancha marrom.

Literatura: Embrapa (1991), Reunião (1991a).


Trigo BR 42-Nambiquara: Descende do cruzamento Jupateco 73*6 // Lagoa Vermelha*5/Agatha, realizado em Passo Fundo, RS, em 1982. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo e UEPAE-Dourados (atual Embrapa Agropecuária Oeste), com número de linhagem PF 85634. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F22899-F-901D-901F-905D-451Y-900D. Foi lançada para cultivo em MS em 1991 sob irrigação, onde esteve indicada para cultivo até 1997. Essa cultivar teve reduzida disseminação na lavoura. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto a médio, estatura baixa a médio e folha bandeira ereta. Apresenta espiga aristada, fusiforme, curta e semilaxa, e gluma vermelha-clara, de quilha curva e dente curtíssimo. É suscetível ao acamamento e ao crestamento. Apresenta grão médio a longo, ovalado, vermelho-escuro, mole. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco e de alto rendimento de farinha. Trigo BR 42-Nambiquara foi avaliada como resistente à ferrugem da folha e à ferrugem do colmo e suscetível ao oídio, à mancha marrom e à mancha bronzeada. Provavelmente, possui o gene Lr19, para resistência à ferrugem da folha, e o gene Sr25, para resistência à ferrugem do colmo.

Literatura: Embrapa (1991), Reunião (1991a), Staut (1991).


Trigo BR 43: Descende do cruzamento PF 833007/Jacui, realizado em Passo Fundo em 1983. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo em Passo Fundo, RS, com número de linhagem PF 853031. Foi a primeira cultivar comercial de trigo no Brasil desenvolvida pela produção de duplo-haplóide por meio de cultura de antera. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F25972-ADH-0F. Foi lançada para cultivo no RS em 1991, onde esteve indicada para cultivo até 1995. A cultivar destacou-se nos ensaios de rendimento de grãos antes de seu lançamento e, inicialmente, teve média a destacada disseminação na lavoura, chegando a ser a terceira em área de cultivo em 1994, porém, em virtude de ter-se tornado altamente suscetível à ferrugem da folha, a área de cultivo rapidamente diminuiu e a cultivar deixou de ser indicada para cultivo. É de hábito vegetativo ereto, ciclo curto, estatura média a alta e folha bandeira ereta. Apresenta espiga mútica com aristas pequenas nas espiguetas apicais, fusiforme, semicurta e semidensa, e gluma branca, de quilha reta, dente curtíssimo e ombro predominantemente arredondado. É moderadamente resistente ao acamamento, moderadamente suscetível à debulha e resistente a moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro, semimole. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Comum. Tem a tendência de apresentar valores baixos para proteína de farinha, para W e para avaliação global de panificação. Trigo BR 43 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo, moderadamente resistente ao oídio e ao mosaico do trigo, suscetível à septoriose da gluma, à mancha marrom e à mancha bronzeada e suscetível a altamente suscetível à ferrugem da folha. Foi postulada a presença dos genes Lr1, Lr13 e Lr24, para resistência à ferrugem da folha, nesse genótipo.

Literatura: Moraes Fernandes et al. (1999), Reunião (1991b).

Descendência: ICA 2-Palhada.


Documentos Online Nº 17Documentos Online Nº 17 Publicações OnlinePublicações Online

Copyright © 2002, Embrapa Trigo