Embrapa Trigo

doctec_p.jpg (18374 bytes)

Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

17


Trigo BR 23

Descende do cruzamento Corre Caminos/Alondra Sib /3/ IAS 54-20/Cotiporã // CNT 8, realizado em Ciudad Obregon, México, em 1977. É cultivar desenvolvida por Embrapa Trigo, com número de linhagem PF 8215. Apresenta o seguinte desenvolvimento de seleção: F11693-B-102F-1F-3F-0R-3F-0R. Foi lançada para cultivo em 1987, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS, de SC (a partir de 1988), do PR (a partir de 1988) e de MS (1993-97). A cultivar está indicada para cultivo no RS, em SC e no PR em 2002. Trigo BR 23 foi também indicada para cultivo em Zâmbia, na África, em 1995. Essa cultivar teve expressiva disseminação na lavoura, tendo sido a mais plantada no RS, de 1990 a 1994, em SC, de 1992 a 1995, e no PR, em 1993 e em 1994. É de hábito vegetativo semi-ereto, ciclo curto a médio, estatura média, folha bandeira ereta e tipo agronômico destacado. Apresenta espiga aristada, fusiforme, semilonga e semilaxa, e gluma branca, de ombro predominantemente elevado, quilha reta e dente predominantemente longo. É resistente ao acamamento e resistente a moderadamente resistente ao crestamento. Apresenta grão médio, ovalado, vermelho-claro, mole. Quanto à qualidade industrial, a cultivar foi classificada, em 1993, como da classe Comum. Em 1999, foi reclassificada, em razão dos novos parâmetros da Instrução Normativa Nº 1, na classe Brando. Tem a tendência de apresentar valores baixos para W, para estabilidade da farinha e para avaliação global de panificação. É conceituada como moderadamente suscetível à germinação do grão na espiga. Trigo BR 23 foi avaliada como resistente à ferrugem do colmo (gene Sr31 e outros), moderadamente suscetível à septoriose da folha e suscetível ao oídio, à septoriose da gluma, à mancha marrom, à mancha bronzeada, à giberela, ao mosaico do trigo e ao nanismo amarelo da cevada. Ao longo dos anos a cultivar tem apresentado comportamento resistente a moderadamente suscetível para a ferrugem da folha em virtude, provavelmente, da presença dos genes de planta adulta Lr13 e Lr34 além de genes de plântula, como Lr26 e Lr 27+31, e possivelmente de Lr1, de Lr14b e de Lr23.

Literatura: Brunetta (1989), IAPAR (1991), OCEPAR (1994), Reunião (1987b, 1988b, 1993), Sousa et al. (1988a), Sousa et al. (2001).

Descendência: BRS 194, BRS 208, BRS 210, CD 107, Fundacep 29, Fundacep 32, UTF 101.

Voltar


Documentos Online Nº 17Documentos Online Nº 17 Publicações OnlinePublicações Online

Copyright © 2002, Embrapa Trigo