Embrapa Trigo

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Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

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Método empregado

O presente trabalho baseou-se, principalmente, na pesquisa bibliográfica sobre as cultivares da Embrapa de siglas CNT e Trigo BR. Descrições englobando algumas dessas cultivares foram apresentadas por Embrapa (1980, 1981, 1991), por Gandolfi & Souza (1977), por Nunes & Gonsalves (1984), por Popinigis (1987), por Relatório (1977, 1982), por Sousa et al (2001), por Souza & Sobrinho (1983), além de descrições individuais de cultivares por vários autores. As atas das reuniões das comissões de pesquisa de trigo (Comissão Sul Brasileira de Pesquisa de Trigo, Comissão Centro-Sul Brasileira de Pesquisa de Trigo e Comissão Centro Brasileira de Pesquisa de Trigo) são importantes fontes de informação sobre origem das cultivares, características agronômicas, dados de reação a doenças, de rendimento de grãos e de qualidade tecnológica por ocasião do lançamento. A sistemática de apresentação do trabalho é semelhante a apresentada por Sousa e Del Duca (2000).

Informações sobre cruzamento, estados onde a cultivar foi indicada para cultivo, ano de lançamento e número de linhagem foram apresentadas por Lagos (1983) e por Sousa (1994, 2001). Informações detalhadas sobre cruzamento e país de origem das cultivares mexicanas foram disponibilizadas por Skovmand et al. (1997). Sempre que disponíveis, são apresentadas por cultivar as informações sobre cruzamento, ano de lançamento da cultivar, número de linhagem, unidades da federação no Brasil onde foi indicada para cultivo, disseminação na lavoura, características gerais da planta (ciclo, estatura da planta, presença de aristas na espiga, cor da gluma e outras), informações sobre grão e sobre qualidade tecnológica e reação a doenças. Detalhamentos sobre critério de enquadramento da cultivar para diversas características agronômicas e fenológicas foram apresentados por Bettiol (1971), por Cavariani & Souza (1983), por Gandolfi & Souza (1974, 1977), por Sacco (1960, 1979) e por Scheeren (1984).

Dados relativos ao rendimento de grãos por ocasião do lançamento da cultivar foram apresentados nas atas das reuniões das comissões de pesquisa de trigo. Entretanto, no presente trabalho não é dada informação sobre rendimento obtido, salientando-se apenas o destaque em rendimento de grãos de algumas cultivares.

Em relação a doenças, são apresentadas informações sobre oídio (causado pelo fungo Blumeria graminis = Erysiphe graminis tritici), ferrugem da folha (Puccinia triticina = Puccinia recondita tritici), ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici), giberela (Gibberella zeae/Fusarium graminearum), septoriose da gluma (Stagonospora nodorum = Septoria nodorum), septoriose da folha (Septoria tritici), mancha marrom (Bipolaris sorokiniana = Helminthosporium sativum), mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis = Helminthosporium tritici repentis), brusone (Magnoporthe grisea/Pyricularia grisea), carvão voador (Ustilago tritici), mosaico do trigo (causado por vírus transmitido por fungo do solo) e nanismo amarelo da cevada (causado por vírus transmitido pelo pulgão do trigo). As informações sobre reação a doenças foram baseadas, principalmente, nos dados apresentados por Brunetta (1989), por Embrapa (1991), por Embrater (1977), por IAPAR (1982, 1991), por Mor et al. (1976), por Moreira et al. (1987), por OCEPAR (1981, 1991), por Osório (1982), por Relatório (1977), por Reunião (1996, 2000), por Silva et al. (1998) e nas atas das reuniões de pesquisa de trigo, no ano em que a cultivar foi lançada para cultivo. Na presente publicação foi considerada a tendência prevalecente de conceituação da reação da cultivar a doenças durante o período em que esteve indicada para cultivo. Em razão do surgimento de novas raças ou biótipos de alguns fungos causadores de doenças de trigo, a reação atual pode não ser a mesma daquela apresentada pela cultivar durante o período em que esteve em cultivo. No caso da mancha marrom e da mancha bronzeada, foram consideradas, principalmente, informações de Luz (1999a,b). A alocação de genes de resistência à ferrugem da folha foi citada, principalmente, em decorrência das informações de Sousa & Barcellos (1999a) e de Zoldan et al. (2000), no caso do gene Lr13, das informações de Sousa & Barcellos (1999b), no caso do gene Lr34, e da tese de mestrado de Zoldan (1998) para vários outros genes de resistência. A informação sobre crestamento refere-se basicamente à reação a toxicidade do alumínio trocável existente em solos ácidos com informações dos dados coletados em condição de campo em Passo Fundo, incluindo dados apresentados por Sousa (1998a, 1999).

Quanto à qualidade industrial ou tecnológica, as cultivares de trigo de siglas CNT e Trigo BR foram avaliadas em diversos períodos. As informações sobre qualidade industrial das cultivares foram obtidas, principalmente, dos dados e informações apresentados por Germani & Carvalho (1998), por Mor et al (1976), por Scheeren (1983), por Schroeder (1974), por Sousa et al. (1997) e por Svoboda & Matzenbacher (1985, 1989). Foram também obtidas informações nas atas das reuniões de pesquisa de trigo, nas quais, a partir de 1994, têm sido informadas as classes de cada cultivar indicada para cultivo. A partir de 1994, as cultivares então indicadas para cultivo no Brasil foram classificadas nas classes Comum, Intermediário, Superior e Melhorador segundo critérios estipulados na Portaria 167, de 29 de julho de 1994, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAA). Segundo a portaria, o valor mínimo de alveografia de W (10-4 Joules) para a classe Intermediário foi estabelecido em 140, 200 para a classe Superior e 280 para a classe Melhorador. Essa classificação foi adotada até 1998. Em 1999, foi instituída a Instrução Normativa Nº 1, de 27 de janeiro de 1999, do MAA, que estabeleceu as classes Brando, Pão, Melhorador, Outros usos e Durum, sendo o valor mínimo de W de 50 para a classe Brando, 180 para a classe Pão e 300 para a classe Melhorador (Scheeren & Miranda, 1999).

É apresentada informação sobre o ano inicial e, no caso de a cultivar já ter sido retirada de cultivo, o ano final de indicação para cultivo por unidade da federação. Quando é mencionada a unidade da federação onde a cultivar foi indicada, em vários casos, a informação sobre o período em que o genótipo foi indicado é colocada em parenteses. Assim, SC (1976-88) significa que a cultivar esteve indicada para cultivo em Santa Catarina de 1976 até 1988.

São apresentadas, por cultivar, as fontes principais de literatura em que estão descritas as informações individuais ou fichas de dados sobre o genótipo. Também é enumerada a descendência de cada material em relação às cultivares que foram posteriormente desenvolvidas e que chegaram à categoria de indicada para cultivo.

Foram montados diagramas apresentando a genealogia das cultivares. A interpretação do diagrama é apresentada na Figura 1, seguindo esquema apresentado por Moss & Wrigley (1974).


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