Dezembro, 2002 |
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CNT 10
Descende do cruzamento IAS 46/IAS 49 // IAS 46/Tokai 66, realizado em Pelotas, RS, em 1966. É cultivar desenvolvida por IPEAS, Embrapa Trigo e UFPel, com número de linhagem PEL 72018. Foi lançada para cultivo em 1977, inicialmente no RS. Foi indicada para cultivo nos estados do RS (1977-86) e de SC (1979-83). Essa cultivar apresentou destacada disseminação na lavoura no RS entre 1981 e 1984, tendo sido a mais plantada no estado em 1982. Destacou-se pelo elevado rendimento de grãos nos ensaios antes do lançamento e nos ensaios e lavouras nos anos seguintes, porém, em virtude do aumento da incidência de ferrugem da folha nessa cultivar, com grande intensidade, a partir de 1983, o rendimento de grãos diminuiu muito e a cultivar rapidamente deixou de ser cultivada. É de hábito vegetativo ereto, ciclo médio e estatura alta. Apresenta espiga aristada e gluma branca. Tem a tendência de apresentar muitas espigas por área. É resistente ao crestamento. Quanto à qualidade industrial, é cultivar de glúten fraco e de aptidão pobre para panificação. CNT 10 foi avaliada como resistente à septoriose da folha, moderadamente resistente à septoriose da gluma, moderadamente suscetível à ferrugem do colmo e à giberela e suscetível ao oídio e à mancha marrom. De reação moderadamente resistente à ferrugem da folha por ocasião do lançamento, tornou-se muito suscetível à medida que aumentou a área de cultivo. Considerada moderadamente resistente ao mosaico do trigo, mostrou em algumas ocasiões muita intolerância à doença. CNT 10 e CNT 9 apresentam características muito semelhantes. Por ocasião do lançamento, em 1977, CNT 10 apresentou moderada suscetibilidade às raças 15/71 e 15/65 de Puccinia graminis tritici, enquanto CNT 9 mostrou resistência a ambas as raças.
Literatura: Caracterização (1977), Osório (1977), Reunião (1977).
Descendência: Embrapa 15, Embrapa 27, RS 8-Westphalen, Trigo BR 19, Trigo BR 22. Por meio de Embrapa 27, CNT 10 está presente na genealogia de várias cultivares brasileiras.
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