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Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

Materiais e Métodos

Com estes objetivos, foram conduzidos ensaios em campo em 1993, 1994 e 1995, na área experimental do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo - Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS (Lat 28o15’S, 52o24’W e 687 m de altitude). Para tal, foram utilizadas sete cultivares de trigo, lançadas entre 1940 a 1992 (Tabela 1). A escolha das cultivares, uma representante de cada década, foi realizada em função da sua expressiva participação na área de cultivo de trigo no sul do Brasil. Na década de 70, acrescentou-se a cultivar IAS 54 por representar novo padrão de planta.

O solo utilizado para o estudo é do tipo Latossolo Vermelho Distrófico típico, com as seguintes características médias: pHH2O = 5,5; pHSMP = 5,8; Al+++ = 0,08 me/100g; Ca++ = 5,50 me/100g; Mg++ = 2,52 me/100g; P = 19,9 ppm; K =117 ppm; e MO = 2,4% . O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições. Cada parcela experimental foi constituída por 12 linhas com 6 m de comprimento e espaçamento entre linhas de 0,20 m.

As sementes, após serem tratadas com fungicida, foram semeadas mecanicamente em 21 de junho/93, 12 de julho/94 e 23 de maio/95, utilizando densidade de semeadura de 330 sementes viáveis por metro quadrado. Após a emergência das plântulas foi ajustada a população para 300 plantas por metro quadrado. A adubação utilizada foi de 300, 250 e 250 kg ha-1 de adubo da fórmula 5-20-25 para os anos de 1993, 1994 e 1995, respectivamente. Após a emergência das plântulas, 50 kg N ha-1 foram aplicados em cobertura, no estádio de duplo anel e 50 kg N ha-1 no estádio de espigueta terminal (Nerson et al.,1980) no ano de 1993. Em 1994 e 1995 foram aplicados 45 kg N ha-1 nesses mesmos estádios. Durante o período entre emergência e maturação, foram realizadas aplicações de fungicida para evitar danos por doenças. O controle de plantas daninhas foi realizado mecanicamente nas parcelas. O ensaio foi conduzido livre de deficiência hídrica. Para tal, utilizaram-se irrigações de 23 mm durante o cultivo, nos períodos de agosto de 1993 e de setembro de 1994. No ano de 1995, irrigou-se o ensaio no mês de junho com 42 mm de água.

Quando as plantas atingiram o estádio de espigueta terminal, instalou-se um sistema para impedir o acamamento de plantas. Para isso, utilizaram-se telas de nylon colocadas entre plantas a 0,20 m acima do solo. As amostras de material vegetal foram retiradas nos estádios de duplo anel, espigueta terminal, antese e maturação fisiológica. Os estádios de emergência e de antese foram considerados, quando 50% das plântulas haviam emergidas e 50% das anteras tinham extrusadas, respectivamente. Os estádios de duplo anel e de espigueta terminal foram determinados a partir de dissecações de plantas, utilizando-se escala de Nerson et al (1980). O estádio de maturação fisiológica foi considerado atingido quando as espigas não possuíam mais pigmentação clorofílica. Ao atingir os respectivos estádios foram coletados, rente ao solo, 1 metro linear de plantas (0,2 m2), previamente marcadas. Após, as amostras foram separadas em colmo (incluindo a bainha), lâmina de folhas verdes/secas e espigas. Logo após a separação, o material foi secado em estufa ventilada a 50ºC até a obtenção de peso constante. O rendimento de grãos, produção e partição de biomassa, índice de colheita e componentes do rendimento foram determinados em cada parcela, no estádio de maturação fisiológica.

Os dados provenientes dos três anos de estudo foram submetidos a análise de variância e as diferenças entre cultivares foram determinadas pelo teste de Tukey (P < 0,05). O grau de dependência entre as diferentes variáveis estudadas foi estimado pela análise de regressão linear ou quadrática.


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