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Dezembro, 2002
Passo Fundo, RS

Material e Métodos

O Índice de Risco Complementar (IRC) tem finalidade de detectar, dentro das épocas de semeadura (épocas de julho a janeiro) do Zoneamento Agroclimático da Cultura de Milho por Épocas de Semeadura, no Estado do Rio Grande do Sul (MALUF, MATZENAUER e CAIAFFO, 2000), os períodos que apresentam os menores riscos em função do regime hídrico. O índice de risco complementar é baseado na interação entre disponibilidade hídrica e período crítico de desenvolvimento de milho (floração), como principal fator determinante do rendimento econômico da cultura de milho no estado. Na determinação das disponibilidades hídricas foi utilizado o balanço hídrico diário segundo THORNTHWAITE e MATHER (1955), utilizando-se para os cálculos o módulo SARRAZON do programa "Systeme d’Analyse Regionale des Risques Agroclimatiques (SARRA)", considerando os ciclos de desenvolvimento das cultivares dos grupos precoce e normal, com semeaduras de julho a janeiro no Rio Grande do Sul. Os ciclos das cultivares de milho variam em função da época de semeadura e local, em média entre 130 e 160 dias para atingir a fase de maturação fisiológica (MATZENAUER et al, 1993). Desta maneira, para as simulações de balanço hídrico considerou-se ciclos de 130, 140, 150 dias das cultivares precoces e normal, como os mais representativos. No cálculo do balanço hídrico foram utilizados dados diários de precipitação pluvial de 251 estações pluviométricas do Rio Grande do Sul, com séries históricas de dados diários entre 15 e 20 anos organizados pela Embrapa Cerrados, considerando-se simulações de semeaduras centradas nos dias 5, 15 e 25 de cada mês, entre julho e janeiro. Quanto à Capacidade de Água Disponível (CAD), para os cálculos de balanço hídrico, considerou-se três tipos de solos com capacidade de retenção de água de: 35 mm, 50 mm e 70 mm, correspondendo aos solos Tipo1, Tipo 2 e Tipo 3, respectivamente, descritos a seguir. Solo Tipo 1: Areias Quartzosas e solos Aluviais arenosos; Solo Tipo 2: Latossolos Vermelho-amarelo e Vermelho-escuro (com menos de 35% de argila); Solo Tipo 3: Podzólicos Vermelho-amarelo e Vermelho-escuro (Terra Roxa Estruturada); Latossolos Roxo e Vermelho-escuro (com mais de 35% de argila); Cambissolos Eutróficos e solos Aluviais de textura média e argilosa. Usou-se o Índice de Satisfação das Necessidades de Água (ISNA) do subperíodo 3 do desenvolvimento de milho (floração e enchimento de grãos) como principal índice de zoneamento. Os valores de ISNA, calculados para freqüência mínima de 80 %, foram espacializados com o Sistema de Informações Geográficas "SPRING v. 3.4", definindo-se três categorias: favorável (ISNA > 0,55), intermediária (ISNA entre 0,45 e 0,55) e desfavorável (ISNA < 0,45). Com a representação espacial geradas pelo "SPRING", usou-se o software "MAP VIEWER v.3" para identificar municípios enquadrados na recomendação "semeadura favorável" nos períodos da Tabela 1, os quais foram delimitados pela amplitude de semeadura do zoneamento agroclimático de milho (MALUF, MATZENAUER e CAIAFFO, 2000). Foram eliminados da recomendação, entretanto, municípios localizados nas áreas de zoneamento onde não é recomendado o cultivo de milho no Rio Grande do Sul, pelo atual zoneamento agroclimático, em função de baixa disponibilidade térmica.


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