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Dezembro, 2001
Passo Fundo, RS

Material e Métodos

A indicação das áreas com potencial climático para a cultura de feijão baseou-se nos critérios do Zoneamento Agrícola do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Mota et al., 1974) e nas reavaliações desse zoneamento, elaboradas no Macrozoneamento Agroecológico e Econômico do Rio Grande do Sul (Rio grande do Sul,1994), conforme consta na Tabela 1, sendo as principais descritas a seguir: a denominação de Não Recomendado o Cultivo substitui a classe Inapta, que, no RS, não chega a caracterizar a inaptidão da área e, sim, a limitação imposta por restrições climáticas ao rendimento econômico da cultura. Para fins de política e de desenvolvimento agrícola do estado, as zonas classificadas como Preferencial e Tolerada são consideradas como áreas prioritárias para a cultura indicada, sem restrições ambientais (no zoneamento agroclimático) que inviabilizem sua exploração no processo produtivo, obedecendo aos controles econômicos de custo e benefício de cada local.

As classes de aptidão do zoneamento agroclimático do Rio Grande do Sul são:

Zonas Preferenciais: correspondem às melhores condições climáticas para a cultura;

Zonas Toleradas: correspondem àquelas que podem apresentar níveis desfavoráveis à cultura devido a uma variável climática, por exemplo, temperatura inadequada ou deficiência ou excesso hídrico.

Zonas Marginais: correspondem àquelas que podem apresentar níveis desfavoráveis à cultura devido a duas variáveis climáticas, por exemplo, temperatura inadequada e deficiência ou excesso hídrico.

Não Recomendado o Cultivo: correspondem às áreas nas quais não se recomenda o cultivo comercial (rendimento econômico), devido aos altos riscos e às limitações impostas pelas variáveis climáticas.

A identificação dos períodos favoráveis de semeadura para cultivo de feijão no Rio Grande do Sul foi realizada com base em cálculos de balanço hídrico diário, considerando a interação entre local (clima) x ciclo de cultivares x período de semeadura x tipo de solo; complementado pelo zoneamento de aptidão (agroclimático), ora vigente no Estado.

Usou-se o módulo Sarrazon do programa Systeme d’Analyse Regionale des Risques Agroclimatiques (SARRA) para cálculos do balanço hídrico diário do conjunto de 251 estações pluviométricas do Rio Grande do Sul, com séries históricas de dados diários entre 15 e 20 anos, organizados pela Embrapa Cerrados, considerando-se simulações de semeaduras centradas nos dias 5, 15 e 25 de cada mês; entre agosto e fevereiro.

Para simulações de balanço hídrico considerou-se três ciclos para a cultura (90, 100 e 110 dias.) e três tipos de solos, com capacidade de água disponível (CAD) de 35 mm, 50 mm e 70 mm, correspondendo aos solos Tipo1, Tipo 2 e Tipo 3.

O solo Tipo 1 é descrito como Areias Quartzosas e solos Aluviais arenosos; Solo Tipo 2, descrito como Latossolos Vermelho-Amarelo e Vermelho-Escuro (com menos de 35% de argila); e o solo Tipo 3 descrito como Podzólicos Vermelho-Amarelo e Vermelho-Escuro (Terra Roxa Estruturada); Latossolos Roxo e Vermelho-Escuro (com mais de 35% de argila); Cambissolos Eutróficos e solos Aluviais de textura média e argilosa.

Usou-se o Índice de Satisfação das Necessidades de Água (ISNA) do subperíodo 3 do desenvolvimento do feijoeiro (floração–enchimento de grão) como principal índice de zoneamento. Os valores de ISNA, calculados para a freqüência mínima de 80 %, foram espacializados através do Sistema de Informações Geográficas SPRING v. 3.4, definindo-se três categorias: favorável (ISNA > 0,60), intermediária (ISNA entre 0,50 e 0,60) e desfavorável (ISNA < 0,50).

Os períodos de semeadura foram estabelecidos com base nas áreas delimitadas pela faixa de valores favoráveis de ISNA, desde que não coincidentes com áreas onde não é recomendado o cultivo de feijão no Rio Grande do Sul, pelo atual zoneamento de aptidão de cultivo (Mota et al., 1974). Tomou-se como delimitador dos períodos de semeadura referidos na Tabela 2, a amplitude de semeadura do zoneamento agroclimático do feijão (Maluf & Caiaffo, 1999).

 


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