Jaime Ricardo Tavares Maluf^1,2
Gilberto Roca da Cunha^1,4
Ronaldo Matzenauer^3,4
Aldemir Pasinato⁵
Márcia Barrocas Moreira⁶
Márcia Rodrigues Caiaffo⁵

Foi usado o Zoneamento Agrícola do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e as reavaliações desse zoneamento, elaboradas no Macrozoneamento Agroecológico e Econômico do Rio Grande do Sul, para determinação das áreas com potencial para cultivo de feijão, visando excluir do zoneamento de riscos, as áreas não recomendadas para essa cultura, principalmente por baixa temperatura. A determinação dos períodos favoráveis de semeadura foi baseada em cálculos de balanço hídrico diário, considerando a interação entre local (clima) x ciclo de cultivares x período de semeadura x tipo de solo. Usou-se o módulo Sarrazon para os cálculos do balanço hídrico diário, com dados diários entre 15 e 20 anos de 251 estações pluviométricas, considerando-se simulações de semeaduras nos dias 5, 15 e 25 de cada mês, entre agosto e fevereiro. Para as simulações de balanço hídrico foram considerados três ciclos da cultura (90, 100 e 110 dias) e três tipos de solos, com capacidade de água disponível (CAD) de 35 mm, 50 mm e 70 mm. Usou-se o Índice de Satisfação das Necessidades de Água (ISNA) como principal índice de zoneamento. Os valores de ISNA, calculados para a freqüência mínima de 80 %, foram espacializados com o Sistema de Informações Geográficas SPRING, definindo-se três categorias: favorável (ISNA > 0,60), intermediária (ISNA entre 0,50 e 0,60) e desfavorável (ISNA < 0,50). Os períodos de semeadura foram estabelecidos com base nas áreas delimitadas pela faixa de valores favoráveis de ISNA.

Palavras-chave: época de semeadura, zoneamento agrícola, regionalização, balanço hídrico, seca, Brasil.