Embrapa Trigo Boletim de Pesquisa Online Nº 5, dez./2000

Material e Métodos

Este boletim de pesquisa foi elaborado a partir da compilação da informação publicada sobre caracterização bioclimática de trigos criados ou introduzidos para cultivo/avaliação no Brasil. Especificamente, os trabalhos de Pascale & Mota (1966), Mota & Goedert (1969), cujos experimentos foram realizados em Pelotas, RS (31° 45’ S, 52° 21’W e 13 m de altitude), Wendt (1982) e Cunha et al. (1997); via experimentos conduzidos em Passo Fundo, RS (28° 15’ S, 52° 24’ W e 687 m de altitude), 1994 a 1996; além de ensaios executados com esta finalidade, em 1999 e em 2000, também em Passo Fundo.
Os referidos estudos de caracterização bioclimática dos genótipos de trigo brasileiro, usaram a metodologia de semeaduras continuadas, entre abril e outubro, gerando informações para o traçado das curvas de Índice Heliotérmico de Geslin (IHG), conforme descrita por Pascale (1955) e usada também em estudos de bioclimatologia de trigos argentinos (Pascale & Damário, 1961 e Pascale, 1969), uruguaios (Burgos & Corsi, 1971) e brasileiros (Pascale & Mota, 1966, Mota & Goedert, 1969; Wendt, 1982 e Cunha et al., 1997).
Detalhes experimentais, envolvendo localização dos ensaios, datas de semeadura, tratamento de vernalização, práticas culturais etc., relacionados com informações de bioclimatologia de trigo já publicadas, podem ser encontrados nos trabalhos originais (Pascale & Mota, 1966, Mota & Goedert, 1969; Wendt, 1982 e Cunha et al., 1997).
Dois novos experimentos de caracterização bioclimática de trigos brasileiros e exóticos foram realizados na Embrapa - Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (Embrapa Trigo), em Passo Fundo, RS, em 1999 e 2000. Nestes experimentos, utilizou-se a mesma metodologia de semeaduras continuadas em dez épocas (Tabela 1), sem repetição, para o traçado das curvas de Índice Heliotérmico de Geslin (IHG).
Em cada época de semeadura, as parcelas foram dispostas, em blocos únicos, uma ao lado da outra. Para cada genótipo, as mesmas foram formadas por 2 linhas de plantas, cujas sementes foram submetidas ao tratamento de vernalização (0-2ºC, durante o intervalo entre as semeaduras) e 2 linhas não vernalizadas, sendo as linhas de 3 m de comprimento e o espaçamento entre elas de 0,20 m. Os tratos culturais foram realizados de acordo com as recomendações da Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo (Reunião ... 1999 e 2000).
A classificação dos genótipos quanto ao seu grupo bioclimático foi feita com base nas respostas termofotoperiódicas, integradas no Índice Heliotérmico de Geslin (IGH), calculado para o subperíodo emergência-espigamento, considerando-se os tratamentos com e sem vernalização separadamente:

IGH = Temp. média (ºC) x fotoperíodo médio (h)/100

As curvas de IGH de cada genótipo foram comparadas com as curvas padrões de IHG dos distintos grupos bioclimáticos estabelecidos por Mota & Goedert (1969), Wendt (1982) e Cunha et al. (1997).
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