Boletim de Pesquisa Online Nº 5, dez./2000 |
CARACTERIZAÇÃO BIOCLIMÁTICA DE TRIGOS BRASILEIROS
Resumo
Rendimentos altos e estabilidade de produção são objetivos principais da maioria dos programas de melhoramento genético de trigo ora conduzidos no Brasil e, provavelmente, no mundo. Para isso, há necessidade de se conhecer a adaptação dos genótipos criados aos ambientes de cultivo pretendidos. A adaptação do trigo aos diferentes ambientes é geneticamente controlada, sendo necessário, para que ocorra em um nível adequado, a satisfação de suas exigências bioclimáticas; particularmente em termos de temperaturas, incluindo vernalização, e de fotoperíodo. Este artigo reúne a informação disponível sobre caracterização bioclimática de trigos criados ou introduzidos para cultivo no Brasil, realizadas por Pascale & Mota (1966), Mota & Goedert (1969), Wendt (1982) e Cunha et al. (1997), a partir de experimentos de semeaduras continuadas, entre abril e outubro, conduzidos em Pelotas (31°45S, 52°21W e 13 m de altitude) e em Passo Fundo (28º15S, 52º24W e 687 m de altitude), no Rio Grande do Sul; além de ensaios conduzido com esta finalidade em 1999 e em 2000, na Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. Com base nas curvas características do Índice Heliotérmico de Geslin, os materiais testados em Passo em 1994, 1995, 1996, 1999 e 2000, foram enquadrados nos grupos bioclimáticos: Superprecoce (68 genótipos), Precoce (56 genótipos), Semitardio (14 genótipos) e Tardio (5 genótipos).
Palavras-chave: bioclimatologia, grupo bioclimático, vernalização, fotoperíodo, trigo, Brasil.
1
Autor para correspondência. E-mail:cunha@cnpt.embrapa.br.
Copyright © 2000, Embrapa Trigo