Novembro, 2008 |
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Passo Fundo, RS
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CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DE ISOLADOS DO Barley Yellow Dwarf Virus DO RIO GRANDE DO SUL*
Parizoto, G.1; Mar, T .B.1; Lau, D.2*;Schons, J. 3
A virose conhecida como nanismo amarelo é causada por espécies dos vírus Barley/Cereal yellow dwarf virus (B/CYDV) família Luteoviridae.Transmitida por várias espécies de afídeos, acomete cereais de inverno em todo o mundo. Na população amostrada no Rio Grande do Sul entre fevereiro e outubro de 2007, foram detectados BYDV-PAV (87%) e CYDV-RPV (13%). A fim de determinar as características biológicas que afetam a prevalência de estirpes/espécies na população sul brasileira, foram avaliadas a capacidade de infectar plantas hospedeiras (Triticum aestivum e Avena strigosa) e a eficiência de transmissão por afídeos vetores (Rhopalosiphum padi, Sitobion avenae e Schizaphis graminum) de quatro isolados da população de 2007. Foram inoculadas 15 plantas para cada combinação isolado viral x planta hospedeira x clone do afídeo vetor. Após o período para a aquisição de 48h, foram transferidos 5 pulgões para cada planta, e mantidos por 48h para a transmissão. As plantas permaneceram por 8 semanas, em câmaras com temperatura e fotoperíodo controlados, sendo monitoradas diariamente, quanto ao aparecimento de sintomas. A presença de vírus foi estimada por DAS-ELISA, 30 dias após a inoculação. Independentemente do isolado e do hospedeiro, R. padi foi o vetor mais eficiente (72,5% das plantas inoculadas exibiram sintomas), seguido de S. avenae (43,3%). Nenhum dos isolados foi transmitido por S. graminum. Todos os isolados foram capazes de infectar plantas de aveia e trigo. As plantas de aveia infectadas exibiram sintomas típicos da virose, como o avermelhamento e enrijecimento das folhas e redução de altura (até 18% em relação as plantas controles). Em trigo, as plantas infectadas exibiram amarelecimento e enrigecimento do limbo foliar e a redução da altura em relação as plantas controles foi de até 45% dependendo do isolado. O título viral estimado por ELISA foi similar para os dois hospedeiros. Os padrões de transmissão estão de acordo com o esperado para BYDV-PAV, e a ampla presença de R. padi (praticamente o ano todo) e S. avenae (final do ciclo da cultura) pode ser determinante para prevalência desta espécie no Rio Grande do Sul.
Documentos Online Nº 94 Publicações Online
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