Novembro, 2008
94
Passo Fundo, RS
Sessão de Fitossanidade, Fitotecnia & Solos

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE GENÓTIPOS DE TRIGO (Triticum aestivum) VISANDO A ANÁLISE DA PUREZA GENÉTICA

Priori, D.1 ; Zanella, A.2; Bonow, S.3*; Iorczeski, E. J.3

A pureza genética de uma cultivar é representada pelo conjunto de caracteres fenotípicos e genéticos que a identificam e a distinguem das demais, devendo ser preservada na multiplicação de sementes. O interesse e a importância da caracterização de cultivares têm aumentado muito nos últimos anos, tendo como motivos principais, a necessidade do registro e proteção de cultivares, além de estudos genéticos. Embora a evolução dos marcadores em nível de DNA, os marcadores morfológicos ainda permanecem como os recomendados para a caracterização de cultivares. Uma das principais vantagens do uso de marcadores morfológicos é a possibilidade de serem avaliadas diversas características, desde o estágio de plântula até a maturidade. Em Bancos de Germoplasma onde a manutenção da integridade genética dos acessos é um fator primordial, a avaliação da pureza genética deve ser considerada. Com base no exposto, o objetivo do presente trabalho foi caracterizar morfologicamente genótipos de trigo pertencentes à coleção nuclear de trigo visando à análise da pureza genética. Foram caracterizados 240 genótipos de trigo oriundos do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Trigo, sendo 130 genótipos provenientes de programas de melhoramento nacionais e 110 oriundos de outros países. Os genótipos foram plantados em baldes e mantidos em casa de vegetação e, após o desbaste, deixadas quatro plantas por balde, as quais foram identificadas individualmente. Foram realizados os tratos culturais e fitossanitários recomendados para a cultura. A caracterização morfológica dos materiais foi realizada com base nos descritores recomendados para a espécie. Dos 130 genótipos nacionais avaliados foram observadas plantas atípicas em 15 genótipos, representando 11,5% dos materiais. As principais diferenças observadas foram estatura, ciclo vegetativo, hábito e algumas características da espiga como forma, presença de arista e coloração. Nos materiais oriundos de outros países não foram observadas plantas atípicas.

1 Acadêmico do curso de Ciências Biológicas, Universidade de Passo Fundo.
2 Acadêmico do curso de Agronomia, Universidade de Passo Fundo.
3 Pesquisador da Embrapa Trigo, *orientador.



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