Novembro, 2008
94
Passo Fundo, RS
Sessão de Fitossanidade, Fitotecnia & Solos

AVALIAÇÃO DE TOLERÂNCIA À TOXIDEZ DE ALUMÍNIO EM TRITICALE EM CONDIÇÕES DE HIDROPONIA

Moraes, M. C.1; Costa, C. T.2; Brambatti, A.3; Nascimento Junior, A. do4*

Solos ácidos e o alumínio tóxico limitam o crescimento das plantas em mais de 1,5 bilhão de hectares no mundo. No Brasil, apesar da calagem ser uma prática usual e relativamente de baixo custo quando comparada a outras práticas agrícolas, nem sempre é realizada corretamente e não é eficiente na correção da acidez sub-superficial do solo. Plantas tolerantes ao crestamento (efeito negativo da acidez do solo associada ao alumínio tóxico) são mais eficientes em condições marginais de cultivo, como déficit hídrico prolongado. Caracterização específica para tolerância à toxidez de alumínio pode ser obtida através de métodos hidropônicos, enquanto que métodos que envolvem solo incluem potencialmente outros fatores ligados à acidez. O presente estudo visou avaliar a tolerância de genótipos de triticale em solução hidropônica à toxidez de alumínio. Treze genótipos de triticale e duas testemunha de trigo (a cultivar tolerante IAC 5–Maringá e a suscetível Anahuac 75) foram testados em solução hidropônica composta por solução nutritiva de baixa força iônica, pH 4, sem fósforo na ausência e na presença de 6 mg Al/L com avaliação do efeito do alumínio sobre as raízes na fase inicial de crescimento das plantas, medindo o comprimento da raíz principal. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com duas a seis repetições, sendo cada repetição composta por até oito plântulas. Os dados médios da diferença entre as repetições com 0 e 6 mg Al/L, expressos em porcentagem em relação a dose zero, foram tabulados e analisados por análise de variância e testados ao nível de probabilidade de 5% pelo teste de Tukey. Não houve diferença estatística entre os genótipos de trigo tolerante e suscetível. Os genótipos de triticale Iac 5 - Canindé, PFT 0608, PFT 307, BRS Netuno e PFT 112 não diferiram da testemunha Anahuac 75 apresentando reação de tolerância semelhante à encontrada em trigo. Os genótipos altamente tolerantes foram o PFT 0609, Embrapa 53, PFT 0505, BRS 148, BRS Ulisses e BRS Minotauro que diferiram significativamente da testemunha tolerante IAC 5–Maringá.

1 Acadêmico do curso de Agronomia, Universidade de Passo Fundo. Bolsista FAPERGS.
2 Bolsista de Apoio Técnico da FAPEMIG.
3 Acadêmico do programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade de Passo Fundo.
4 Pesquisador da Embrapa Trigo, *orientador.



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