Novembro, 2008
94
Passo Fundo, RS
Sessão de Fitossanidade, Fitotecnia & Solos

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE TRIGO QUANTO A RESISTÊNCIA À MANCHA AMARELA*

Sturmer, M. C.1 ; Kohler, F.¹ ; Clebsch, C. C.2; Santana, F. M.3*

A mancha amarela, causada por Pyrenophora tritici-repentis (Died.) Drechs é uma das doenças mais importantes na cultura do trigo, sendo um organismo necrótico, que sobrevive de um ano para o outro em restos culturais. Uma das estratégias de controle é a utilização de cultivares resistentes à doença. Por isso, a cada ano são desenvolvidas novas linhagens de trigo pela Embrapa, através do melhoramento vegetal, que visa a melhoria do potencial do rendimento e resistência a doenças e a estresses ambientais entre outros. Este trabalho tem por objetivo avaliar o grau de resistência de diferentes linhagens de trigo à mancha amarela. Em campo experimental, foram avaliadas 32 linhagens e 4 cultivares de trigo, com três repetições cada. A inoculação ocorreu artificialmente com inóculo preparado em laboratório. Após 15 dias foram coletadas cinco plantas de cada repetição para posterior avaliação quanto ao grau de severidade da doença, utilizando-se, para isso, uma escala de notas: 1- pequenas manchas, sem clorose ou necrose (R); 2- pequenas manchas, pouca clorose ou necrose (MR); 3- pequenas manchas, evidente anel de clorose ou necrose (MR a MS); 4- pequenas manchas, evidentes zonas de clorose ou necrose, algumas coalescentes (MS); 5- muitas zonas de clorose ou necrose coalescentes (S). De acordo com as avaliações realizadas, os genótipos foram agrupados em: MS/S (1 linhagem), MS (4 linhagens), MR/MS (24 linhagens e 3 cultivares) MR (2 linhagens e 1 cultivar) e 1 MR/R. O agrupamento foi feito pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, com notas variando de 1,8 (MR) a 3,7 (MS). A não classificação de nenhuma das cultivares ou linhagens como suscetíveis (S) pode ser explicada pela metodologia em si, na qual avaliou-se plântulas em estágios entre 3 e 5 folhas, estágio este de menor suscetibilidade a patógenos necrotróficos, como é o caso de P. tritici-repentis.

* Fonte de financiamento: Embrapa Agrofuturo.
1 Acadêmico do curso de Ciências Biológicas, Universidade de Passo Fundo. Bolsista PIBIC/CNPq.
2 Analista da Embrapa Trigo.
3 Pesquisador da Embrapa Trigo, *orientador.



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