Dezembro, 2007
89
Passo Fundo, RS

Enleiramento e colheita de canola

José Antonio Portella1
Gilberto Omar Tomm2

O corte-enleiramento das plantas de canola, seguido da operação de colheita (trilha) seis a dez dias após, é prática comum em países como o Canadá e a Austrália, e substitui a colheita direta.

Nessa prática, o corte é realizado logo após as plantas atingirem a maturação fisiológica (Fig. 1), quando cessa o acúmulo de matéria seca e as plantas apenas perdem umidade. Portanto, a partir da maturação fisiológica, quanto mais cedo for realizada a colheita, menores serão os riscos de perdas causadas por fungos, por insetos, por outros agentes decompositores ou por desgrane e tombamento de plantas pela ação de ventos.

Entretanto, se o corte-enleiramento das plantas for realizado muito cedo (Fig. 2), a formação e o enchimento de grãos serão interrompidos, reduzindo em até 20% o rendimento de grãos.

O amplo período de floração das plantas de canola, que varia de 15 a 50 dias, dependendo dos híbridos e do ambiente de cultivo, determina uma relativa desuniformidade de maturação e constitui desafio para a avaliação do melhor ponto de corte-enleiramento. Assim, o princípio a ser empregado na decisão do momento das operações de corte-enleiramento e de colheita é o de ter, como alvo, colher a maior parte da produção, e não de esperar para colher a totalidade da lavoura com a maturação adequada.


1Engenheiro Mecânico, Dr., Pesquisador, Embrapa Trigo, Caixa Postal 451, CEP 99001-970 Passo Fundo, RS. E-mail: portella@cnpt.embrapa.br.
2Engenheiro Agrônomo, Ph.D., Pesquisador, Embrapa Trigo. E-mail: tomm@cnpt.embrapa.br.

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