Dezembro, 2007
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Passo Fundo, RS
Sessão I – Fifotecnia, Fitossanidade, Solos, Comunicação e Sócio-Economia

DINÂMICA FLORAL EM HÍBRIDOS DE CANOLA

Luersen, I.1; Fanton, G.1; Cunha, G. R. da2; Dalmago, G.2; Pasinato, A.3; Santi, A.2; Pires, J. L.2

A canola é uma espécie da família das crucíferas, cujos grãos possuem em torno de 38% de óleo. O uso do óleo era mais restrito à alimentação humana e, mais recentemente, vem sendo preconizado como alternativa na formulação de Biodiesel. Devido a perspectivas promissoras, torna-se necessário estudos que possibilitem conhecer os estádios críticos da cultura. Por isso, foi realizado um experimento a campo com a finalidade de avaliar a dinâmica do florescimento de quatro híbridos de canola. Adotou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, com quatro repetições. Os híbridos de canola utilizados foram o Hyola 432, Hyola 401, Hyola 61 e Hyola 43. A semeadura foi realizada em 11 de maio e a emergência ocorreu em 23 de maio de 2007. O espaçamento adotado foi de 40 cm entre linhas com distribuição de sementes na linha suficiente para atingir em torno de 40 plantas/m². A adubação e o controle fitossanitário foram feitos conforme indicações para a cultura. As avaliações constaram da contagem do número de flores da haste principal e secundárias, em duas plantas por parcela escolhidas ao acaso, totalizando 32 plantas amostradas. A contagem de flores foi feita em dias alternados a partir da primeira flor aberta até o término da floração, definido quando ocorreu a contagem das últimas flores da última haste lateral emitida. Verificou-se que o início da floração dos híbridos ocorreu com soma térmica entre 700 e 850 graus dia, com o mais precoce (Hyola 401) antecipando a floração e o mais tardio (Hyola 61) retardando em 150 graus dia. A mesma tendência ocorreu com o final da floração, atingida com 1350 graus dias no Hyola 401 e 1450 graus dia no Hyola 43 e Hyola 61. O pico máximo da curva de florescimento, nos quatro híbridos, foi verificada entre 1100 a 1150 graus dia. O Hyola 61 foi o híbrido que permaneceu menos tempo na faixa máxima de florescimento, apresentando queda na curva de floração logo após atingir o ponto máximo. O híbrido Hyola 432 foi o que apresentou maior número de flores no pico de florescimento, enquanto o Hyola 61 foi o de menor número de flores no momento da máxima floração. Na avaliação do número de flores por haste, os quatro híbridos apresentaram maior quantidade de flores nas hastes intermediarias (3ª, 4ª, 5ª e 6ª haste), sendo o híbrido Hyola 432, o que apresentou curva de florescimento mais homogênea em comparação aos demais. O florescimento da canola apresentou distribuição semelhante a uma curva normal (tipo distribuição Gaussiana), independente do híbrido estudado.


1 Acadêmico do Curso de Geografia da Universidade de Passo Fundo.
2 Eng. Agrônomo, Pesquisador, Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS.
3 Analista de Sistemas, Analista, Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS.

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