Dezembro, 2007
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Passo Fundo, RS
Sessão II – Melhoramento e Biotecnologia

GERAÇÃO DE VARIABILIDADE GENÉTICA EM TRITICALE

Klein, C. B.1; Arcari, G. A.2; Moraes, M. C.3; Nascimento Junior, A. do4

O triticale (X Triticosecale Wittmack) foi introduzido no Brasil em 1961 e o primeiro cultivo comercial ocorreu em 1982. A área cultivada no país chegou a 136 mil hectares em 2004 (10 mil no RS, 10 mil em SC, 86 mil no PR, 25 mil em SP e 5 mil no MS). Quatro instituições trabalham com melhoramento de triticale: Embrapa (Brasil), IAPAR (PR), Fundacep (RS) e IAC (SP); principalmente com seus programas de melhoramento baseados em introduções de materiais do CIMMYT (Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo), sediado no México). De modo geral, a base genética de triticale disponível no mundo deve ser ampliada e o mesmo pode ser aplicado ao Brasil. A Embrapa (Embrapa Trigo) é a única instituição no Brasil a manter genótipos em bancos de germoplasma, caracterizá-los e realizar cruzamentos, buscando ampliar a base genética. A ampliação da variabilidade, através de introduções e de novos cruzamentos, permitirá a combinação de características mais favoráveis, seleção de plantas superioras e melhor adaptação da cultura. Os objetivos principais buscados no programa de melhoramento são: a obtenção de genótipos com elevado valor adaptativo; e o incremento da variabilidade genética com genes adaptados às condições de cultivo do sul do Brasil. Tendo como maiores desafios: melhorar o potencial de rendimento e melhorar a resistência a doenças (giberela, viroses e manchas foliares). Para atingir os objetivos é necessário que sejam caracterizados os materiais que serão utilizados como parentais (anos anteriores) para diversas características: altura, ciclo, doenças, tipo agronômico, etc...; que sejam escolhidos os cruzamentos (AxB, AxC... CxF, CxG...) baseado em resultado de simulação (valor estimado) de modo dialélico; que seja elaborado mapa de cruzamentos (definindo os parentais femininos e masculinos); realizando em campo ou em telados a emasculação de duas a quatro espigas por cruzamento, aproximadamente de 50 a 100 flores, procedendo-se a polinização cinco a sete dias após a emasculação, quando o estigma está receptivo. As sementes geradas serão identificadas e armazenadas para utilização em trabalhos futuros.


1 Acadêmica de Agronomia da Universidade de Passo Fundo - UPF. Bolsista Embrapa Trigo.
2 Acadêmica de Agronomia da UPF. Bolsista CNPq.
3 Acadêmica de Agronomia da Universidade de Passo Fundo - UPF. Estagiária Embrapa Trigo.
4 Pesquisador Embrapa Trigo. E-mail: alfredo@cnpt.embrapa.br.

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