Dezembro, 2007 |
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Passo Fundo, RS
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EFEITO INSETICIDA DO DERIVADO DE BACTÉRIA SPINOSAD NO CONTROLE DE Rhyzopertha dominica (COLEOPTERA: BOSTRYCHIDAE), PRAGA DE TRIGO ARMAZENADO
Steffens, M. C. S.1,5; Lorini, I.2; Beckel, H.3; Schneider, S.4; Pavani, D. P.5; Potrich, D. T.5
O principal problema no controle de pragas de grãos armazenados é a resistência aos inseticidas. Quando a resistência a um inseticida é detectada em uma unidade armazenadora de grãos, este grão deve ser imediatamente eliminado e a unidade higienizada e pulverizada para evitar a ressurgência da infestação. Spinosad é um inseticida baseado na fermentação da bactéria Saccharopolyspora spinosa. Este inseticida está sendo usado e recomendado em vários países, para diferentes pragas. Combinações de inseticidas reguladores de crescimento e organofosforados, como o IGR Plus (methoprene + fenitrothion), são outra opção para o controle de insetos resistentes. O objetivo foi avaliar a eficácia de Spinosad e IGR Plus no controle de Rhyzopertha dominica e Sitophilus zeamais. O experimento foi realizado no Laboratório de Pragas de Grãos Armazenados da Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS. Duas raças de R. dominica foram usadas: a raça BR4, suscetível ao inseticida deltamethrin, e a raça BR12, resistente. A raça de S. zeamais SOZ20 é desconhecida quanto a sua susceptibilidade. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 7 tratamentos e 4 repetições. Cada unidade experimental foi composta de 1,0 kg grãos, que, após tratados, foram colocados em sala com temperatura e umidade relativa do ar de 25 ± 1 ºC e 60 ± 5%, respectivamente. Os inseticidas usados foram Spinosad, IGR Plus, deltamethrin, bifenthrin e testemunha. Após 60 e 240 dias uma amostra de 100 g de grãos foi infestada com 20 insetos adultos e 15 dias após avaliados. Os resultados foram analisados pela ANOVA e teste de significância F (p ≤ 0,05). As médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). Em ambas dosagens, os resultados mostraram que o inseticida Spinosad obteve 100% de mortalidade das raças BR4 e BR12 de R. dominica, nas duas avaliações. A mesma mortalidade não foi conseguida para S. zeamais, com este inseticida. Já o IGR Plus causou 100% de mortalidade de S. zeamais aos 60 dias após o tratamento e 87% aos 240 dias, na maior dosagem. Os inseticidas deltamethrin e bifenthrin mostraram-se ineficazes para a raça BR12 de R. dominica em ambas avaliações e eficazes para a raça BR4 nas duas avaliações.
1 Acadêmica de graduação da Faculdade de Biologia da UPF. Bolsista PIBIC/CNPq. E-mail: marasteffens@yahoo.com.br.
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