Dezembro, 2007
82
Passo Fundo, RS
Sessão I – Fifotecnia, Fitossanidade, Solos, Comunicação e Sócio-Economia

EFEITO DE INSETICIDAS, EM TRATAMENTO DE SEMENTES, NO CONTROLE DO PERCEVEJO BARRIGA-VERDE Dichelops melacanthus EM MILHO.

França, N. R.1; Folle, L. S. C.2; Pereira, P. R. V. da S.3

Mudanças no sistema de produção de grãos das regiões centro-oeste e sul do Brasil, como a expansão do plantio direto e o cultivo de safrinha, desencadearam o crescimento populacional de algumas espécies de percevejos (Hemiptera: Pentatomidae) considerados anteriormente pragas secundárias, como é o caso do percevejo barriga-verde, Dichelops spp. Spinola, 1837. Os primeiros registros de prejuízos econômicos aconteceram na década de 1990 e a partir de então se tornaram freqüentes, com este inseto passando a ser considerado praga inicial nas culturas de milho e trigo. O percevejo barriga-verde tem prejudicado significativamente o milho na implantação da cultura, seja reduzindo o estande ou prejudicando o vigor das plântulas, provocando o perfilhamento exagerado e redução no desenvolvimento. Não se dispõe de informações consistentes sobre a performance de inseticidas existentes no mercado e registrados no MAPA para o controle desta praga em milho. O objetivo do experimento foi avaliar a eficiência de inseticidas aplicados em tratamento de semente, no controle de adultos de Dichelops melacanthus, em milho. Foram avaliados os seguintes ingredientes ativos e doses/100 kg de sementes: carbofurano (680 g), imidaclopride (52,5 g) + tiodicarbe (15,5 g), fipronil (37,5 g), tiametoxan (210 g), tiodicarbe (450 g). A unidade experimental foi um vaso (500 ml) com três plantas de milho. Durante 14 dias após a emergência das plantas, através de infestações diárias (2 percevejos/vaso) em vasos adicionais, foi avaliada a mortalidade dos insetos 48 horas após cada infestação. A eficiência dos inseticidas foi calculada pela fórmula de Abbott. Constatou-se a maior eficiência da mistura imidaclopride + tiodicarbe em relação aos outros tratamentos; o menos eficiente foi fipronil. Entretanto, todos os tratamentos apresentaram eficiência baixa, sendo necessários mais testes para a confirmação dos resultados.


1 Acadêmica do curso de Ciências Biológicas – Bacharelado do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo; e-mail: naty_rf88@yahoo.com.br
2 Acadêmica do Curso de Agronomia da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo; e-mail: luisa_folle@yahoo.com.br
3 Doutor em Entomologia, pesquisador da Embrapa Trigo, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; e-mail: paulo@cnpt.embrapa.br

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