Dezembro, 2007
78
Passo Fundo, RS
Potencial de seqüestro de carbono pela agricultura brasileira e a mitigação do efeito estufa
Anderson Santi1
Genei Antonio Dalmago1
José Eloir Denardin1
Introdução

Atualmente, estudos envolvendo mudanças climáticas indicam que a freqüência de anomalias no clima mundial tem se intensificado. A ação do homem sobre o ambiente é apontada como a principal causa do desequilíbrio provocado nos fluxos de matéria e de energia ocorrentes no planeta. Tal fato tem contribuído de maneira efetiva na emissão de gases de efeito estufa. Dessa forma, a atenuação dos possíveis impactos globais advindos das mudanças climáticas passa pela criteriosa avaliação das principais fontes de emissão e pelo estabelecimento de alternativas de mitigação dos gases de efeito estufa. O conhecimento da contribuição de cada fator, de emissão ou de mitigação, é imprescindível para verificar qual o papel que estes exercem no meio em que estão inseridos. Nesse sentido, o solo é visto como um fator que exerce papel preponderante na dinâmica do carbono no ambiente, e, este por sua vez, faz parte do principal gás apontado como responsável pelo efeito estufa mundial, o gás carbônico (CO2). Portanto, o tipo de manejo dispensado ao solo e às culturas pode representar a diferença entre contribuir ou não para a elevação do efeito estufa no planeta. No Brasil, o emprego de sistemas conservacionistas de manejo de solo, contextualizados no âmbito do sistema plantio direto, entre outros benefícios, tem se destacado pelo potencial de seqüestro de carbono no solo, e a conseqüente mitigação do efeito estufa, sendo que a dimensão de ambos está vinculada a sua crescente adoção, aliada à busca incessante pela sua qualificação.


1 Pesquisador da Embrapa Trigo. Caixa Postal 451, Rodovia Br 285, km 294, 99001-970, Passo Fundo, RS. E-mail: anderson@cnpt.embrapa.br.

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