Embrapa Trigo

Setembro, 2006
Passo Fundo, RS

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Manejo de plantas daninhas antes da semeadura

O agricultor deve conhecer as plantas daninhas que infestam a área para embasar a escolha das práticas e/ou de herbicidas a serem empregados. Existem muitas estratégias que podem ser adotadas para reduzir a infestação de plantas daninhas antes da implantação da cultura, dentre elas destacam-se:

Em áreas que se adota sistema plantio direto, a dessecação antes da semeadura elimina as plantas estabelecidas e proporciona a formação de cobertura morta. Essa palhada exerce efeito físico sobre a população de plantas daninhas, atuando sobre a passagem de luz, temperatura e umidade do solo, e ainda pode liberar substâncias alelopáticas, criando condições adversas para a germinação e o estabelecimento de plantas daninhas.

A dessecação deve ser feita de tal forma que aproximadamente uma semana após a aplicação do(s) herbicida(s) seja possível realizar a semeadura de soja. A dessecação deve ser eficiente e deve controlar as plantas estabelecidas, evitando-se que essas permaneçam vegetando no local e interferindo no desenvolvimento da cultura. Deve-se ter cuidado na dessecação de áreas infestadas com espécies perenes, pois é comum encontrar lavouras de soja infestadas com essas espécies em que o agricultor realizou dessecação incorreta e não obteve controle eficiente. Com isso, a cultura de soja cresce competindo com plantas adultas. Nesses casos é necessário aplicar herbicidas específicos para controlar essas espécies.

Algumas plantas daninhas perenes com propagação vegetativa como a grama-seda (Cynodon dactylon) e o capim-massambará (Sorghum halepense) podem ser controladas antes da instalação da cultura de soja, com uso de herbicida total como glyphosate.


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