Dezembro, 2009
118
Passo Fundo, RS

Tabela 2. Características do processo de produção agrícola das empresas familiares das dois macroambientes de produção de canola no Brasil.


Empresa Familiar na Macroambiente
(Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e regiões oeste e centro-sul do Paraná)1
Empresa Familiar Macroambiente
(região norte-nordeste do Paraná e região centro-oeste do Brasil) 2
Rendimento de grão (kg/ha) 1.100 a 1.827 kg/ha.
média de 1.495 kg/ha
1.200 a 1.600 kg/ha.
média de 1.499 kg/ha
Tipo de empreendimento Empreendimento com emprego de mão-de-obra contratada superior a 50% daquela empregada na propriedade. Área modal das propriedades de 30 a 300 ha. Área de cultivo média de 50 ha. Empreendimento com emprego de mão de obra contratada superior a 50% daquela empregada na propriedade. Área modal das propriedades de 300 a 3000 ha.
Área de cultivo média de 100 ha.
Época de semeadura e macroambiente Cultivo de inverno, semeado de meados de abril a fim de junho.
Área sem possibilidade de cultivo de milho safrinha devido à intensidade e longo período de ocorrência de geadas.
Cultivo de safrinha, ocupando as primeiras áreas onde se colhe soja ou milho visando ao melhor aproveitar da umidade disponível antes do período de chuvas escassas.
Atualmente, a semeadura é indicada para início de fevereiro em MT e mais tarde para áreas localizadas em maiores latitudes (Zoneamento, 2009).
Competitividade econômica da canola com o cultivo de milho safrinha – é maior quanto maior for o risco de perdas pela ocorrência e severidade de geadas (prejudicam mais o milho, inviabilizando seu cultivo em áreas com maior altitude no PR e zonas mais frias do sul do MS).
Cultivo em terras com alta fertilidade de solo e histórico de altos rendimentos de grãos nas culturas de soja e milho
Sistema de manejo de solo Sistema Plantio Direto Sistema Plantio Direto
Semente Semente tratada com fungicida e com inseticida Semente tratada com fungicida e com inseticida
Adubação Adubação de base: 200 kg/ha 7-10-10 + 10% de S
Adubação de cobertura: 100 kg/ha de uréia
Adubação de base: 150 kg/ha 8-20-20 + 200 kg/ha de sulfato de amônio. Toda adubação é aplicada na semeadura e não é realizada adubação de cobertura
Aplicações de fungicida na parte aérea Não realização Não realização
Aplicações de inseticida na parte aérea Duas aplicações.
Maior incidência de insetos desde a floração até o fim do ciclo (agosto e setembro)
Três aplicações.
Maior incidência de insetos durante o período de estabelecimento da cultura em função das elevadas temperaturas nos meses de fevereiro a março.

1 Fonte: Preparado pelos autores baseado em informações obtidas em entrevista com especialistas da Carteira agrícola do Banco do Brasil – agência Passo Fundo/RS, Departamento técnico da Cotrimaio, Departamento técnico da Cotribá, Emater/RS regional Passo Fundo/RS e BSBIOS.
2 Fonte: Preparado pelos autores baseado em informações obtidas em entrevista com especialistas do Departamento Técnico da Cocamar Cooperativa Agroindustrial e o Departamento de Economia Geral da Secretária de Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB-DERAL).


 

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