Dezembro, 2009
115
Passo Fundo, RS

V Mostra de Iniciação Científica Embrapa Trigo

Resumos



Sessão de Fitotecnia, Fitossanidade e Solos

CONSORCIAÇÃO DE GRAMÍNEAS ANUAIS DE INVERNO COM ERVILHACA

Silva, O. H. K. da1; Pinto, R.1; Fontaneli, R. S.*2

O outono é o principal período de déficit da forragem de elevado valor nutrititvo para vacas leiteiras em lactação. Uma das formas de reduzir o vazio forrageiro outonal é semear forrageiras anuais de inverno o mais cedo possível. Este trabalho foi realizado na área experimental da Embrapa Trigo de Passo Fundo, RS, com o objetivo de determinar rendimento de matéria seca (MS), distribuição estacional de forragem e contribuição temporal das seguintes pastagens isoladas: 1) Aveia preta (Avena strigosa Schreb.) cv. Agro Zebu (AP); 2) Centeio (Secale cereale L.), cultivar BRS Serrano (CE); 3) Triticale (X Triticosecale Wittmack), cultivar BRS Minotauro (TRT); 4) Ervilhaca comum (Vicia sativa L.) cv. Comum (ER); e as consorciações: 5) AP + ER; 6) CE + ER; 7) TRT + ER; 8) AP + CE + ER; 9) AP + TRT + ER. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com três repetições e parcelas de 7,0m2. A semeadura foi em 10 de maio em resteva de soja, com semeadora experimental 'Sêmina', com linhas espaçadas de 0,2 m. A densidade foi de 400 sementes aptas por metro quadrado nas gramíneas forrageiras isoladas e metade em consorciações. A ervilhaca foi de 30 kg/ha de sementes inoculadas e peletizadas. Adubou-se toda a área com 250 kg /ha de adubo N-P2O5-K2O (5-25-25). A adubação de nitrogênio em cobertura foi com 30 kg N/ha, na forma de uréia, no perfilhamento e após cada corte. Os cortes foram mecânicos com a colhedora de forragem 'Winterstiger'. Os cortes foram efetuados no período de julho a outubro. O primeiro corte deu-se compatibilizando-se três critérios: a) altura de planta de cerca de 30cm; b) 60 dias após a emergência que deu-se em 15 de maio; c) biomassa acumulada de 0,7 a 1,0 kg/m2. Os demais cortes deu-se de 4 a 5 semanas após o primeiro. A altura de resteva foi de 7,0 cm. Procedeu-se quatro cortes durante o período experimental. Após o corte, amostrou-se para determinação da composição florística e teor de MS. Após a secagem em estufa a 60oC até peso constante. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. As consorciações AP + CE + ER, CE + ER, AP + TRT + ER, AP + ER e as testemunhas centeio BRS Serrano e aveia preta Agro Zebu destacaram-se quanto ao rendimento de forragem (6,6 a 7,8 t MS/ha). A consorciação de AP + CE + ER e AP + TRT + ER têm a melhor distribuição de forragem no outono-inverno-primavera. As gramíneas aveia preta, centeio e triticale contribuem com maior quantidade de forragem disponível do que ervilhaca. Ervilhaca e triticale isolados ou consorciados não devem ser indicados pelo reduzido rebrote e menor potencial de rendimento forrageiro (2,2 a 3,6 t MS/ha).


1 Acadêmico do curso de Agronomia, Universidade de Passo Fundo.
2 Pesquisador da Embrapa Trigo. Bolsista CNPq. *orientador.

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