Dezembro, 2009
115
Passo Fundo, RS

V Mostra de Iniciação Científica Embrapa Trigo

Resumos



Sessão de Fitotecnia, Fitossanidade e Solos

ANÁLISE ANATÔMICA DO PEDÚNCULO FLORAL DE Brassica napus L. SUBMETIDA A DIFERENTES TEMPERATURAS DO AR

Bolis, L. M.1; Dalmago, G. A.*2; Carneiro, C. M.3; Santi, A.2; Cunha, G. R.2; Lucas, D. D. P.4; Pires, J. L. F2

A Canola pertencente à família Brassicaceae e ao gênero Brassica. No Brasil cultiva-se apenas B. napus, variedade oleífera, conhecida como canola de primavera. O óleo extraído dos grãos é o principal produto, apresentando vários usos, desde a culinária até a lubrificação de peças de navios. As altas temperaturas durante o florescimento apresentam-se como obstáculo para o cultivo desta oleaginosa, uma vez que diminuem a produção de grãos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a estrutura anatômica do pedúnculo floral de diferentes híbridos de canola, submetidos a altas temperaturas durante o florescimento. O ensaio foi realizado junto ao Laboratório de Meteorologia da Embrapa Trigo e ao Laboratório Multidisciplinar Vegetal da Universidade de Passo Fundo. Foram utilizados três híbridos de canola e quatro temperaturas do ar, com três repetições. Os híbridos foram Hyola 401, Hyola 432+ e Hyola 61. As plantas foram submetidas a temperaturas de 27oC (testemunha), 31oC, 35oC e 39oC simuladas em câmaras de crescimento. Para a realização do estudo anatômico, o pedúnculo foi seccionado transversalmente à mão livre. As secções foram coradas com azul de astra e fucsina e em seguida montadas em lâminas. Anatomicamente, todos os híbridos apresentaram epiderme provida de cutícula, a qual impede a transpiração excessiva. A região cortical mostra espaços intercelulares amplos, constando de quatro estratos de células parenquimáticas de paredes delgadas. O floema apresentou-se reduzido e os elementos de vaso do xilema pouco lignificados e espessados, o que indica certa fragilidade, pois este último está relacionado com a condução e armazenamento de água e sustentação. O híbrido Hyola 61 apresentou células com paredes de aspecto gelatinoso formando calotas acima do floema; o xilema exibiu, em média, cinco elementos de vaso por feixe vascular, enquanto o híbrido Hyola 401 exibiu sete elementos e o Hyola 432+, três. Células de parede mais espessada ocorrem entre os feixes vasculares do híbrido Hyola 401, formando um cordão entre os mesmos. Nas análises anatômicas realizadas não ficou evidenciado alterações anatômicas no pedúnculo floral dos híbridos de canola em decorrência dos tratamentos de temperatura do ar a que as plantas foram submetidas.


1 Acadêmico do curso de Biologia, Universidade de Passo Fundo. Bolsista IC/ CNPq.
2 Pesquisador Embrapa Trigo, *orientador.
3 Professor da Universidade de Passo Fundo.
4 Acadêmico do curso de Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria.

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