Dezembro, 2009
115
Passo Fundo, RS

V Mostra de Iniciação Científica Embrapa Trigo

Resumos



Sessão de Fitotecnia, Fitossanidade e Solos

SOMA TÉRMICA DE SUBPERÍODOS DE DESENVOLVIMENTO DA CANOLA

Kerber, T. L.1; Santi, A.2*; Dalmago, G. A.2; Müller, A. L.3; Bolis, L. M.4; Schweig, E.5; Kovaleski, S.1; Ertel, T.6; Cunha, G. R.2; Pires, J. L. F.2

A canola é tradicionalmente cultivada em regiões de clima frio. É originária do melhoramento genético convencional da colza, cujo objetivo foi à redução dos teores de ácido erúcico e de glucosinolatos do óleo e indesejáveis aos seres humanos e animais. A canola cultivada no Brasil apresenta baixa sensibilidade ao fotoperíodo e maior resposta a temperatura do ar (soma térmica). O conhecimento da resposta térmica é um importante indicador para adequar épocas e locais de semeadura da cultura. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi determinar o número de graus dia (GD) necessários para o crescimento e desenvolvimento da cultura. Os dados foram obtidos no campo experimental da EMBRAPA Trigo, no ano de 2008, com as cultivares, Hyola 60, Hyola 61, Hyola 401 e Hyola 432, semeadas em blocos ao acaso com oito repetições. Os dados meteorológicos ara determinação do acúmulo de graus dia foram obtidos da estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizada na Embrapa Trigo, (28° 15' S e 52° 24' W, altit. de 684m). Foram avaliados os estádios fenológicos: emergência (E), início do estádio da roseta (C1), início do florescimento (F1), fim do florescimento (G2), maturação fisiológica (G4) e ponto de colheita (G5), na frequência de 3 vezes por semana. Os dados obtidos foram submetidos à análise pelo teste de Tukey a 5%. Não houve diferença significativa entre cultivares nos estágios fenológicos avaliados. Em média observou-se que o estádio C1 ocorreu com o acúmulo de 312 (±23 desvio padrão = s) GD, o F1 com 522 (±42s) GD, o G2 com 629 (±32s) GD e o G4 com 1155 (±107s) GD. Considerando as cultivares de canola, a menor e a maior soma térmica para alcançar cada estádio fenológico foi: estádio C1 Hyola 60 (304 GD) e Hyola 432 (321 GD), F1 Hyola 401 (506 GD) e Hyola 60 (535 GD), G2 Hyola 401 (607 GD) e Hyola 432 (647 GD) e G4 Hyola 401 (1139 GD) e Hyola 60 (1175 GD). A diferença entre a cultivar que alcançou o ponto de colheita primeiro e a última foi de apenas 36 GD, correspondendo a aproximadamente 3 dias. A importância desses resultados está associada à geração de informações visando adequação de épocas e locais de semeadura para o aperfeiçoamento do zoneamento agrícola da cultura da canola.


1 Acadêmico do curso de Agronomia, Universidade de Passo Fundo. Bolsista Embrapa Trigo.
2 Pesquisador da Embrapa Trigo, *orientador.
3 Acadêmico do programa de Pós-Graduação, Universidade de Passo Fundo.
4 Acadêmico do curso de Biologia, Universidade de Passo Fundo. Bolsista CNPq.
5 Acadêmico do curso de Engenharia Ambiental, Universidade de Passo Fundo. Bolsista IC/CNPq.
6 Acadêmico do curso de Agronomia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

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