Dezembro, 2009
115
Passo Fundo, RS

V Mostra de Iniciação Científica Embrapa Trigo

Resumos



Sessão de Fitotecnia, Fitossanidade e Solos

REAÇÃO DE CULTIVARES DE TRIGO ÀS RAÇAS 1 E 2 DE PYRENOPHORA TRITICI REPENTIS

Kohler, F.1; Clebsch, C. C.2; Santana, F. M.3*

A mancha amarela do trigo, causada pelo fungo Pyrenophora tritici repentis, se caracteriza pela presença de um halo amarelecido circundado as lesões e se destaca como uma das doenças de maior importância na cultura do trigo. Devido à sua capacidade de sobreviver em restos culturais, seu controle se torna muito difícil em lavouras com o sistema de semeadura direta e monocultura por representar uma fonte de inóculo de um ano para o outro. Dependendo da capacidade de induzir sintomas, isolados do fungo são agrupados em até oito patótipos. Cada raça pode produzir uma ou mais toxinas, denominadas Ptr ToxA, Ptr ToxB e Ptr ToxC, que podem causar sintoma de necrose ou clorose no hospedeiro. Até o momento sabe-se da existência das raças 1 e 2 no Brasil, porém é desconhecida sua distribuição nas diferentes regiões tritícolas do país. A raça 1 se caracteriza pela presença de necrose e clorose nas folhas, enquanto a raça 2 produz apenas necrose. O objetivo deste experimento foi avaliar a reação de algumas cultivares de trigo quando inoculadas com isolados das raças 1 e 2 do fungo. Desta forma, o plantio das cultivares BR 23, BRS 179, BRS 194, BRS 208, BRS 276 e BRS Guamirim foi realizado em 100 copos e 100 baldes para serem inoculados nos estádios de planta jovem e planta adulta, totalizando cinco repetições de cada cultivar, para cada raça, nos dois estádios. A inoculação foi realizada em condições ideais para a instalação da doença e o inóculo teve uma concentração de aproximadamente 3000 esporos/mL. As avaliações foram feitas com base em uma escala de notas. As cultivares inoculadas em estádio jovem, receberam notas entre 1 e 2, que as classificaram como resistentes (R) e moderadamente resistentes (MR). Já em planta adulta, a doença se mostrou de forma mais agressiva, com média de notas 3 e 4, classificando-as em moderadamente suscetível (MS) e suscetível (S). Os dados foram comparados a experimentos anteriores, onde obteve-se notas semelhantes para as cultivares avaliadas no presente trabalho, com destaque para cultivares novas, como BRS 277.


1 Acadêmico do curso de Ciências Biológicas, Universidade de Passo Fundo. Bolsista CNPq.
2 Analista da Embrapa Trigo.
3 Pesquisador da Embrapa Trigo, *orientador.

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