Dezembro, 2009
113
Passo Fundo, RS
Calagem e Adubação

Calagem

A canola é uma planta exigente em termos de pH, devendo este estar entre 5,5 e 6,0. O corretivo deve ser aplicado cerca de 3 a 6 meses antes de semear a cultura. Independente de ser realizada a calagem, solos muito ácidos não são indicados para o cultivo de canola.

Em áreas sob plantio direto, coletar amostras compostas na profundidades de 0 a 10 cm. Sob preparo convencional de solo, coletar as amostras de 0 a 20 cm de profundidade. A análise de solo de 10 a 20 cm é importante para conhecer o pH desta camada, já que o pH é um atributo relevante para o desenvolvimento desta cultura.

Adubação

A demanda de macronutrientes consta no Quadro 4 e o teor destes no grão de canola e, como parâmetro de comparação, no trigo, consta no Quadro 5. A diferença entre os valores dos Quadros 4 e 5 é a quantidade aproximada de nutrientes que permanece na palha da canola, verificando-se alta demanda de K pela planta, mas teor baixo no grão.

Nitrogênio

A cultura da canola é muito responsiva ao aporte de fertilizante nitrogenado. Preferencialmente, 30 kg de N/ha deve ser aplicado na semeadura e o restante em cobertura.

A quantidade de N indicada para a canola consta no Quadro 6. Para expectativa de rendimento superior a 1,5 t/ha, acrescentar 20 kg de N/ha, por tonelada adicional de grãos. Do total indicado no Quadro 6, aplicar, na semeadura, 30 kg de N/ha. O restante deve ser aplicado em cobertura, quando as plantas apresentarem quatro folhas verdadeiras (as que crescem após as duas folhas cotiledonares) (Fig. 2). Aplicações tardias de N não são indicadas.

Enxofre

Por ser planta produtora de óleo e de proteína, a canola é exigente em termos de suprimento de enxofre (S). A deficiência de enxofre causa alta taxa de abortamento de flores, síliquas pequenas, mal formadas ou apresentando engrossamento. Caso o resultado da análise de solo indicar disponibilidade menor que 10 mg S/dm3, é recomendável aplicar 20 kg de S/ha. Esta quantidade pode ser suprida com 150 kg/ha de gesso (13% de S), que deve ser aplicada antes da semeadura ou logo após, ou, então, mediante o uso de fertilizantes que contém enxofre (Quadro 7). Quando é empregado enxofre elementar, há necessidade de certo tempo para a sua transformação em sulfato, que depende da umidade e da temperatura do solo. O emprego de sulfato de amônio, na adubação de cobertura, pode suprir a demanda de N e de enxofre, mas o custo unitário de N é maior do que da uréia.

Fósforo e Potássio

Em solos que apresentam elevados rendimentos de grãos de soja e de milho para os padrões da região, não têm sido observadas deficiências de fósforo e de potássio em canola. O Quadro 8 apresenta as recomendações de P2O5 e de K2O para a cultura.

Micronutrientes

Em função do usual teor satisfatório de micronutrientes no solo, não há necessidade de aplicar esses nutrientes especificamente para a cultura da canola no Rio Grande do Sul. A decisão, no entanto, deve ser tomada com base na análise do solo. A deficiência de micronutrientes é mais comum em solos com baixo teor de matéria orgânica e que tenham sido cultivados intensamente sem aplicação destes nutrientes.




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