Dezembro, 2009
112
Passo Fundo, RS
Organização e método

Descrição dos métodos usados para avaliar a qualidade de trigo

W - força de glúten (expressa em 10-4 J): representa o trabalho de deformação da massa e indica a qualidade panificativa da farinha (força da farinha).

P - tenacidade (expressa em mm): é a pressão máxima necessária para expandir a massa. É uma medida da capacidade de absorção de água da farinha (SCOTT BLAIR & POTEL, 1937, citados por CHEN & D´APPOLONIA, 1985). P está correlacionado negativamente com proteína da farinha, volume do pão e glúten úmido (CHEN & D´APPOLONIA, 1985).

L - extensibilidade da massa (expressa em mm): é a capacidade de extensão da massa, sem que ela se rompa. Um alto grau de extensibilidade está ligado a baixo rendimento de farinha. É usada para predizer o volume de pão, juntamente com a proteína.

P/L - relação tenacidade/extensibilidade: expressa o equilíbrio da massa, em que P é a tenacidade ou resistência da massa à deformação e L, a extensibilidade da massa. Para pães, o ideal são farinhas balanceadas (P/L entre 0,50-1,20); para bolos e biscoitos, farinhas extensíveis (P/L <0,49); e, para massas alimentícias, tenaz (P/L >1,21).

Ie - índice de elasticidade: definido pela relação P200/P máximo do alveograma, expresso em porcentagem. Está intimamente correlacionado aos fenômenos de recuperação da forma inicial após a deformação, permitindo uma melhor predição do comportamento reológico da massa usada em panificação industrial e produção de biscoitos. O Ie varia de 25 a 75%, sendo o Ie ótimo de 45 a 50%, para fabricação francesa de pão, em farinha sem correção. Após adição de ácido ascórbico (correção), a resistência ótima situa-se entre 50 e 55% (KITISSOU, 1995).

AA - absorção de água (expressa em porcentagem, na base de 14% de umidade): é a quantidade de água que se deve adicionar à farinha para obter a consistência requerida.

EST - estabilidade (expressa em minutos): fornece a medida de tolerância da massa à mistura e está também relacionada à força da massa.

- Colorímetro Minolta: permite avaliar, diretamente, diferentes atributos de cor na farinha. Os atributos de cor Minolta regulamentados no método 14-22 (AMERICAN ASSOCIATION OF CEREAL CHEMISTS, 2000), pelo sistema CIELAB são:

Luminosidade L*: que possui escala de zero (preto) a 100 (branco), ou seja, quanto mais próximo de 100, mais branca é a farinha.

Coordenada de cromaticidade a*: varia de a* positivo (tendência da cor para tonalidade vermelha) até a* negativo (tendência da cor para tonalidade verde).

Coordenada de cromaticidade b*: varia de b* positivo (tendência da cor para tonalidade amarela) até b* negativo (tendência da cor para tonalidade azul).

- Colorímetro Kent-Jones: determina a cor da farinha e a influência do farelo sobre ela, medindo a reflectância de uma pasta de farinha e água (esta pasta elimina a influência do tamanho das partículas) com uma fonte de luz na banda verde (comprimento de onda que minimiza a interferência dos eventuais amarelos) do espectro luminoso (GERMANI et al., 1993). Na farinha, varia normalmente, de 1,5 a 6,0.


 

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