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Dezembro, 2004
Passo Fundo, RS

Resultados

O desenvolvimento de plantas, evidenciado pela estatura das mesmas, o número de dias da emergência até o início da floração e até a maturação, e o rendimento de grãos decresceram das primeiras épocas de semeadura, em abril, para as últimas épocas de semeadura, em julho (Tabela 2). Via de conseqüência, todas as equações de regressão descrevendo os resultados determinam valores decrescentes para as semeaduras realizadas após 14 de abril.

 

Dias para emergência de plantas:

Foi observada interação significativa entre as épocas de semeadura e os três genótipos relativamente ao número de dias entre a semeadura e a emergência de plantas, tendo a média do experimento sido de 7 dias (CV=6%). Na média das épocas de semeadura, as variações entre cultivares foram de 6,5 a 7,4 dias. Como as variações foram inferiores a um dia, as diferenças entre genótipos para o número de dias entre a semeadura e a emergência foram consideradas agronômicamente irrelevantes.

O número de dias para emergir apresentou variação maior entre épocas. Na média das três cultivares, a emergência ocorreu 10, 9, 8, 6, 6, 5 e 10 dias após a semeadura, respectivamente para as semeaduras realizadas em 14/4, 28/4, 12/5, 26/5, 9/6, 23/6 e 7/7. Essas variações provavelmente estiveram mais associadas à disponibilidade de umidade no solo do que à época de semeadura, tendo em vista que a primeira e a última época de semeadura foram as que apresentaram os maiores períodos de tempo até a emergência.

 

Dias da emergência de plantas ao início da floração:

Foi observada interação significativa entre as épocas de semeadura e os três genótipos relativamente ao número de dias entre a emergência de plantas e o início da floração, tendo a média do experimento sido de 77 dias (C.V.=5 %).

Os três genótipos evidenciaram características genéticas distintas em reação às temperaturas e ao fotoperíodo da região de avaliação. O número de dias da emergência até o início da floração do híbrido Hyola 43 foi, em média, de 63 dias, e é apresentada apenas a média, pois não variou com a época de semeadura (Tabela 2). O híbrido Hyola 60 iniciou a floração entre 63 e 75 dias após a emergência, de forma aleatória, em função da época de semeadura. O número de dias da emergência até o início da floração da cultivar Global apresentou padrão decrescente, sendo superior a 100 dias nas semeaduras entre 14/4 e 26/5, decrescendo a até 83 dias na semeadura realizada em 7/7.

As equações de regressão que descrevem o número de dias da emergência de plantas ao início da floração são:

Hyola 43 = 60,9 - 0,06 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,19)

Hyola 60 = 69,6 - 0,03 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,03)

Global =112,3 - 0,32 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,75)

 

Dias da emergência de plantas à maturação (ciclo):

Foi observada interação altamente significativa entre as épocas de semeadura e os três genótipos relativamente ao número de dias entre a emergência de plantas e a maturação para colheita de grãos, tendo a média do experimento sido de 131 dias (CV=4%).

O ciclo de todos os genótipos diminuiu à medida que foram semeados mais tarde, em relação à data inicial, 14/4, de 133 para 102 dias, de 140 para 110 dias e de 169 para 107 dias, respectivamente para Hyola 43, Hyola 60 e Global.

As equações de regressão que descrevem o ciclo, em dias da emergência de plantas à maturação, são:

Hyola 43 =132,7 - 0,32 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,75)

Hyola 60 =145,5 - 0,39 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,80)

Global =170,5 - 0,65 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,92)

 

Estatura de planta:

Não foi observada diferença significativa entre os três genótipos relativamente à estatura de planta, a qual foi, na média geral do experimento, de 147 cm (CV=7%). Também não foi observada interação entre as épocas de semeadura e genótipos.
Entretanto, as épocas de semeadura tiveram efeito altamente significativo sobre a estatura de planta. A estatura de planta foi de 161, 161, 163, 157, 148, 132 e 107 cm, respectivamente nas semeaduras realizadas em 14/4, 28/4, 12/5, 26/5, 9/6, 23/6 e 7/7.

As equações de regressão que descrevem a estatura de planta na maturação são:

Hyola 43 =159,7 - 0,37 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,29)

Hyola 60 =178,8 - 0,71 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,75)

Global =177,7 - 0,71 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,71)

 

Rendimento de grãos:

Foi observada interação significativa entre as épocas de semeadura e os três genótipos, tendo o rendimento de grãos médio de 1.347 kg/ha (CV=16%).

Os maiores rendimentos de grãos de Hyola 43 foram obtidos nas semeaduras realizadas em maio. Os maiores rendimentos de Hyola 60 foram obtidos nas semeaduras realizadas em abril. Os maiores rendimentos com a cultivar Global foram obtidos nas semeaduras realizadas em 26/5, e nas duas épocas de abril.

As equações de regressão que descrevem o rendimento de grãos são:

kg/ha de Hyola 43 = 1.873 - 8,4 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,26)

kg/ha de Hyola 60 = 2.180 - 14,2 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,76)

kg/ha de Global = 1.127 - 4,5 x (no de dias semeado após 14 de abril (r2=0,22)

Não houve incidência de canela-preta, causada pelo fungo Leptosphaeria maculans, o qual tem Phoma lingam (Tode) ex. Shaw. Desm. na forma conidial, em 2003, como nos anos anteriores, pela ausência de condições ambientais adequadas ao desenvolvimento dessa doença na safra de 2003.


Circular Técnica Online Nº 17

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