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Dezembro,
2003 Passo Fundo, RS |
Resultados
Os dados comparando os dois métodos de determinação do potencial hídrico foliar, para os diferentes estádios de desenvolvimento de trigo, são apresentados nas figuras 1, 2, 3 e 4. A relação entre as duas variáveis estudadas foi linear para os estádios de 4a folha (r=0,96), 7a folha (r=0,98), antese (r=0,91) e grão leitoso (r=0,94). As inclinações das curvas não foram muito diferentes nos estádios de 4a folha (0,69 ) e antese (0,73). O mesmo comportamento foi observado entre os estádios de 7a folha (0,54) e grão leitoso (0,56). Analisando a interceptação no eixo Y, observam-se as mesmas semelhanças entre os estádios de 4a folha e antese e os estádios de 7a folha e grão leitoso. Entretanto, ao se comparar os valores de interceptação no eixo Y entre os estádios de 4a folha (-0,4 bars) e 7a folha (-3,2 bars), observou-se diferença marcante na relação entre os dois métodos (figuras 1 e 2). O mesmo comportamento foi observado entre os estádios de antese (-0,31 bars) e grão leitoso (-2,10 bars) (figuras 3 e 4). Dessa forma, para assegurar avaliações mais precisas do potencial hídrico foliar usando-se a câmara de pressão, dever-se-ia incorporar essa diferença de estádios ao processo de calibração.Comparando os dois métodos, observou-se que, para o mesmo nível de desidratação, os valores de potencial hídrico foliar foram maiores do que os valores obtidos com a câmara de pressão, especialmente quando houve avanço nos estádios de desenvolvimento da planta. Tal comportamento pode ser decorrente do fato de o potencial hídrico do xilema medido com câmara de pressão não incluir o potencial osmótico como componente do potencial hídrico total. Avaliações do potencial osmótico do xilema apontam para valores maiores que 3 bars, que não representam variações significativas no potencial hídrico total e, portanto, podem ser ignorados quando se estima o potencial hídrico com câmara de pressão.
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