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Novembro, 2005
Passo Fundo, RS

Novas regiões produtoras

As principais regiões produtoras de canola na China, na Índia, no Canadá, na União Européia e na Austrália situam-se em latitudes entre 35º e 55º. Experimentos e o início do cultivo comercial em Goiás e em Uberaba, Minas Gerais (Tomm, 2003b; Tomm et al., 2004, 2005), demonstraram que a canola é uma cultura com grande potencial para contribuir com a expansão do agronegócio brasileiro, por se adequar perfeitamente como cultura de safrinha nos sistemas de produção de grãos do Centro-oeste do Brasil e possuir mercado comprador, mesmo que se produzam grandes quantidades. O sucesso no cultivo de 2.417 ha, por produtores vinculados à CARAMURU ALIMENTOS Ltda. no Centro-oeste brasileiro, em 2004, constitui mundialmente o primeiro cultivo comercial de canola em baixas latitudes, 17o a 18o (Tomm et al., 2005).

A expansão do cultivo de canola no Centro-oeste e no Sul do Brasil tende a ser facilitada pelos benefícios indiretos advindos da cultura, como a redução de inóculo de doenças causadas por fungos necrotróficos que comprometem o rendimento de grãos e a qualidade de trigo, a exemplo de Fusarium graminearum e de Septoria nodorum, e de milho, a exemplo da mancha de diplodia (Stenocarpella macrospora) e da cercosporiose (Cercospora zeae-maydis), bem como pelo fato de a canola não ser hospedeira do nematóide do cisto da soja (Heterodera glycines), preocupante no centro-oeste brasileiro, e, dessa forma, contribuir para a redução das populações em áreas infectadas3, além dos benefícios diretos da produção de grãos com mercado assegurado.


3 Comunicação verbal do Eng. Agrôn., Dr., João Flávio Veloso Silva, Pesquisador da Embrapa Soja, Londrina, ao Eng. Agrôn., Dr., Gilberto Omar Tomm, Pesquisador da Embrapa Trigo, em 14/10/2003.


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