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Novembro, 2005
Passo Fundo, RS

Necessidade de maiores investimentos em pesquisa

A produção de canola está sendo conduzida basicamente com semente de híbridos importados e carência de tecnologias de manejo ajustadas às condições edafoclimáticas de cada região de cultivo. Tendo em vista que as recomendações de adubação para o cultivo de canola no centro-oeste brasileiro foram elaboradas por meio de inferências associadas a resultados obtidos com outras culturas, há necessidade de ajustes embasados em ensaios de calibração (Correia et al., 1997; Galrão 2002; Reunião, 2003; Souza & Lobato, 2002; Tomm, 2003b). O crescimento da área de cultivo dependerá da geração ou adaptação de tecnologias para elevar a rentabilidade da cultura e da redução de limitações tecnológicas, que tendem a aumentar com a expansão da área de cultivo, especialmente aquelas associadas a Sclerotinia sclerotiorum no centro-oeste do Brasil e no Paraguai, e à canela-preta, nas demais regiões do Brasil e no Paraguai.

A geração de conhecimento e de tecnologias de prevenção e manejo para controle de doenças nas condições subtropicais da América do Sul, aliada ao emprego de outras tecnologias de produção, permitirá diminuir os riscos e aumentar os rendimentos médios de grãos das lavouras (Dias, 1992; Carraro & Balbino, 1993, 1994; Seminário, 1994; Cardoso et al., 1996; Dominiciano & Santos, 1996; Eastern Australia, 2001; Canola Council of Canada, 2000).

Os investimentos em pesquisa com canola na América do Sul têm sido extremamente limitados. É necessário que se gerem e aperfeiçoem recomendações técnicas derivadas de resultados de experimentos de adubação, de épocas de semeadura e de outras tecnologias de manejo da cultura, ferramentas decisivas para melhorar a rentabilidade e a segurança dos cultivos de canola, viabilizando a expansão da cultura. Portanto, pesquisas aplicadas para atender às demandas e dar suporte aos esforços de empresas, cooperativas e produtores interessados no cultivo de canola permitirão que essa cultura torne-se uma alternativa econômica para um número cada vez maior de produtores, proporcionando uma opção de cultivo rentável no inverno, no Paraguai e no Sul do Brasil, e de safrinha, no centro-oeste brasileiro. Assim, além de atender à demanda de consumo de óleo com elevada qualidade para consumo humano ou para produção de biodiesel, a América do Sul poderá passar a ser importante exportadora de grãos de canola e derivados.


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